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sexta-feira, 7 de maio de 2010

16.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM EXTRA-TERRESTRE TRABALHADOR

NEUZA MACHADO



16.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM EXTRA-TERRESTRE TRABALHADOR

NEUZA MACHADO


Mas, voltando ao relato sensato,
o Bhima sempre fora muito caprichoso
com a sua Vimana de Sonhos.
“E é tão gratificante viver
em uma Vimana Maravilhosa Limpinha!”,
pensava exclamativamente
o nosso Extra-Terrestre.
Por tudo isto,
antes de se recolher pensativamente,
arrumou com muito cuidado
a sua Vimana-Residência,
retirou toda a poeira da viagem,
sacudiu as cortinas das janelinhas,
trocou o lençol de sua caminha
azulada
flutuante,
lavou o banheiro,
limpou o vaso sanitário,
lavou as Varandas-Mirantes,
limpou a Micro-Cozinha,
colocou na geladeira
os legumes e frutas
comprados na Cidade
do Divino Espírito Santo,
organizou os cereais na despensa,
os cereais comprados também
em um grande SuperMercado
da mesma Cidade,
olhou com muita atenção as sacolas,
para ver se havia comprado
todos os alimentos e frutas
de sua preferência,
para que,
com esse cuidado todo,
não precisasse sair de seu refúgio,
naquela Altíssima Montanha.
E, antes de recolher-se,
apressou-se em cozinhar
uma bela quantidade
de feijão-amendoim,
o seu preferido,
com bastante toucinho de fumeiro
e linguiça-de-porco;
cozinhou também
uma boa quantidade de arroz japonês,
temperado com sal e alho fritado;
cozinhou chuchu com jiló
(uma delícia!);
preparou as verduras verdinhas
e tomates vermelhinhos;
caprichou em preparar
uma imensa jarra de laranjada dourada,
colocando-a na geladeira para gelar;
e atarefou-se com outros
cozimentos suculentos,
porque, em verdade,
planejava ficar
de papo-pro-ar
durante uma semana,
sem mais nem menos,
recolhido,
sem trabalhar quomodo Vigilante,
saboreando a farta refeição
que estava a fazer,
a qual foi distribuída
em potinhos plásticos,
logo após o término
dos cozimentos,
e, depois,
colocada no freezer Compact90,
e que daria para ele se alimentar
por uma semana,
quomodo o previsto,
sem que fosse preciso preocupar-se
com cozimentos diários.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

16.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O HÁBITO DO CONSUMISMO

NEUZA MACHADO



16.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O HÁBITO DO CONSUMISMO

NEUZA MACHADO


Em verdade,
três vezes!!! verdadeira!,
o Bhima,
naqueles últimos Annos
do Segundo Milênio,
adquirira o hábito
do consumismo,
aquele péssimo hábito
de angustiosa demência,
instigado pelos
Grandes Capitalistas,
o que levava
a maior parte
da Massa Humana
à falência.

As Máquinas de Propaganda
anunciavam
os mais disparatados produtos,
as mais disparatadas invenções,
louvando e enaltecendo
as qualidades dos ditos produtos,
e, com isto, induziam a massa
(os despreparados viventes)
ao consumo desenfreado.
Era um tal de comprar e comprar
e nunca parar de comprar!
As propagandas instigavam
cada ser humano
a se encarregar de encher sua casa
com objetos sem utilidade,
os quais só serviam
para entupi-la de cacarecos,
e, em consequência,
obrigando o comprador
a gastar o suado Talentinho
com compras desnecessárias.

E o Bhima já estava indo
pelo mesmo caminho!,
ele gostava de comprar
quomodo fosse também um Mortal.
A única diferença era que,
quando percebia que a sua Vimana
já estava a se tornar
um saco de objetos sem uso,
colocava tudo em um lugar acessível,
certo de que os humanos
sete vezes mais pobres
iriam, com certeza!,
aproveitar os tais objetos.

Fora isto mesmo que ele fizera,
quando daquela Invasão
dos Cupins Gigantes
nas terras do Marciano Guerreiro,
tá lembrado?
O Bhima,
depois da tragédia
ocorrida com o Marciano
e seus auxiliares,
se encarregara de os prover,
com roupas e alimentos,
até que se recuperassem
da devastação
e a Fazenda do Marciano
tornasse a florir.

