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sexta-feira, 25 de maio de 2012

NOVA DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - POLÍTICA BRASILEIRA 2012

NEUZA MACHADO


NOVA DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - POLÍTICA BRASILEIRA 2012

NEUZA MACHADO


No Estado Brasileiro
O Pobrim Não Manda Não...
Briga De Politiqueiro:
É Jaião Contra Jaião.

Na Politicagem Actual,
Os Varões do Vei-Passado
Entraram em Luta Corporal
A Lutar Pelo Roçado.

Do Jeito De Antigamente,
O Povão Não Manda Não...
Não Percebeu o Inocente
Que A Briga É De Gran Jaião?

As Tais CPIs De Agora,
Com Os Jornalões a Mandar,
São a Desculpa da Hora...
Pra Ver Quem Vai Comandar...

O Nosso Lula Querido,
Presidente Popular,
Conseguiu Ser Ungido
Apenas Para Arrumar

A Grande Casa-Brasil
Que Estava A Degringolar...
(O Anterior Gran-Senil
Não Nasceu Pra Trabalhar...)

A Nossa Amada Presidenta
Terá De Prestar Atenção:
CPI Sem Água-Benta
Se Transforma Em Problemão...

Querem Tomar o Cetro
Do Governo Popular...
Estão Armando O Féretro...
Para Depois Dominar...

A Casa Grande Em Polvorosa,
Com Receio Da Pobreza,
Em Grande Briga... Horrorosa!...
Pra Não Perder A Realeza.

Jaiões Que Lá No Passado
Foram Feridos Em Lutas...
Querem Um Novo Reinado...
A Brigar Por Grans Permutas...

Jaião Que Foi Atacado
Por Outro Da Mesma Casta,
Aproveita O Averiguado
Pra Uma Vingança Vergasta.

E O Povão Sem O Seu Guia,
Por Ora, Sem O Bordão...
Se Houver Nova Prelezia...
A Casa Grande Em Acção...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - SUSPENDE-SE AQUI O CONTAR DE UM DECÊNIO DE AMARGAR

NEUZA MACHADO


(Charge do Bessinha - Dezembro de 2011)


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - SUSPENDE-SE AQUI O CONTAR DE UM DECÊNIO DE AMARGAR


NEUZA MACHADO


Neste 31 de Dezembro
Do 2011 Sem-Par,
Suspende-se, Aqui, o ReMembro
De Um Vei-Ontem a Transpassar...

Do Decênio Noventão,
Há Muito Caso P’ra Contar...
Mas, Hoje... Grande Festão!...
Quem Narra Vai Festejar...

Há Um Outro Assunto no Ar,
A Merecer Atenção...
Uma História de Amargar...
A Incomodar o Povão...

O Assunto Ainda Está Quente...
O Neo-Povão Acordou...
Exige CPI Urgente
No Grupão Que o Despojou...

CPI-Aulicaria,
Com Assinaturas-Mil...
Repúdio à Gran Confraria
De Um Vei-Passado Senil...

Mui Jaiões no Labirinto
Da CPI Em Questão,
Os Que Em Passado Indistinto
Iludiam o Neo-Povão...

Os Das Frases Sem-Sentidos:
Discursos de Vei-Leseiro...
(A Explorar os Oprimidos:
O Gran Povão Brasileiro)

Mas, Esta Noite a Oratória
Da Gruparada Indigesta
Não Maculará a História
Com Suas “Novas” Funestas...

Alguns Jornais do País
Não Querem o Bem da Nação...
Não Aceitam Que o Luís
Seja o Herói do Povão...

Os Tais Jornais e a Tevê
Não Aceitam a Presidenta...
Os Bons Governos do PT,
A Elit(i)zona Lamenta...

Queriam Tudo P’ra Eles,
A Burlar o Vei-Povão,
Com Salariozinhos, Mui Reles!,
Exploravam o Pobretão...

Com o Bom Luís e a Dilma,
O Brasil Se Transformou,
O Neo-Povão Tudo Filma...
Já Destrama Quem Tramou...

Mas, Esta Noite, o Anno Novo
Chegará Com Mui Benção...
Nenhum Arauto Papa-Ovo
Prejudicará a Nação...

Nesta Noite... Gran Festão!...
No Pãozim, Só Trigo-Novo!...
Bem Longe de Confusão...
Muitas Bênçãos Para o Povo!...

Longe das Invenções
De Desastres a Granel...
Os Papa-Ovos Jaiões
Não Querem o Povão no Céu!...

A Que Narra Então Augura
Um Mui Feliz Anno Novo,
Com Muita Paz e Ventura!
Bem Longe de Papa-Ovo!

Até Aqui a Que Narra
A Roupa Suja Lavou
De Um Vei-Passado de Amarra:
Que Amarrava Quem Suou...

Quem Suou Foi o Pobrim,
Aquelle Que Só Ganhou
Mui Desprezo do Riquim:
O Riquim Que Não Suou...

O Vei-Pobre Não Ganhou
A Recompensa Esperada...
O Suor de Quem Suou
Secou na Pele Enrugada...

Com o Contar do Paizinho,
A Que Narra ReMembrou
Os Annos de Desalinho...
ReMembrou o Que Passou...

Foram Dias DesGovernados
Que Destruíram a Nação...
Tais Dias Estão Avivados
No Coração do Povão...

Mas o Noventão Encrencado,
ReConto no Anno Que Vem...
E o Reveillon Festejado,
Pretendo Contar Também...

Por Ora, Festa Agitada!
O 2011 Em Estertor...
No Doze... Nova Virada...
Que Venha Com Esplendor!...

Desejo aos Bons Amigos
Um Feliz ReComeçar!
Que Todos Fiquem no Abrigo
Das Alegrias do Lar!...

Neuza Machado
Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 2011

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - UM 2012 ILUMINADO PARA UM DEMANDAR ABENÇOADO

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - UM 2012 ILUMINADO PARA UM DEMANDAR ABENÇOADO

NEUZA MACHADO


Os Vinte Annos da Comanda
O Paizinho Não Contou...
A Tal História Sem-Banda,
Nenhum Pobrim Registrou...

Foram Dias DesGovernados
Que Abalaram a Vei-Nação...
Ficaram Todos Soterrados
No Coração do Povão...

A Tal Eleição de Janeiro,
Dia Quinze, Oitenta e Cinco,
Ofereceu ao Gran Mineiro,
Tancredo, a Chave do Trinco...

(A Chave Enferrujada
Do Palácio D’Alvorada,
Com Mofo, Muito Emplastrada!,
Com Azebre Maculada)

O Governar do Gran Brasil
Depois da Abdicação
Do Último Grande “Gentil”
Chefão da Revolução,

Será Contado Depois
Das Festas de Fim de Anno...
No Momento, Aliveloz!,
O Brasil é Soberano...

O Povão Já Usa a Voz,
Já Sabe Diferenciar
Quem é o Bom!... Quem é o Algoz!...
O Certo Pra Governar!...

Já Vota Sem Argolão
(Ainda Há Jaião Trilenar!!!)
A Maior Parte do Povão...
(Exceto a Elite Lunar!)

(A Elite, Coitadinha!,
Agora, é a Comandada
Na Dancinha Miudinha
Da Direitona Encrencada!)

A História Conto Depois...
Há Festona a Preparar...
Muita Suã Com Arroz...
E o 2011 a Findar...

Nos Vãos da Festividade,
A Ler o Livro do Francês
Sobre “Poder e Verdade”:
Um Alerta ao Neo-Freguês...

Quem Quiser Acompanhar
O Tal Estudo Em Questoon,
Basta Apenas Visitar
(neuzamachado.blogspot.com
)

Ao Foucault, o Ensaísta,
Agradeço a Informação,
O Estudo Genealogista
Denota Compreensão...

A História Arrivista
De Um Vei-Poder Sem-Razão,
Precisa De Um Exorcista
Que Esclareça a Tal Acção...

Tudo Que é Muito Fechado,
Estrutura o Gran Pensar,
O Antigamente Dopado
Assistia ao Vei-Bailar...

Poderzão Mui Antiquado
A Exigir Um Só Compasso...
O Grupo Todo Moldado...
Ai de Quem Trocasse o Passo!...

