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segunda-feira, 8 de março de 2010

4.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CHAMAS CONSUMINDO O MUNDO

NEUZA MACHADO



4.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CHAMAS CONSUMINDO O MUNDO

NEUZA MACHADO


Algumas Semanas e Semanas Depois,
de acordo com os diferenciados
incomuns recontos fabulosos
da Sábia Väjira Diamante
Três Vezes Redundantemente
Adamantina Diamantina,
naquele tenebroso tenebricoso dia memorável,
o Bhima acionou o botão da Tela Mágica do Presente
e angustiou-se quando viu uma parte não muito longínqua
da Terra dos Homens Sem-Rumo em chamas
(labaredas terríveis).
Há muuuito tempo, o Extra-Terrestre
estacionara a sua Vimana Voadora
naquele País Tropical do Terceiro Mundo Global,
o qual até àquela data inesquecível fora mui pobretão,
e se preocupara unicamente em interceder,
diariamente, ao Supremo,
pedindo-lhe, repleto de dor no coração,
muita proteção para aquele povo de sua predileção.

Em verdade, três vezes!!! verdadeira!, as chamas,
que estavam consumindo o Mundo ao redor,
assustaram por demais da conta o Bondoso Extra-Terrestre.
Assim, preocupado com o extermínio
da Humanidade Sem-Rumo
e, principalmente, preocupado com o extermínio
de seu povo atual muito amado,
pediu ao Senhor Supremo mais algumas explicações
sobre aquele terrível fogaréu
que acontecia na terra e no céu.
Há séculos e séculos ambos não se comunicavam,
devido ao avanço científico e tecnológico da humanidade,
mas, naquele momento,
chegara a hora de um sério diálogo entre os dois.
Destramente acionou o outro botão da Tela Mágica,
aquele que lhe propiciava
a comunicação com o Senhor Supremo,
e ouviu dele a seguinte explicação:

“– Oh! Bhima! Oh! Poderoso Guerreiro
da Antiga Contenda!,
desde aquele imemorável dia em que criei a Terra,
e tudo o que nela contém,
ofereci-lhe o direito de acompanhar a evolução do Homem,
uma vez que você já era um destacado
e leal servidor de minha Grande Milícia Intergalática.
Antes da criação do Homem,
você e seus congêneres
foram também criados por mim,
e eu os espalhei pela imensidão estelar,
e ofereci-lhes prêmios e prêmios sem-conta.
A você, Bhima!, depois de sua única materialização
quomodo semi-humano,
concedi o privilégio de presenciar
as várias etapas físico-sociais do Globo Terrestre,
além de conceder-lhe o direito
de estacionar a sua Vimana Voadora Maravilhosa
onde bem lhe aprouvesse.
Mas, atenção!, Bhima!,
depois daquela Grande Guerra
do longínquo passado,
não concedi-lhe o direito
de se preocupar com os humanos,
e grande é a minha vontade de castigar-lhe
por sua desobediência.
Nesses milhares e milhares de annos
habitando entre os terráqueos,
você acatou as minhas ordens,
mas, desde que esta Terra Brasil Varonil
de Maravilhas Mil
do Trópico de Capricórnio
começou a ser povoada pelos europeus,
você afeiçoou-se por demais a ela,
mais do que lhe fora permitido por mim.
Fingi não ver o seu interesse,
e posso dizer-lhe que o compreendo.
Tenho cá os meus motivos supremos
para entender o seu amor
por esse povo tropical que,
apesar dos pesares,
apesar dos inúmeros sofrimento
e muitos tropeções,
está sempre de bom humor
e de bem com a vida.
E, por esta razão, vou explicar-lhe,
Óh! Sentimental Sentinela!,
o que está a acontecer, agora,
nas outras partes do Mundo.

Quando criei a Terra, Bhima!,
coloquei-a girando em torno do Sol,
girando girando girando no Espaço Sideral.
O giro da Terra marcaria o decorrer do tempo,
de acordo com o entendimento dos humanos.
Por isto, de acordo também com a evolução temporal
entendida pelos humanos,
muitas civilizações alcançaram poder e fama,
mas foram obrigadas a passar o cetro adiante.
Você mesmo presenciou todos os acontecimentos
e mudanças do Mundo dito humano,
através da Tela Mágica que ofertei-lhe.
Então, é isto, meu caro Bhima!,
este fogaréu belicoso que tanto o assusta,
tão diferente de outros fogaréus do passado,
assinala mais uma mudança nas Idades da Terra.
As poderosas civilizações,
quando chegam ao seu auge de domínio,
acrescido de terror, de desmando,
de falta de caridade para com os povos menos afortunados,
terão de ser forçosamente rebaixadas.
Para que isto ocorresse de tempos em tempos,
com justiça de minha parte,
criei a Guerra.
Só por meio de uma Guerra,
na qual os poderosos se colocam como os maiorais,
poderei retirar-lhes o poder senhorial,
humilhando-os terrivelmente diante de outros povos.
Como você já notou,
tenho cá também as minhas Supremas Limitações.