Assim foi em outras Eras
(e ainda é!) o nosso Bhima!!!
Um bom Extra-Terrestre!!!
Um Solitário no Mundo Rotundo!!!
Até hoje

os Humanos Incrédulos
ainda não o visualizaram,
mas ele se sente muito feliz,
feliz mesmo!!!,
por morar na Terra dos Homens
quomodo Sentinela
do Espaço Sideral Infinitesimal
a serviço do Supremo Senhor
de Poder Sem-Igual.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

16.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM MUITO NECESSÁRIO DESCANSO

NEUZA MACHADO



16.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM MUITO NECESSÁRIO DESCANSO

NEUZA MACHADO


Ah!, é bom que lhe diga
que o Bhima
sempre fora
muito caprichoso
com o seu corpinho
de Extra-Terrestre
Bonitinho
Charmoso,
e com a sua
Casinha Voadora
Tão Acolhedora.
Este capricho,
à moda dos Humanos,
fora adquirido
desde o tempo
em que ele
se materializara na Terra,
por uns tempos,
nascendo quomodo filho
da Rainha Kunti Querida,
na Índia Antiga Florida.

Na infância, ele aprendera
com seu pai adotivo,
o Rei Pandu,
que a limpeza de uma moradia
somada à limpeza do corpo
é o primeiro sinal
que valoriza um Homem
diante de outros Homens.

O Solitariozinho
já não era mais visto
pelos Humanos,
mas conservara o hábito
de sempre limpar
a sua Vimana-Casa Voadora,
assim quomodo tomava
seu banho refrescante,
diariamente,
usando os mais
perfumados sabonetes
conhecidos
pelos Habitantes da Terra
do Ocidente e Oriente.
Ele era um Extra-Terrestre,
é verdade!,
mas possuía um segredinho,
só do conhecimento dele,
para comprar
nas Grandes Lojas
das Cidades Terráqueas
os objetos de consumo
próprios da Humanidade,
sem que fosse reconhecido
quomodo
um ser de outro Planeta.

terça-feira, 4 de maio de 2010

16.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM MUITO NECESSÁRIO DESCANSO

NEUZA MACHADO



16.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM MUITO NECESSÁRIO DESCANSO

NEUZA MACHADO


Mas, eis que, naquele dia,
o Bhima resolveu afastar-se
das visões das Contendas,
e recolheu-se, por uns dias,
em sua Concha de Luz.

Quomodo sempre,
o lugar escolhido,
para o necessário repouso,
foi aquele tal Alto de Serra
das Minas Gerais.

No pico mais alto de uma
montanha arborizada,
Bhima estacionou
a sua Vimana Bacana
Esplendorosa Brilhante Voadora,
de uma forma que poderia avistar
uma boa parte da região,
sem ter de sair de sua comodidade.

Ali, entre as maiores
maravilhas das maravilhas,
o silêncio imperava.
As flores se multiplicavam
alegres e coloridas.
Os passarinhos
faziam seus ninhos
nas frondosas árvores.
As ditas árvores balouçavam
suas frondosas copas.
E tudo era muito verde
e grandioso
ao redor da Vimana.

Extasiado com tanta beleza,
primeiramente,
ele se ocupou em arrumar,
com muito esmero e dedicação,
o interior de sua Casa Voadora
de Beleza Sem-Par.
Limpou-a com muito cuidado,
atento a cada cantinho,
retirando toda a sujeira,
lavando os ladrilhos
com a pura água borbulhante
das fontes
do Divino Espírito Santo
de Bellíssimos Horizontes.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

16.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM MUITO NECESSÁRIO DESCANSO

NEUZA MACHADO



16.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: UM MUITO NECESSÁRIO DESCANSO

NEUZA MACHADO


E eis que, naquele dia,
o Bhima resolveu afastar-se,
por uns dias,
de sua função
de Vigilante Intergalático
do Supremo Senhor,
para desfrutar
de um muito necessário descanso.

Em nome da pura
e mais chocante verdade!,
o fato era que o Mundo
dos Homens
estava a pegar fogo,
guerras e mais guerras
por todos os lados,
violentíssimas disputas
ocorrendo entre Irmãos
na Terra e no Céu,
muitos tristes episódios
acontecendo
em cada cantinho
do mundo de Deus,
e todos esses fatos
necessitando
de um escritor intergalático,
para levá-los ao conhecimento
do Supremo Senhor.

O fato era que o Sentinela
Escrivinhador do Espaço Sideral
já estava cansado de assistir
a tanta violência,
ou do alto de sua Vimana
Maravilhosa Bacana,
por meio de seu Binóculo Mágico,
ou pelas telas do aparelho televisão,
invenção dos Humanos,
e, mais ainda,
pelo fato de ter de olhar
os bélicos acontecimentos
sempre de longe,
sem nunca poder
socorrer os feridos,
uma vez que a sua função
era apenas a de observador
e anotador,
nada mais do que isto.