Depois do Caso Passado
– O Final da Ditadura –
Parecia Que o Bailado
Mudaria a Partitura...

A Passada Tirania
Deixou o Povo Amuado,
Achando Que a Vei-Bailaria
Já Se Havia Re-Finado...

Bailarinos Perfilados,
Todos no Mesmo Compasso...
E os Pobrins, Mui Mal-Amados!,
Com Medo de Errar o Passo...

E o Gran Poder Arrivista
Ficou Com a Calça na Mão...
A Ambição, Mui Machista!,
De Repressão ao Povão...

A Perfídia do Passado,
A Mais Pura Traição,
Deixou o Seu Mau-Legado
No Decênio Noventão...

Mas, Isto Será Contado
No Princípio de Janeiro...
Por Ora, o Neo-Demandado
Vai Brindar Co’o Brasileiro...

O Brasileiro-Povão...
Um Neo-Povo a Festejar
O Onze do Muito Pão...
Muita Alegria no Lar...

(Mesmo Co’a Mídia Arrivista
A Adular o Imoral,
O Povo Está Otimista
A Esperar o Natal...)

O Próximo 2012
Será um Anno Sem-Par,
Apesar do Vei-Arcoze
Querendo a Festa Manchar...

Se Você Não Sabe o Que é Arcoze,
Não Precisa Pesquisar,
Em Janeiro, Dois Mil e Doze,
Espero Bem Explicar...

Por Agora, Abraço a Todos,
Desejando Um Bom Natal!
Que Saibam Evitar os Engodos
Do Poder Que Apoia o Mal...

Um Anno 2012,
Com o Bom Vinho do Noel,
Pra Esterilizar o Arcoze
Que Quer Estragar o Mel...

terça-feira, 22 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - UM GOLPE OU REVOLUÇÃO E O BRASIL NA CONTRA-MÃO

NEUZA MACHADO



A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - UM GOLPE OU REVOLUÇÃO E O BRASIL NA CONTRA-MÃO

NEUZA MACHADO


Em Um 31 de Março,
O Deus Marte do Destino
Amarrou Um Gran Cadarço
Em Volta do Pequenino...

Naquelle Dia Trevoso
Houve Um Golpe Militar,
E o Gran Brasil, Tão Fermoso!,
Se Viu no Escuro... E Sem Ar!...

No Primeiro de Abril,
O Golpe Foi Assinado...
(Vinte Annos... E o Brasil
Por Militar Governado...)

Um Golpe ou Revolução:
Conceitos Fora do Ar...
E o Brasil na Contra-Mão
De Um Progresso Mui Sem-Par...

E a Imprensa a Elogiar
O Governar-Desatino...
Uma Cartilha a Dictar
As Normas do Vei-Destino...

Vinte Annos Mui Perdidos...
Muitas Vidas Anuladas...
Muitos Sonhos Destruídos...
Mui Histórias Mal-Contadas...

O Medo do Comunismo...
Propaganda Fantasmal!...
Louvar o Capitalismo
Era o Estatuto Geral...

E o Brasilerim do Maratro
A Tomar o Trem das Onze,
Naquelle Sessenta e Quatro,
Com Medo do Verde-Bronze...

No Anno Sessenta e Quatro
Quem Comandava o Astral
Era o Saturno, o Actro,
Com Seu Domínio Factal...

O Ancião Furibundo
Naquelle Abril Marciano,
Dominou o Velho Mundo
Com o Seu Governar Insano...

O Mito do Vei-Saturno
O Gran Brasil Comandava,
Na Hierarquia do Soturno,
O Pobrim Não Apitava...

Tapearam o Pobre Povo
Na Dicta Revolução...
E o Arauto Papa-Ovo
A Espalhar Comoção...

O Dicto Cujo Dizia
Que o Jango Era do Mal
E Que o Brasil Entraria
Em Feia Era Infernal...

Que a Tomada do Poder
Era Contra o Comunismo...
“Coisa Boa, Pra Valer!...
Só Mesmo o Capitalismo!...”

Espalhou a Gran Revolta
Na Pobre População...
Greves... Marchas... Vei Escolta
Direcionando o Povão...

Dizia Que a Conturbada
Nacional Situação
Era Coisa Bem Tramada
Na Governança do João...

Dizia o Dicto Papa-Ovo
Que o Jango Era Um Mandão,
Iria Levar o Neo-Povo
À Mais Feia Escravidão...

Pela Gran Democracia,
“Um Viva a Revolução!”,
E o Brasil Assistiria
À Grande Transformação...

Tudo Isto (E Muito Mais!)
Nos Discursos Enrolões...
A Televisão e os Jornais
A Exaltar os Grans Jaiões...

Pela Tal Democracia,
A Marcha Com Deus Actuou...
Marchando, a Aristocracia
O Pobrezim Enganou...

Os Jornalões do Momento
Espalharam a Confusão...
No Dicto Cujo Argumento,
O Culpado Era o João...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra o Entrevero...
O Que se Finou Pobrezinho
No Tal Governo Severo...

(Será Preciso Explicar?)
(Será Preciso Explicar?)
(Será Preciso Explicar?)
(Será Preciso Explicar?)

Pobre Não Mandava Não!...
Era Briga de Arrasar!...
Gran Jaião Contra Jaião,
E o Pobrezim a Lutar!...

Um Nevoeiro Aviltado,
Era do Bronze, Terrível!,
Repôs o Esperançado
No Vei-“Destino” Exequível...

Os Annos Que Vieram Depois,
Era do Ferro Abrasado,
Do “Destino” Vei-Algoz
A Mandar no Espectrado,

Deixaram o Dicto Povão
Completamente’Assustado,
Sem Receber a Benção
Do Livre-Arbítrio Esperado.

Os Vinte Annos da História
O Paizinho Não Contou...
A Tal História Sem-Glória,
Nenhum Pobrim Registrou...

Na Briga dos Grans Jaiões,
O Pobretão Não Entrou,
Mas, Em Meio aos Encontrões,
Foi Ele Que Se Lascou!

Desse Tempo, Mui Sombrio!,
Este Narrar, Fala Não!,
O Caso Causa Arrepio:
É Medo de Assombração...

Deixará o Tal Caminho
Por Conta do Neo-Povão,
Que Acenderá o Raminho
Da Pira da Comoção...

O Mau Tempo Revoltoso
De Prisão e Punição...
Tal Governo Desairoso
Não Ficará Impune, Não!...

O Instante Tenebroso
Que Maculou a Nação,
Ficará Quomo Horroroso
Momento de Transição.

Será Três Vezes ReVisto
Pelo Leitor Neo-Povão
No Gran Futuro (Previsto
Nos Tempos Que Longe Vão...)

Foi Governança Malvada,
Rectorno ao Medieval,
Uma Fase Mal-Contada
Na História Oficial...

Dos Vinte Annos da Comanda
Do Governo Militar,
A Que Narra a Neo-Demanda,
Lamenta, Não Vai Falar!...

Nos Tais Annos, Casadoira,
Estava Presa no Lar
Tomando Chá de Erva-Moira
E Vendo a Vida Passar...

Por Isso, Não Fala Não!...
O Que Souber Repensar,
Repensará a Questão
E Saberá Quomo Julgar...

Ao Leitor Desta Demanda,
Não Custa Nada Avisar:
Suba Em Uma Boa Anda
E RePense o Cogitar...

Só P’ra Você Se Lembrar
Do Motivo Principal
Deste Novo Demandar
Em Prol De Um Brasil Maioral:

Naquelle Tempo de Então,
Para o Rico... Mui Maná!...
Filet-Mignon Pro Jaião...
O Pobrim... Ao Deus-Dará!...

Sobre a Continuação
De Veira História Sem Ar,
No Noventa, O Vei-Jaião
Continuou a Mandar...

Os Dias DesGovernados
Que Destruíram a Nação...
Todos!... Serão Entrançados
Na Próxima Capitulação.

domingo, 20 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E QUATRO, A TOMAR CHÁ DE MARATRO

NEUZA MACHADO


(Eclipse Anular do Sol)


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E QUATRO, A TOMAR CHÁ DE MARATRO

NEUZA MACHADO


No Anno Sessenta e Quatro,
O Brasilerim-Pequenim
Tomou Um Chá de Maratro
Para Ficar Bem Quietim...