Assim, Bhima!, esta civilização nortenha,
que por ora se acha no direito
de dominar o Mundo dos Humanos,
vai ter de amargar a humilhação da derrota
em um dia qualquer do Futuro.
Talvez, não seja ainda desta vez,
mas a queda ocorrerá, certamente!
Enquanto a queda não acontece,
muitos inocentes encontrarão a morte!
Mas o que você quer, meu caro Bhima?,
a morte sempre existirá.
Eu sei que você está olhando
em sua Tela Mágica Maravilhosa do Futuro,
e, de certa forma,
duvidando de minhas supremas palavras.
Até mesmo você, Bhima!
Eu sei que você pensa que o povo agredido
não vencerá a Contenda,
não é mesmo?
Talvez, não!
Mas, muitos são os meios de se vencer um oponente.
Por ora, reveja em sua Tela Mágica do Passado
o que aconteceu,
há muitos e muitos annos atrás,
com um frágil governante de um povo,
chamado David,
ao defrontar-se com aquele temido Gigante Golias.
Você estava lá, recorda-se?,
apreciando a luta do alto de sua Vimana Voadora.
E, se bem me lembro,
estava torcendo fanaticamente,
quomodo sempre,
pela vitória do mais fraco.
Por último, peço-lhe que não fique aí tranqüilo,
estacionado comodamente
neste Aprazível País Tropical de sua predileção.
Vá, de vez em quando, apreciar a Grande Guerra
que se desenrola do outro lado do Mundo.
Os Terríveis Fogos de lá não alcançarão
a sua Nave Estelar Diferente,
prometo-lhe!,
e não alcançarão a sua Sofrida Gente.”

domingo, 7 de março de 2010

3.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO



3.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO


Naquele dia, a Tela Mágica do Futuro
ficou bem resguardada em sua Vimana Voadora,
a sua Nave Estelar Maravilhosa.
O Solitariozinho não quis olhar a Sorte Vindoura
daquele Povo por ele muito amado,
uma vez que o Senhor Supremo,
a poderosa divindade dos hindus antigos;
o God dos ingleses e americanos do norte;
o Dieu dos franceses;
o Dio dos italianos;
o Diós dos espanhóis;
o Deus dos portugueses e brasileiros
e alguns povos da África;
o Tupã dos homens vermelhos
da Grande Floresta Tropical;
o Oxalá da religião africana;
ou seja lá o nome que os humanos ofertam
ao Senhor Supremo Criador de Todas as Coisas;
repetindo,
uma vez que o Senhor Supremo
impusera-lhe a Lei do Silêncio
quanto à Sucessão Temporal.
Então, graças a essa Lei,
os humanos só poderiam viver o presente,
relembrar apenas alguns fatos marcantes do passado,
esquecendo-se dos pormenores vividos,
e não poderiam, de jeito nenhum!,
conhecer o Dia do Amanhã.
No máximo, poderiam alcançar
o dom de uma incerta premonição
com ar de probabilidade.
Assim, quanto ao Porvir Luminoso,
este seria sempre uma incógnita para os terráqueos.

Por tudo isto,
o Bhima também chorou de alegria,
feliz em observar o clamor espectacular
do Povo daquele País Tropical
ante o Novo Governante,
um Homem Forte,
de Superior Inteligência Racional e Emocional,
capacitado para dirigir com mão-de-ferro
e Coração de Mel
a Nação Brasileira,
a qual estivera, até aquele momento,
se encaminhando para o desastre total.

E, surgiu aquele Homem,
nascido entre roupinhas modestas
e Muito Amor de Mãe Pernambucana,
prometendo ao Povo,
se fosse Eleito Governante,
um Rumo Diferente Para a Nação,
um Rumo Diferente para a História Nacional
inserida na História Geral da Humanidade.
O Bhima apreciou,
por meio de sua Luneta Mágica,
o Clamor do Povo abençoando
aquele Homem Sorridente e Amoroso,
firme em suas convicções,
um Governante que fora,
pela primeira vez na História da Nação,
escolhido realmente pelo povo,
sem nenhuma maracotaia eleitoral.
Homem do Povo que o Povo escolheu,
ao depositar, com fervor,
nas inúmeras Urnas Eleitorais
espalhadas pelo País,
seu voto de confiança naquela Nova gestão.