No entanto,
mesmo reconhecendo
a sua pouca contribuição
para a Paz entre os Homens,
pelo menos ficava a saber
das guerrinhas do Mundo Rotundo
dos Homens Sem-Rumo.

domingo, 2 de maio de 2010

15.12 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: DESCANSANDO DA VIAGEM

NEUZA MACHADO



15.12 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: DESCANSANDO DA VIAGEM

NEUZA MACHADO


Aí, então, Três Vezes! então!,
enquanto a Veneranda Diana
Discípula da Sábia
do Alto da Conceição
procurava o táxi da preferência,
para chegar sem tardança
à sua segunda residência,
o Bhima acionou
o controle remoto,
controlador
de sua Vimana Bacana,
quando esta
se movimentava sozinha,
alojou-se novamente
em seu interior,
acionou novamente
os botões de comando,
e foi depressa estacioná-la
em uma azulada
e friorenta nuvem protetora
praládiamada.

Depois, de estacionar
o seu Maravilhoso Carro Voador
nas imediações
de uma Serra Esverdeada,
arejou o seu Quartinho Bonitinho,
depois fechou as Janelinhas
da Maravilhosa Engenhoquinha
e foi descansar da
Loooooonga Viagem
de seis horas ininterruptas
(apenas quinze minutos de lanche
umas horas atrás,
e as poucas e rápidas paradas
para as descidas dos passageiros).

O Solitariozinho
aconchegou-se nas cobertas macias,
se agasalhou muito bem,
porque fazia um frrrrrriiiiiio
tremendo
de enregelar os pinguins
do Pólo Sul também,
e foi dormir muito contente.
No dia seguinte,
ele bem o sabia!,
outras Aventuras Futuras apareceriam
em seu caminho repleto
de mágicos momentos,
quando quebrasse mais uma esquina
nas rotas aéreas ou terrestres
enroladas
entrópicas
dos Céus do Grandioso
Brasil Varonil.

sábado, 1 de maio de 2010

15.11 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: RECORDAÇÕES DO PASSADO DENTRO DO ÔNIBUS ALADO

NEUZA MACHADO



15.11 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: RECORDAÇÕES DO PASSADO DENTRO DO ÔNIBUS ALADO

NEUZA MACHADO


Daí a Futuros Momentos,
Incríveis!!!,
enquanto esperava
que o Motorista Ariston
terminasse o seu almoço,
a Veneranda Discípula
da Sábia Väjira Diamante
dos Curtos e Anelados
Cabelos Brancos
Brilhantes Esvoaçantes
começou a conversar
com uma Senhora,
que também estava viajando
no Tal Ônibus.

Ambas resolveram pedir
aos Agentes da Mileum
que mandassem limpar
o Toalete do Ônibus Alado,
que estava empestado.
Eles atenderam prontamente
o pedido das duas.
E o Tal Toalete Solerte
ficou limpo novamente.

Naquele entretanto,
acomodaram-se todos no Ônibus,
para recomeçar a Viagem.
E então as duas reataram a conversa,
iniciada durante a parada do Ônibus.
E as duas Senhoras perceberam
(o Bhima acompanhava tudo atentamente)
que possuíam Trechos
de Histórias de Vida em comum.
A Veneranda nascera na Cidade
em que a outra morava
já há um bom par de Annos,
e, assim,
descobrira que a Francisca
(este era o nome da outra Senhora)
era natural da Cidade
do Rio de Janeiro,
mas se casara com um médico
conterrâneo da Dita Veneranda,
e para lá se mudara
depois de casada.

A Francisca era Nora de um Senhor
muito conhecido na Cidade Natal
da Veneranda Parlante.
O Mais Interessante
desta História Implexante
era que o Irmão da Veneranda,
quando Adolescente,
fora empregado da Farmácia
do dito Senhor
Sogro da Francisca.
As duas passearam pelo
Passado Encantado,
enquanto o Ônibus corria
em direção ao Futuro Sonhado.

O Bhima já estava quase cochilando
quando finalmente ele
e a Veneranda Discípula
da Sábia Sabida Väjira Diamante
dos Curtos e Anelados e Brancos
Cabelos Brilhantes
chegaram à Cidade
do Divino Espírito Santo
das Minas Gerais.

Quando o Extra-Terrestre
abriu seus Grandes Olhões,
e se preparou para descer saltitante,
avistou as duas
se despedindo alegremente
dentro do Ônibus Itinerante.
Antes de saírem do Ônibus
(ele e a Veneranda),
o Atilado Extra-Terrestre
ainda ouviu a Francisca dizendo:
“Este Pedaço da Viagem,
de Leopoldina City até aqui,
conversando com você,
foi mesmo uma
Agradável Aventura!”
O Solitariozinho Intergalático
não tinha muita certeza
se foram estas exatamente
as palavras da Francisca,
mas o sentido das mesmas
era mais ou menos assim.