O Doce Chá de Maratro,
Ou Se Querem, Chá de Funcho,
Chegou ao Sessenta e Quatro
Replectinho de Caruncho...

O Maratro é Erva-Doce,
Mas o Chá Estav’Amargo,
Pois, o Caruncho Feroce,
Ao Doce, Botou Embargo...

Era o Anno Seis Mais Quatro
Na Folhinha Astrológica...
Na Política, Um Gran Teatro
Demandava Cena Ilógica...

Mas o Céu de Brigadeiro,
Do Vei-Destino Antigão,
Estava Mui Desordeiro
A Exigir Revolução...

As Tais Reformas de Base
Do Bom Presidente João
O Estopim-Camicase
Que Incendiou a Nação...

Co’os Recursos Limitados,
O Presidente Goulart
Viu Seus Bons Planos Finados
Pelo Poder Militar...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra, Já Moçoila,
Que Iniciava o Caminho
Da Demanda Casadoira...

Era o Anno Sessenta e Quatro
De Um Decênio Complicado...
Tomando Chá de Maratro,
Estava o Povo Guiado...

O Sentido da Esborralha
Passava à Margem do Povão...
E o Sem-Roupa na Batalha,
A Enfrentar o Rojão...

Os Jaiões da Tal Direita
(Entenda a Grande Questão!...)
Não Dividiam a Colheita
Co’o Pobrezim da Nação...

A Elite da Direita
(É Preciso Explicação???),
Dona de Grande Receita,
Ao Pobre, Negava o Pão...

A Direiton’Acuada,
Com Medo das Tais Reformas,
Se Sentindo Ameaçada,
Quis de Volta a Plataforma...

A Plataforma-Complô,
Antiga na Vei-Nação...
Plataforma-Gigolô
Que Subtraía o Povão...

Uma Outra Jaianzada
Se Aproveitou do Medão,
E Em Rasteirona Bem-Dada,
Reinvindicou a Gestão...

A Turma Militarizada,
No Tal Decênio Em Questão,
Na Tal Rasteira Bem-Dada
Ficou Co’o Brasil Na Mão...

Destituindo o Goulart
Do Governo da Nação,
Passou Ela a Dominar
Qualquer Poder de Jaião...

Ações Ocultas Orquestravam
O Dicto Golpe Militar...
Aos Generais Imputavam
Veiras Normas de Aterrar...

E o Goulart Foi Exilado
Pra Longe do Vei-Brasil
(O Novo Recém-Criado
Se Finou no Gran Covil...)

O Jão Goulart, Mui Amado!,
Com Tristeza, Adoeceu...
Na Argentina Exilado,
O Amigo do Povo Morreu...

Morreu Jovem, o Muito’Amado,
O Coração Fraquejou...
Dizem Que Envenenado...
Um Mau-Remédio o Matou...

Sobre a Morte do Gran Jango,
No Estrangeiro, Exilado,
Não Se Sabe Se Foi Zango
De Militar Mui Irado...

O Paizinho Comentava:
– “Se Assassinaram o Jaião,
Ou Se Foi Morte da Brava,
É Caso Sem Solução!”

“Só Digo, Compenetrado,
Que Foi Morte-Traição:
Traído e Mui Execrado,
Malogrou-Lhe o Coração.” –

Assim Dizia o Paizinho
Da Que Narra Esta Demanda
(Aquelle Mui Pobrezinho!,
A Narrar Veira Parlanda.)

(Será Preciso Explicar?)
(Será Preciso Explicar?)
(Será Preciso Explicar?)
(Será Preciso Explicar?)

Pobre Não Mandava Não!...
Era Briga de Arrasar!...
Gran Jaião Contra Jaião,
E o Pobrezim a Lutar!...

Os Grandes na Retaguarda,
O Pobrim Indo na Frente...
Na Guerra da Czarada
Só Morria o Inocente...

O Tal Grande, o Perdedor,
Saía Pela Tangente...
Na Masmorra... O Lutador...
(Só o Povão na Corrente...

Pobrim, Povão e Mulher...
– Mesmo a de Rica Família –
Gran Preconceito a Temer...
Os Dictos Sempre Em Vigília...)

Só Pra Você Entender
O Princípio da Armação,
Intento Um Retroceder
Para Explicar a Questão:

Em Um 31 de Março,
O Deus Marte do Destino
Amarrou Um Gran Cadarço
Em Volta do Pequenino...

Naquelle Dia Trevoso
Houve Um Golpe Militar,
E o Gran Brasil, Tão Fermoso!,
Se Viu no Escuro... E Sem Ar!...

No Primeiro de Abril,
O Golpe Foi Assinado...
(Vinte Annos... E o Brasil
Por Militar Governado...)

A Que Narra a Triste História,
Jovenzinha, Já Casada,
Roceirinha... Em Trajectória
Para Criar Filharada,

Só Avaliou a Extensão
Da Violência Orquestrada,
Depois de Um Longo Tempão...
Passou Dez Annos Dopada...

Enquanto Criava os Filhos,
O Marido a Proctegia...
Longe dos Estribilhos
Da Feroce Artilharia...

Dez Annos em Reclusão
Sem Entender a Ocorrência...
A Tevê e o Jornalão
A Exaltar as Tais Demências...

Os Jornais do Bell Tramar
Aprovavam a Intervenção...
Diziam Que o Militar
Era Um Governo de Acção...

Diziam que o Gran Deposto
(O Governo do Goulart)
Queria Ficar no Posto
A Comandar Sem Parar...


Que o Governo do Afilhado
Do Gran Getúlio Paizão,
Já Tinha Tempo Marcado
Pra Findar a Tradição...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra a Triste História...
O Povão (Já Sem Padrinho!)
A Receber Palmatória...

E a Imprensa a Elogiar
O Governar-Desatino...
Uma Cartilha a Dictar
As Normas do Vei-Destino...

Vinte Annos Mui Perdidos...
Muitas Vidas Anuladas...
Muitos Sonhos Destruídos...
Mui Histórias Mal-Contadas...

No Anno Sessenta e Quatro
Quem Comandava o Astral
Era o Saturno, o Actro,
Com Seu Domínio Factal...

O Ancião Furibundo
Naquelle Abril Marciano,
Dominou o Velho Mundo
Com o Seu Governar Insano...

Mas o Mito de Saturno,
Explicarei Amanhã,
Depois De Um Escalar Noturno,
Neo-Trovar... Intenso Afã...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - CONTINUANDO O NARRADO EM DEFESA DO MUITO AMADO

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - CONTINUANDO O NARRADO EM DEFESA DO MUITO AMADO

NEUZA MACHADO


O Jango dos Votos-Mil
Tinha Mui Bom Coração!
Queria o Bem do Brasil...
Queria o Bem do Povão...

Mas a Politicagem Senil,
Por Parte da Gran Direita,
Seu Governo Proibiu...
Gente Hostil Não Se Endireita...

Pressões D’Outro País-Poder...
Soldadesca Dominante...
Articulistas a Mover...
A UDN Imperante...

Tudo Isto (e Muito Mais...)
Fez o Brasil Empacar...
As Divergências Factais
Estavam a Recomeçar...

Assim Contava o Paizinho,
Da Que Narra o Acontecido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Traído...

Em Busca de Legalidade,
Surgiu Um Grande Grupão
Opondo-se à Instabilidade
Que Manchava a Neo-Nação...

Surge Então o Leonel
Em Busca do Sancto Graal,
Lutando Contra o Escarcéu...
A Grande Vaga Factal!

O Leonel, Grande Irmão!,
Cunhado do João Goulart,
Iniciou Gran Demandão...
(Defesa Espectacular!)

Contra as Gran-Forças Terríveis
Que Dominavam a Nação,
Amigos, Por Certo!, Incríveis!,
Lutaram Pelo Povão!

O Leonel, Em Demanda,
A Buscar Legalidade,
Impulsionou Propaganda
Em Prol da Brasilidade...

A Elite e os Jaiões
Não Amavam o Vei-Brasil...
Só Queriam os Trilhões...
O Dinheirão Mui Servil...

Assim, o Gran Leonel
Mobilizou o Estado
E Nova Onda (do Céu!...)
Protegeu o Acusado...

Do Estado do Rio Grande
Do Sul, Já Em Grande Campanha,
Dispuseram Um Neo’Estande
A Edificar a Façanha...

Campanha Legalidade
Para a Nação Brasileira...
A Exigir Liberdade...
O Sul Com Sua Bandeira...

Da China a Montevidéu...
E o Goulart Com a Esperança
De Que o Brumoso Escarcéu
Se Transformasse em Bonança...

Só Para Você Se Lembrar
Do Princípio do Acordão,
A Dicta Eleição Popular
Enganaria o Povão...

Depois do Caso Passado...
Da Eleição Promovida...
O Governo Golpeado...
E a UDN na Lida...

Proibiram ao Jão Goulart
De Governar a Nação
(Os Votos P’ra o Jango, em Milhar,
Sustentaram a Eleição!)

Não Respeitaram o Eleito
(O da Grande Votação!),
E Com Furor e Despeito
Pisaram a Constituição...

O Congresso Nacional
Aprovou a Intervenção,
O Militar-Tribunal
Retirou-lhe o Galardão...

Lá, de Montevidéu,
O Jango Ficou a Esperar
Que Amainasse o Escarcéu
Para ao Brasil Retornar...

Era Uma Crise Senil
De Politizar-Militar...
Da Elitizinha do Ril...
Mui Dinheirão a Dançar...

Em Meio à Feia Demanda
(O Militar a Mandar...),
Uma Proposta-Ciranda
Para Um Novo Governar...

Proposta Conciliatória
No Congresso a Tramar...
Na Ciranda-Giratória:
Governo Parlamentar...

O Jango Na Presidência...
Primeiro-Ministro Mandão...
O Jango... Só Aparência...
Com a Escudela na Mão...

Num Dia 02 de Setembro
Daquelle Sessenta e Um,
O Brasil Tornou-se Membro
Do Terceiro Mui Comum...

Aprovaram Nesse Dia
Governo Parlamentar...
Isto o Paizinho Dizia
Com Tristeza no Olhar...

No Dia 08 Seguinte
Do Mesmo Mês Encrencão,
Do Sessenta e Um (Acinte!),
Nomearam o Grande Irmão

(O Jango dos Muitos Votos,
O Amigo do Povão),
Em Meio a Grans Alvorotos:
Presidente da Nação...

Sobre o Primeiro-Ministro,
É Preciso Explicação...
Mesmo N’Um Cargo Sinistro,
Não Foi Um Perverso Não!...

O Governo do João Goulart
Foi Até Sessenta e Quatro...
Governo Parlamentar
Que Não Mandava de Facto...

Assim Dizia o Paizinho
De Quem Narra o Ocorrido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Perdido...

Os Planos do Presidente
Em Benefício do Povo,
Sofreram Julgo Mordente
Por Parte do Papa-Ovo...

A História do Gran Brasil
Por Certo!, Não Acabou...
Histórias Praláde Mil...
O Relatar Não Parou...

Os Dias DesGovernados...
Que Abalaram a Bell Nação...
Todos!... Serão Entrançados
Na Próxima Capitulação.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E UM, UM GOLPINHO BEM COMUM

NEUZA MACHADO



A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E UM, UM GOLPINHO BEM COMUM

NEUZA MACHADO


No Anno Sessenta e Um
Do Vinte da Enganação,
Sec’lo Com Gran Fartum
Em Cada Canto do Mundão,

O Paizinho da Que Narra
Votava, Com Emoção!,
No Partido da Gran Jarra
Em Prol do Multi-Povão:

O PTB Getulista
Do Trabalhismo Em Acção...
Do Discursar Otimista...
Da Esperança do Sem-Pão...

E a Que Narra, Adolescente,
A Pensar em Namorados,
Totalmente Inconsciente
Dos Rumos Desgovernados...

O Grande Brasil Sem Lente
Para Ver o Aproximado...
O Que Viria Pela Frente...
Um Longo Tempo Tisnado...

O Pobre Brasil Dominado
Por Politiqueiro Jaião,
Querendo o Sem-Ordenado
No Tronco da Escravidão...

O Partido da Direita
Dominava o Pobretão...
Uma Votação Mui Perfeita:
Quem Vencia? O Patrão...

A Direita do Brasil
Tinha Arauto Papa-Ovo...
E o Gran Destino Senil
Mandava Ainda no Povo...

O Porta-Voz Tumultuoso
Agia Lesto!, o Envidado!,
E Em Discurso Clamoroso
Enrolava o Eleitorado...

E Foi Em Sessenta e Um
Que o João Goulart, Mui Amado!,
Em Viagem Incomum
À China do Gran Reinado,

Percebeu-se Um Laranja
Da UDN Sem Medida...
Ou Por Outra: Uma Canja
Fácil de Ser Expelida...

Se Voltasse ao Vei-Brasil,
Depois da Dicta Jornada,
O Jango dos Votos-Mil
Se Enroscaria Em Cilada...

(O Presidente Ja(n)ião,
Por Seus Pares Execrado,
Desistiu do Cadeirão
Por Se Ver Mal Apoiado...

Pois Não Sabia o Jaião
Do Comandar Coligado
Que Pensar no Gran Povão
Era Chute no Costado?...)

O Tal Reinad’Orquestrado
Pelo Partido Mandão
(Que Venceu o Demandado
Com os Votos do Grande-Irmão,

O Jango, Muito Estimado!)
Durou Pouco, Meu Leitor!,
Oito Meses no Cercado
Encucaram o Professor...

Ao Jango dos Alvorotos,
Ao Amado do Povão,
Ao Jango dos Muitos Votos,
Demandaram Humilhação...

Co’a Renúncia do "Sem Cor",
Seria o Jango a Comandar,
Mas a Pasta do Feitor
Impediu o Governar...

Tacharam o Bom Rapaz
De Comunista-Pagão...
E o Articulista Loquaz
Ajudou na Demissão...

Proibiram ao Jão Goulart
De Governar a Nação
(Desprezando o Popular
Que Sustentou a Eleição!)

Não Respeitaram o Eleito
(O Jango da Votação!),
E Com Furor e Despeito
Pisaram a Constituição...

O Congresso Nacional
Aprovou a Intervenção,
O Militar-Tribunal
Retirou-lhe o Galardão...

Da China a Montevidéu,
No Brasil Não Aportou...
Um Terrível Escarcéu
A Oposição Engendrou...

No Coligado Falado,
Da Dicta Governação,
O Vice Foi Enganado,
Ficou Co’o Prato na Mão...

Com o Golpe Declarado,
Não o Deixaram Governar...
Mas, Isto é Caso ReDobrado
Para Um Outro ReContar...

Só Para Você Se Lembrar
Do Princípio do Acordão,
A Eleição Popular
Enganaria o Povão...

Depois do Caso Passado...
Da Eleição Promovida...
O Governo Golpeado...
E a UDN na Lida...

Em Busca de Legalidade,
Surgiu Um Grande Grupão
Opondo-se à Instabilidade
Que Manchava a Neo-Nação...

Surge Então o Leonel
Em Busca do Sancto Graal,
Lutando Contra o Escarcéu:
A Grande Vaga Factal!

O Leonel, Grande Irmão!,
Cunhado do João Goulart,
Iniciou Gran Demandão...
(Defesa Espectacular!)

Assim Contava o Paizinho,
Da Que Narra o Acontecido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Traído...

A História do Goulart
Por Certo!, Não Acabou...
Há Muito Mais a Contar...
O Relatar Não Parou...

Os Dias DesGovernados...
As Angústias do Povão...
Todos!... Serão Entrançados
Na Próxima Capitulação.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E UM, UM DEMANDAR BEM COMUM

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E UM, UM DEMANDAR BEM COMUM

NEUZA MACHADO


No Anno Sessenta e Um
Do Vinte da Danação,
Um “Demandar” Bem Comum
Sacudiu a Bell Nação.

Pois, o Brasil Alteado
Com a Grande Transformação,
Exibia, no Cerrado,
A Brasília do Acordão...

O Brasileiro Esperançado,
Ouvindo a Música no Tril,
Pensou Que o Destino Zoado
Protegia o Neo-Brasil...

Era Anno de Eleição
Naquelle Tempo Senil,
E o Chamado Neo-Povão
Já Dançava Um Novo Ril...

Pensava Grande, o Povão,
Vendo o Progresso Actuar,
Mas, o Destino Antigão
Prosseguia o Comandar...

Entre os Políticos de Então,
(Será Preciso Explicar???),
Só Tinha Grande Patrão,
Para no Pobre Mandar...

Nas Brigas Entre Jaiões
De Partidos Diferentes,
Não Entravam Pobretões...
Eram Jaiões Imponentes...

(Será Preciso Explicar???),
(Será Preciso Explicar???),
(Será Preciso Explicar???),
(Será Preciso Explicar???),

Qualquer Sigla Que Ganhasse
Não Faria Diferença...
O Pobre Que Se Danasse
Em Seu Viver de Nascença...

Mesmo o Tal do PTB,
O Partido do Paizinho,
Tinha Pouquinho ABC
Em Favor de Pobrezinho...

Foi Um Partido Criado
Para Acalmar o Povinho,
Pois o Getúlio, Alertado,
Previu Um Novo Tempinho...

Depois da Segunda Guerrona,
O Mundo Estava a Mudar...
E o Povo, Em Gran Maratona,
Podia Tresvariar...

Assim, no Antigo Brasil,
Dois Partidos a Lutar:
A UDN Mercantil
E o PTB Popular...

Naquelle Meado do Segre
(O Vinte da Maldição!),
Só Tinha Estorinh’Alegre
Para Iludir o Povão...

Mas, Neste Demandarzinho,
Quem Narra Deseja Contar
Quomo o Voto do Paizinho
Foi Parar N’Outro Lugar:

Nas Hostes dos Mercadores
Havia Um Médio-Joon
Da Classe dos Professores
Fazendo Sembrante Boom...

Candidato da UDN,
Com Parolar Sedutor,
Pois, Com Discurso Solene,
Iludiu o Sofredor...

Um Candidato Truão,
Achando-se Inteligente...
Pois Não Sabia, o Parvão,
Que o Assento Era Um Dormente?...

Muito Fácil de Tirar,
Se Ell’ Fosse Presidente
Com Tendência Popular
E Preocupado Co’o Inocente?...

E Foi Isto o Que Ocorreu
Com o Jânio da Gran Vassoura,
Por Se Sentir Corifeu
De Ideais em Canoura,

Foi Varrido do Partido
Que o Colocou no Governo,
Pois Quomodo Era Sabido,
Agradar ao Subalterno,

Não Convinha aos Neo-Jaiões...
(Não Importando o Partido!...)
Eram Todos Gaviões
A Bicar no Sem-Vestido...

E o Jânio Venceu o Pleito...
(Com a Ajuda do Afilhado
Do Bom Getúlio Direito:
O João Goulart, Mui Amado!)

Sobre a História da Vassoura,
A Que Narra Afirma Agora:
Tal História Não Desdoura
O Jânio, Daquella Hora...

Ele Pensou no Povão
Que Enganado Vivia...
Quis Varrer o Gran Lixão
Da Cortesia Vadia...

Quis Varrer a Corrupção
Que no Brasil Se’Alastrava...
Esqueceu o Gran Truão
Que a UDN é Quem Mandava...

Pensou o Grande Maestro
Ser do Grupo Vencedor...
Mas Na Hora do Sequestro,
De Negarem o Seu Valor,

O Partido, o Lado D’Ele
Que a Eleição Comandou,
Foi Justamente Aquelle
Que a Primeira Pedr’Atirou...

O Povinho Acreditou
Na Vassorada’Importante,
Mas, a Elite Não Timbrou
Aquelle Grande Rompante...

Não Sabia o Professor
Que Partido de Gigante
Será Sempre o Opressor
De Pobre Sem Comandante?...

Pensou o Semi-Jaião
Que Estava a Ajudar o Povo,
Mas, a Sua Média’Acção,
Incomodou o Papa-Ovo...

O Serpentário da Elite
Não Aprovou Varreção...
A Fina-Flor-Dinamite
Queria a Corrupção...

A Sua Grande “Demanda”,
Não Teve Sucesso, Não!...
Oito Meses na Comanda
Foram Demais P'ra o Jaião!...

Em 25 de Agosto,
Do Mesmo Anno Em Questão,
Renunciou ao Gran Posto
De Chefe da Neo-Nação...

Pensava Ele, Coitado!,
Que o Povo o Abraçaria,
E Que, Em Trono Mui Dourado,
Muito Tempo!, Reinaria...

O Que Houve, Realmente,
Assim Contava o Paizinho,
É Que o Dicto Cujo Presidente
Se Coligou Co’o Povinho...

Homenagem ao Che Guevara...
Ligações Co’o Comunismo...
E Muito Mais!, na Apara,
Levou-o ao Ostracismo...

A Direita do Brasil
Tinha Arauto Papa-Ovo...
E o Gran Destino Senil
Mandava Ainda no Povo...

O Porta-Voz Tumultuoso
Estava Activo na Pista,
E Em Discurso Clamoroso,
Acusou-o de Golpista...

Assim, Colocado à Margem,
Não Recebeu a Benção
Dos Jaiões da Coligagem...
E Nem Mesmo do Povão...

O Povão da Gran Coragem
Preferia o Vice, Amado!,
O Jango da Irmandade,
Do Getúlio, o Afilhado...

No Coligado Falado,
Da Dicta Governação,
O Vice Foi Enganado,
Ficou Co’o Prato na Mão...

Pois N’Um Golpe Declarado,
Não o Deixaram Governar...
Mas, Isto é Caso Dobrado
Para Um Outro ReContar...

Só Para Você Se Lembrar
Do Princípio do Acordão,
A Eleição Popular
Enganaria o Povão...

O Jânio, Médio-Jaião,
Com Paternidade Firmada,
Foi Aceito no Salão
Da UDN Elitizada...

Um Defensor Populista
E Um Vice de Sesmaria...
Para a UDN Elitista,
Era o Que Ela Queria...

Depois do Caso Passado...
Da Eleição Promovida...
O Governo Golpeado...
E a UDN na Lida...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra o Acontecido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Perdido...

Os Dias DesGovernados...
As Angústias do Povão...
Todos!... Serão Relatados
Na Próxima Capitulação.

sábado, 12 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O INÍCIO DO SESSENTA DO VINTE SEM ÁGUA-BENTA

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O INÍCIO DO SESSENTA DO VINTE SEM ÁGUA-BENTA

NEUZA MACHADO


Era o Tal Anno Sessenta
Do Vinte da Danação,
De Muita Guerra Cruenta
Em Cada Canto do Mundão.

E o Brasil Assoberbado
Com a Grande Transformação:
Brasília, Lá no Cerrado,
Brilhando na Amplidão...

Todos Muito Apressados
P’ra Finalizar o Acordão,
Cinco Anos Já Passados,
Depois, a Inauguração...

E o Juscelino Afobado
P’ra Terminar a Gestão
Com Dinheirão Emprestado,
Provindo de Outra Nação...

E o Brasil, Já Maquiado,
P’ra Finalizar o Segrão,
O Sec’lo Mal Humorado,
O Vinte da Danação.

Muita Guerra no Global
P’ra Dominar o Fraquinho...
Um Outro Reino Bructal
Querendo Reinar Sozinho...

E Quem Narra Esta Demanda,
Adolescente a Brincar,
Sem Saber Que Triste Banda
Iniciava Um Ruflar...

O País Em Belle Époque,
Com Movimento Viril...
Juscelino, Com Um Toque,
Movimentando o Brasil...

E Quem Narra, Adolescente,
Sonhando Bell Infançoon...
E o Jânio, Neo-Influente,
Fazendo Sembrante Boom...

E Neste Dezembro, o Sexto
Dia do Último Mês,
Do Onze, Mês Muito Lesto!,
Vou Contar, Para Vocês!,

Quomo Foram os Oito Meses
De Vendaval e Tormenta,
E os Inúmeros Reveses,
Naquelles Annos Sessenta,

Do Governo Que Assumiu
Às Rédeas do Neo-Progresso
Do Grandioso Brasil
(Mas Promoveu Retrocesso!):

O Governo do Jaião,
Ou, Melhor, Semi-Divino,
Com o Nome Brilhantão
De’Um Antigo Deus do Destino...

O Janus da Porta’Alada
A Abrir Um Novo Anno
(O Sessenta e Um Sem Nada),
Ou Jânio do Desengano...

O do Discurso Empolado,
A Fazer Sembrante Boom,
Promessas de Um Enrolado
Promotor de Neo-Gestoon...

Promessas de Um Convincente
Que Desbancou o Divino:
O Marechal, Influente
Protector do Juscelino...

A Que Narra, Vai Contar
O Que Seu Pai Lhe Contou...
(O Herdeiro de Gran-Solar,
Mas Que Pobrim Se Finou...).

N’Um Dia do Mês Outubro,
Em Tempos Que Longe Vão,
O Neo-Povão, Muito Rubro!,
Elegeu Médio-Jaião.

O Jânio da Silva Quadros,
Por Parte de Mãe, Um Silva,
Dos Mui Desmoralizados
Pel’a Elite do Consilva,

O Consilva, o Gran Major
Que Destronou o Augusto,
Mas, Com Sobrenome Menor,
Criou Um Escol Vetusto...

(Uma Elite Brasileira
Sem Nobreza Neo-Firmada,
Que Se Acha Altaneira,
Mas Que, no Fim, Não é Nada...

Se Vasculharem o Sangue
Desta Elite Avantalhada,
Que Se Diz de Puro-Sangue,
Verão Que é Pura Fachada).

Mas, o Jânio, Médio-Jaião,
Com Paternidade Firmada,
Foi Aceito no Salão
Da UDN Elitizada...

Um Defensor Populista
E Um Vice de Sesmaria...
Para a UDN Elitista,
Era o Que Ela Queria...

Depois do Caso Passado...
Da Eleição Promovida...
O Governo Golpeado...
E a UDN na Lida...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra o Acontecido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Perdido...

Ele Votou no Afilhado
Do Getúlio Bom-Paizão
E no Marechal Afamado
Para Chefe da Nação.

Mas o Seu Voto Bem Dado
Foi Parar Em Outra Mão,
Na Mão do Gran Coligado
Do Jânio do Vassourão...

A História da Vassoura,
Ao Leitor, Peço Perdão!,
Por Precisar de Salmoura,
Por Ora, Não Conto não!

A História do Reinadinho
E do Grande Vassourão,
Relatarei Direitinho
Na Próxima Capitulação
.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM ELEIÇÃO ORQUESTRADA, O VICE GANHA A PARADA

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM ELEIÇÃO ORQUESTRADA, O VICE GANHA A PARADA

NEUZA MACHADO


Neste Dezembro, o Primeiro
Dia do Último Mês,
Do Onze Já Passageiro
Para o Doze Mais Cortês,

A Que Narra o Demandão
D’Aquelles Annos Funestos
Do Decênio Sessentão,
Dos Grans Discursos e Gestos,

Vai contar ao Gran Leitor
De Um Futuro Mui Remoto,
Quomo Foi a Veira Dor
Do Gran Povão Ignoto.

Um Povão Que Só Servia
P’ra Votar Em Eleição,
Depois do Voto, Se Via
Com a Escudela na Mão.

Um Povão Mui Mal-Querido
Pel os Jaiões da Nação,
Que Só Percebiam o Oprimido
Em Época de Eleição.

E nos Tais Dias Corridos,
Antes da Votação,
Os Pobres Mui Mal-Vestidos
P’ra Votar Com Galhardão,

Nos Dias da Conjuntura
(As Prévias da Enganação),
Sem Ter Em Casa Fartura,
Ganhavam Melhor Refeição.

E Quando o Dia Chegava,
O Tal Dia da Eleição,
O Povo Todo Marchava
P’ra o Local da Votação.

Iam Todos Espremidos
No Caminhão do Patrão,
E nos Corpos Desnutridos
Os Vestígios da Inação.

Brasilerins, Mui Sofridos!,
Votavam Pelo Guião,
P’ra Eleger o Preferido
Candidato do Patrão.

Depois de Tudo Passado,
Voltavam à Escravidão,
Muito Trabalho Pesado
E Pouco Dinheiro na Mão.

Assim, nos Annos Cinquenta,
Aventou-se Um Transformar,
Anúncio de Vida Benta
Para o Pobre Festejar.

E o Juscelino Graduado
A Ganhar a Eleição,
Com a Ajuda do Afilhado
Do Getúlio, Bom Paizão!

Cinco Annos Mui Dourados,
Gran Progresso e Inflação,
Os Grans Jaiões Enricados
E o Pobre Sem Um Tostão.

E a Brasília-Capital
A Brilhar no Mundo Inteiro,
Muita Festa no Pombal
Do Pobrezim-Brasileiro.

E no Dia Trinta e Um
De Um Outro Dicto Janeiro
Do Anno Sessenta e Um
Do Decênio Encrenqueiro,

Um Semi-Jaião Ganhou,
Em Eleição Nacional,
O Sufrágio de Quem Votou
No João Goulart Maioral.

Naquelle Tempo Potente,
Foi Eleição de Horror,
Ganhou Para Presidente
O Candidat’Opositor.

E o Vice, do Outro Lado,
Na Anterior Situação,
Era o Jango, Muito Amado!,
Pelo Pobrim da Nação.

E Foi o Jango-Afilhado
(O Vice do Anterior),
Que, Em Novo Passo Dado,
Deu Vitória ao Professor.

Ao Professor Jânio Quadros,
Um Quase-Quase Corifeu,
Pois Com Poucos Votos Dados,
A Gran Peleja Venceu.

O Que Aconteceu, de Verdade!,
Bote Fé na Contação!,
É Que o Pobrim da Humildade
Votou Com Fé no Irmão:

O Jango do PTB,
O Partido do Povão,
E Para Evitar Fuzuê
Com o Dicto Feroz Patrão,

Elegeu o Professor
Do Partido-Oposição,
Para Ser o Gran Senhor
A Governar a Nação.

E o Marechal, Gran Jaião,
Divinado-Assinalado
Para a Tal Coligação
Com o Partido do Espectrado,

Tendo o Jango Como Vice,
No Dicto Gran Coligado,
Em Meio a Tanta Sandice,
Perdeu o Eleitorado.

O Dicto Povim-Ruão
Levou Voto Preparado
Pelo Senhor Seu Patrão,
Que Montado Em Seu Costado

Indicou a Direcção
Do Votar Bem Combinado,
Sabendo, de Antemão,
Que o Jango Era o Apreciado

Do Povão Desmerecido
E Só Pelo Jango, Amado!
Um dos Dois, Ambos Ungidos
Quomo Chefões Esperados,

Enganariam os Sofridos.
E Naquelle Passo Dado
Venceria o Gran Ungido
Da Elite, o Mais Cotado

Pra Presidir o Terral.
(A Terra da Promissão
Do Sancto do Gran Sonhado,
Com Muito Leite, Mel e Pão,

P’ra Suprir o Estrangeirado,
Os Que Comandavam a Nação
E o Brasileirim Mal-Amado,
Bem Longe, Em Outro Chão,

Os do Falar Enrolado
Do Governo Exterior
Mandando Pra Todo Lado,
Sujeitando o Provedor

De Riqueza Não-Suada
A Um Tempo de Gran Dor
Por Ver a Terron’Amada
Submissa ao Explorador).

Assim, Um Novo Enrolar
A Perturbar o Roteiro:
Outra Eleição “Exemplar”
Na Vida do Brasileiro.

A Eleição do Professor
Foi Muito Bem Orquestrada,
Se o Jango, o Vencedor,
Ganhasse a Vice-Empreitada,

Subiria no Gran Pódio,
Mas Não Mandaria Um Nada,
Pois o Tal Gran Episódio
Era Uma Farsa Montada.

O Povo Votou no Jango
P’ra Ser Vice-Opositor,
E Por Miséria de Um Mango,
Votou no Jaião-Professor.

Mas o Reinad’Orquestrado
Durou Pouco, Meu Leitor!,
Oito Meses, Mal-Traçados!,
Encucaram o Professor.

Mas, o Historial do Reinado
Do Jânio do Vassourão,
Continuará Relatado
Na Próxima
Capitulação.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - JK: LIVRE-ARBÍTRIO EXPECTANTE NO DECÊNIO ATRIBULANTE

NEUZA MACHADO






A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - JK: LIVRE-ARBÍTRIO EXPECTANTE NO DECÊNIO ATRIBULANTE

NEUZA MACHADO


Nesta “Demanda-Graal”,
Do Livre-Arbítrio Expectante,
Revendo o “Destino”, Veiral!,
De Um Decênio Atribulante,

O Sessentão Desregrado
(Um Vei-Momento Horroroso),
A Que Narra o Atribulado,
Repensa o Esperançoso:

O Povão do Gran Brasil,
Já Prevendo Mui Maná,
Depois das Mudanças-Mil
Do Governo Jota Ka.

Mas o Maná Desejado
Pelo Povão Brasileiro,
Naquelle Instante’Azarado,
Perdeu-se no Nevoeiro,

Um Nevoeiro Aviltado,
Era do Bronze, Terrível!,
Repondo o Esperançado
No Vei-“Destino” Exequível.

Nos Quatro Annos Primeiros
Do Decênio Sessentão,
Os Politicantes Guerreiros
Deram Impulso à Confusão.

Os Annos Que Vieram Depois,
Era do Ferro Abrasado,
Do “Destino” Vei-Algoz
A Mandar no Espectrado,

Deixaram o Dicto Povão
Completamente’Assustado,
Sem Receber a Benção
Do Livre-Arbítrio’Esperado.

Neste Dois Mil e Onze,
Do Onze, Um Dia 30,
A do Narrar Verde-Bronze,
Desvendando Veira Tinta

Do Historial, Mal Contado
Pelo Poder do “Destino”,
Querela de Elitizado
Dominando o Pequenino,

Pede Perdão ao Leitor
Desta “Demanda” Actual,
O Narrar da Veira Dor
Escorrerá do Graal.

Há Ainda Muita Lenha
Pra Mover a Neo-Caldeira
D’Aquelle Período-Brenha
Dos Annos da Vei-Canseira,

Tais Annos Pedem Passagem,
Neste Neo-Anunciado,
O Período da Voragem
Precisa Ser Relatado.

Os Governos Empossados,
Nos Quatro Annos Funestos
Dos Discursos Inflamados
E dos Largos Grandes Gestos,

Das Denúncias Orquestradas,
Enganando o Povaréu,
Por Certo!, Serão Relatadas,
Não Se Perderão no Escarcéu.

O “Destino” Antiquado
Deixou o Povão Rendido,
O Pobrizim Foi Domado,
Sem o Livre-Arbítrio Querido.

A Fase de Mui Desgosto
Do Decênio-Sessentão,
Será, Bem Triste!, Exposto
Na Próxima Capitulação.

domingo, 6 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - HISTÓRIA DICTA SEM GLÓRIA NENHUM POBRIM REGISTROU

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - HISTÓRIA DICTA SEM GLÓRIA NENHUM POBRIM REGISTROU

NEUZA MACHADO


Um Certo Trecho da História,
O Paizinho Não Contou...
História Dicta Sem Glória,
Nenhum Pobrim Registrou...

Em Briga de Neo-Jaiões,
O Pobretão Não Entrou,
E Se Entrou, Mil Perdões!,
Foi Ele Que Se Lascou!

Desse Tempo, Mui Sombrio!,
Este Narrar, Fala Não!,
O Caso Causa Arrepio:
Ainda Há Assombração.

Deixa o Dicto Desvio
Por Conta do Neo-Povão,
Que Acenderá o Pavio
Da Vela da Comoção.

O Tal Tempo Revoltoso,
De Prisão e Punição,
O Governar Desairoso
Não Ficará Impune, Não!

O Instante Tenebroso
Que Maculou a Nação,
Ficará Quomo Horroroso
Momento de Transição.

Será Visto e ReVisto
Pelo Leitor Neo-Povão
No Gran Futuro, Previsto
Em Tempos Que Longe Vão...

Foi Governança Malvada,
Rectorno ao Medieval,
Uma Fase Mui Mal-Contada
Na História Oficial

Dos Vinte Annos da Comanda
Do Governo Militar,
A Que Narra a Neo-Demanda,
Lamenta, Não Vai Falar!

Jovenzinha Casadoira,
Estava Presa no Lar
Tomando Chá de Erva-Moira
E Vendo a Vida Passar...

Por Isso, Não Fala Não!...
O Que Souber Repensar,
Repensará a Questão
E Saberá Quomo Julgar...

Ao Leitor Desta Demanda,
Não Custa Nada Avisar:
Suba Em Uma Boa Anda
E RePense o Cogitar...

Só P’ra Você Se Lembrar
Do Motivo Principal
Deste Novo Demandar
Em Prol De Um Brasil Maioral:

Naquelle Tempo de Então,
Para o Rico... Mui Maná!...
Só Mandava Gran Jaião...
O Pobrim... Ao Deus-Dará!...

Sobre a Continuação
De Veira História Sem Ar,
No Noventa, O Vei-Jaião
Continuou a Mandar...

Os Dias DesGovernados
Que Destruíram a Nação...
Todos!... Serão Entrançados

Na Próxima Capitulação.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NA ÀGORA, O POVAROTE DEFENDENDO A CAMELOTE

NEUZA MACHADO



A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NA ÀGORA, O POVAROTE DEFENDENDO A CAMELOTE

NEUZA MACHADO


Mas o Dicto Desmoronado
Da Estrutura da Nação,
Já Estava Bem Riscado
Naquelle Abril do Acordão.

Os Cinco Annos Prometidos
A Valer Por Uns Cinquenta,
Embromou os Sem-Vestidos
Com Sancta Promessa Benta.

E a História da Gran Glória
Da Construção de Brasília,
Será Por Certo! Notória
– Isto Afirma a Boa Filha! –

A Glória Muito Ajudou
Aos Jaiões da Gran Nação,
Mas o Povinho Ficou
Com a Escudela na Mão.

Os Cinco Annos Traçados
Nos Planos do Gran Jaião,
Com Edital Bem Lançado
Naquelle Anno Brilhão,

Com o Projecto Bem Bolado
Pelo Lúcio, o Vencedor,
As Construções do Assinado
Obtiveram Valor...

E o Costa Foi Laureado
Quomodo Gran Construtor,
Seu Projecto Admirado
No Mundo Superior...

E Outros Jaiões Gloriosos
Brilharam na Construção,
Todos Ficaram Famosos,
Cada Um Com Seu Galão...

E do Lado, Separada
Da Cidade-Capital,
Uma Aldeia Foi Fundada
Para o Pobre Espectral...

Separação Consentida
Pelo Ingênuo-Povão,
Sem Saber Que a Dura Lida,
No Trabalho-Construção,

Era Matéria Perdida
Para os Dictos Sem-Pão,
A Brasília, Construída
Com o Suor do Peão,

Só Deu Glória Instituída
E Um Grande Dinheirão
À Elite Convencida,
Descendente de Patrão.

Em 21 de Abril
De Um Anno Muito Encrencão,
O Sessenta, Mui Senil!,
Do Vinte, Sem-Direcção!,

O Mundo Inteiro Assistiu,
Com Desmedid’Atenção!,
No Centro do Gran Brasil,
A Festa-Inauguração

De Brasília-Camelote,
Com o “Rei” e Seu Chapéu,
Na Ágora, o Povarote
(O Pobre Povo Sem-Véu).

No Trono, o da Grande Sorte
De Ter Anjo-Protector,
Defendendo o Camarote
De Um Eleito do Senhor.

O Pobrinho do Nordeste
Se’Aclimatou em Brasília,
Para a Cidade-Satélite,
O Pobre Levou a Família...

E o Palácio do Catete,
No Bell Rio de Janeiro,
Perdeu o Gran Minarete
De Alcácer Mui Altaneiro...

O Rio Perdeu o Grado
Do Comando Brasileiro,
E o Povão Ensolarado
Se’Encolheu Em Seu Viveiro...

Foi Este o Desmoronado
Da Estrutura da Nação:
Pois o Grande Passo Dado,
A Grande Transformação,

Trasladando o Gran Reinado
Para o Centro do Torrão,
Remexeu Com o Mal-Formado,
Já Nascido Capengão

(O Terral Especulado
Pelo Senhor-Colonão),
Pois o Tempo Gloriado
(Os Cinco da Construção),

Deixou o Bolso Furado,
O Bolso da Gra’Nação,
E o Pobrizim Mal-Amado,
Sem a Dicta Redenção,

Se Finou Com o Mui Minguado
Salário da Ocasião,
E o Mais-Pobrim, Renegado,
Foi Jogado no Lixão.

O Ápice de Um Gloriado
Sem Muita Sustentação
Desmoronou, Endividado,
A Pressionar o Povão.

Cada Acto do Escolhido
Para a Tal Transformação
Permaneceu, Bem Nutrido!,
Na História da Nação.

A Criação de Brasília,
Mesmo Com o Tal’Estrondado,
Autenticou a Planilha
Para Um Novo Eleitorado,

Que Surgiria Depois
Do Sonho Realizado,
Vencendo Um Período Atroz
Que Será Sempre Lembrado.

Aquelle Foi o Alimento
Que Sustentou o Brasil
Durante o Tempo Cruento
Que Veio Logo no Tril.

Mas o Período, Depois,
Já Passou – Um Furacão –,
Governança de Algoz
Do Tempo da Inquisição,

Já Não Manda Mais na Gente
Deste Grande Brasilzão:
Agora, o Povo ’Stá Contente
Com a Nova Direcção.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - ANDANDO DE BICICLETA NO SONHO DO GRAN PROFETA

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - ANDANDO DE BICICLETA NO SONHO DO GRAN PROFETA

NEUZA MACHADO


Naquelle Tempo de Então,
Um Tempo Que Longe Vai,
A Que Narra, Com Emoção!,
O Narrar do Veiro Pai,

Andava de Bicicleta
Nas Ruas de Carangola,
Uma Cidade Discreta
De Minas, da Vei-Parola.

Andava de Bicicleta,
Sem Pensar no Amanhã,
Uma Vidinha Correta
De Menininha-Aldeã.

Saia da “dos Romanos”,
Ruazinha Sem-Igual!,
Sem Pensar nos Grans Tiranos
Do Politicar Nacional.

Na Gran “Magalhães Queirós”,
Ruazona de Polaco,
Passava, Muito Veloz!,
Frente ao Posto da Texaco.

Em Sua Vida Infantil,
A Pobre Não Viu Primeiro
Que os Mandantes do Brasil
Provinham do Estrangeiro.

A Rua Toda Exalava
O Poder do Gran Patrão,
A Texaco Oficiava
Naquelle Tempo de Então.

O Petróleo Brasileiro,
Naquelle Tempo Aleivão,
Já Tinha o Gran Forasteiro
Tirando-lhe Um Bom Quinhão.

Naquelles Annos Cinquenta
No País da Redenção,
O Pobrim da Vei-Tormenta
A Esperar ReNovação.

E a Que Narra a Pedalar,
Na Bicicleta de Então,
Nas Asas do Bom Sonhar,
Sem Medo de Assombração.

Era o Anno Cinco Seis
Do Vinte Desafinado,
E a Profecia se Fez
Em Sonho Santificado:

Anno Que Começou
O Governo Em Ascensão,
Daquelle que Aproveitou
O Sonho do Sancto João.

O Sonho do Gran Profeta
Do Mundo Dicto Cristão,
Um Profeta Neo-Asceta
Com o Dom da Previsão.

Pois o Profeta Previu
A Terra da Promissão,
No Centro do Gran Brasil,
Com Muito Ouro e Carvão,

Minérios e Pedras Mil,
Petróleo em Profusão,
Uma Terra Sem Ardil,
Mui Propensa à Mansidão.

Um Sonho Com Muita Luz:
A Neo-Terra Prometida
Ao Gran Povo de Jesus
Que nos Baixios da Vida

Carregava Grande Cruz,
Enfrentando Fome e Frio,
Sem Casaco, Sem Capuz,
Em Seu Viver Mui Sombrio.

Na Sancta Folha Cristã,
O Sonho Foi Registrado,
Demarcando o Amanhã
De Um País Muito Dourado.

O Sancto Bosco Sonhou
Um Sonho-Revelação
E o Sancto Pai Rubricou
O Sonho do Sancto João.

E o Juscelino ReNovou
O DesMedido Sonhão,
E ao Gran Sancto Dedicou
A Capital da Gran Nação.

A Lua Cheia Reinava
No Anno 56
E o Pobrim Já Venerava
O Sonhador de Novas Leis.

A Lua do Sonhador
Da Gran Tribuna-Holofote...
Do Dicto Gran Construtor
De Brasília-Camelote...

E a Presidência Passou
Para as Mãos do Superfino,
O Que’Amplas Metas Sonhou
O Gran Jaião Juscelino.

E a História Agora Começa
Em 31 de Janeiro,
Com Governança Tripeça:
Além do Vice, o Escudeiro.

Um 31 de Janeiro,
Por Certo!, Abençoado!
Reservado ao Padroeiro
Do Sonho Mui Bem Sonhado.

Dia da Sancta Morte
De Dom Bosco, o Pré-Vidente,
O Que Doou Boa Sorte
Ao Jota Ka Presidente.

No Anno 56,
Em 31 de Janeiro,
Iniciou-se o “Já Podeis”
De Um Brasil Bell-Altaneiro.

Assumiu a Presidência
Um Gran Mineiro Afamado,
Com a Ajuda da “Eminência”
E do Goulart Mui Amado,

E A Narradora Pedalando
Em Narrar Continuado,
A História, Repensando
P’ra Não Perder o Amarrado...

No Anno Cinquenta e Cinco,
O do Mercúrio Esquentadão
(O Que Tinha a Chave e o Trinco
de Um Portal-Transformação),

Em Um Quatro de Abril
Do Tal Anno Assinalado,
Em Comício Mui Febril
Do Coligar Ajustado,

Juscelino Bell Falava,
Prometendo Muit’Acção,
Com Muito’Empenho Buscava
O Apoio do Gran Povão.

Do Povo de Jataí,
Cidade da Convenção,
Um Lugar Longe D’Aqui,
Em Goiás, Médio-Centrão.

Mercúrio Já Começava
A Mexer no Gran Chavão...
E a Platéia Delirava
Com o Discurso do Jaião...

Um Parolar Grandioso
Com Promessa-Mutação:
Fazer do Brasil Idoso
Uma Novinha Nação.

Se Eleito Governante,
O Progresso Chegaria
Àquelle Lugar Distante,
Perdido na Periferia.

Em Meio às Horas Solares,
Às Vésperas, Um Assuntou,
Era o Toniquinho Soares
Que ao Gran Líder Perguntou

Sobre o Projecto Sagaz
Da Demanda’Imperial:
A Construção em Goiás
Da Sonhada Capital.

E o Jaião Pegou no Ar
A Demanda Imperial,
E, Sem Um Pestanejar!,
Prometeu a Capital.

No Dia Quinze Seguinte,
Já Com o Projecto Legal,
Demarcou-se, Com Requinte!,
O Local do Gran Sinal.

Ali Já Se Confirmava
O Êxito da Eleição,
A Coligação Já Mandava
P’ros Quintos, a Oposição.

E o Pobrinho Miudinho,
Em Minas da Tradição,
A Ouvir no Neo-Radinho
As Notícias do Acordão.

E a Que Narra, ’Inda Menina,
De Bicicleta, a Andar,
U’a Menina Traquina
Que Só Sabia Sonhar.

Mas, Hoje, Uma Boa Filha!
Apresentando a Grande Glória
Da Construção de Brasília
(O Outro Lado da História),

Relatada Por Quem Viveu
O Momento-Transição,
Mas Que Nunca Conheceu
A Valorização do Povão.

Mas a História do Prodígio
Do Precursor Genial,
Levando o Voto-Lictígio
Para o Planalto Central,

Do Que Driblou o Incréu
Com Promessa Sem-Igual,
Prometendo Um Novo Céu
Para o Pobrim-Espectral,

Pois o Dicto do Estrondado
Da Estrutura da Nação,
Será, Por Certo!, Apresentado
Na Próxima Capitulação.