Posteriormente,
já no Interior de Sua Vimana Iluminada
(diante da Tela Mágica
dos Grandes Acontecimentos,
Naquele Preciso Momento, Naquele Anno de 2003,
uma Tela Mágica Sonoramente Ligada,
e confortavelmente sentado
em sua Poltrona Platônica Dourada),
o Extra-Terrestre continuou chorando.
Se o choro continuou continua
ou continuará sendo de Puríssima Alegria,
só o Puro Futuro Sem-Muro dirá.

sábado, 6 de março de 2010

3.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO



3.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO


Quando a Suprema Divindade o enviara à Terra,
há Milhões e Milhões de Annos-Luz atrás,
Bhima recebera também a Tela Mágica
do Passado, Presente e Futuro,
na qual lhe fora permitido ver,
de antemão,
as várias transformações históricas
pelas quais o Planeta Terra passaria.
Em um átimo de tempo do pretérito,
em um momento inesquecível,
ele pode apreciar,
na tal Tela Polidimensional,
todos os acontecimentos que marcaram,
marcavam e marcariam a humanidade,
desde que ela saíra da Idade Paleolítica
para a Idade Neolítica,
alcançando, posteriormente,
O Direito de Lutar Pelo Direito De Viver.
Inclusive, o Extra-Terrestre já visualizara
no passado,
naquela mesmíssima Tela Mágica,
aquele acontecimento inusitado
que se desenrolara,
naquele preciso momento,
diante de seus grandes e amendoados
e brilhantes olhos.
Só que, naquele Dia de Festa,
ele pode sentir,
no mais profundo de seu peito,
a emoção sem-igual
que tomava conta
dos corações de todos os presentes.
E esse sentimento quase humano,
o Bhima só alcançava quando
se valia da Maravilhosa Luneta Mágica,
preciosíssima,
que lhe ofertara o Supremo Senhor.
“Ah! Como o Supremo era justo!”,
pensou, repleto de satisfação.
Fizera o homem à sua imagem e semelhança,
mas lhe ofertara as labutas diárias,
a necessidade constante
de sobviver, viver, ou sobreviver,
para que, com isto,
ocupasse o tempo
e esquecesse a morte certeira.
Sim!, o Magnificente era muito justo!
O ser humano, assim pensava o Bhima,
não fora criado pelo Senhor Supremo
para viver eternamente em sua individualidade.
O ser humano recebera Dele
o direito de ser eterno em sua Totalidade,
enquanto a Terra Azulinda existisse
e fosse compreendida pelos mesmos.
Por esta razão, naqueles milhões
e milhões de anos-luz,
em que estivera observando a Terra
do alto de sua Nave Estelar Poderosíssima,
pode se encantar com Aquele Altíssimo Poder
em seus atos de construção,
destruição e reconstrução de Eras;
construção e destruição de Civilizações;
construção e destruição de Cidades Jactanciosas;
construção e destruição de Governos,
de Ditadores,
de Povos replenos de empáfia,
de subjugadores dos menos favorecidos socialmente.
Do Alto de Sua Poderosíssima Nave Estelar,
observara tudo,
no Perpassar Daqueles Milhões de Annos-Luz,
mas, infelizmente,
não recebera do Supremo o direito
de intervir nas questões humanas.
É bem verdade que,
muitas vezes,
chorara copiosamente,
à moda dos humanos sensíveis,
ao ver Povos Indefesos sendo pisoteados
por outros mais bem equipados.
Quantas Guerras Horrorosas Tenebrosas assistira,
nesses Milhões e Milhões de Annos-Luz,
por intermédio de seu Observatório Sem-Igual.
Quantas lágrimas de Extra-Terrestre foram derramadas,
em homenagem
aos muuuiiitos desafortunados humanos
que lhe eram caros.
E esses humanos nunca ouviram falar de Bhima,
jamais souberam o quanto eram amados
(o quanto o Solitário se ocupava com suas vidinhas).

Naquele dia, o Bhima chorou muito!,
mas era um choro de pura alegria.
Aprendera a amar aquele Povo Sofredor
e ao mesmo tempo feliz,
o qual, naquele Momento Histórico,
aclamava o Novo Governante,
O Abençoado e Ungido,
com lenços vermelhos e bandeiras coloridas,
depositando em seu ombro esquerdo
o Luminoso Saco do Papai Noel
repleto de verdes esperanças em um futuro radioso
somadas a brancos estímulos de paz
e vermelhas motivações de vida saudável.
Sim!, para aquele Povo Sofredor e,
ao mesmo tempo, alegre e barulhento,
o vermelho não era sinônimo de guerra e sangue,
de jeito nenhum!
Para aquele Povo,
Secularmente Subjugado
e desmerecido por outros povos
aparentemente superiores,
naquele momento,
o vermelho significava
o Precioso e Valeroso Sangue
que Pulsava Em Suas Veias,
o qual deveria ser naturalmente saudável,
por meio de uma saudável alimentação,
uma saudável forma de existir no mundo,
e que, infelizmente,
até aquele momento,
lhe fora negado por outros anteriores
acomodados governantes.
Em verdade,
naquele País Terceiromundista,
até àquele momento,
só uns pouquíssimos privilegiados
possuíam suas despensas fartas,
suas mesas com saborosas iguarias,
boas roupas
e calçados de primeiríssima qualidade,
e muito dinheiro nos inúmeros bolsos e Bancos.
A educação, até àquela data,
infelizmente, era precária,
tanto para os muito ricos
quanto para os muito pobres.
Quanto aos Sessenta Milhões de Miseráveis,
Sessenta Milhões de Brasileiros Passando Fome,
Até Àquela Data,
(Pesquisem!)
esses, Coitados!,
Até Àquela Ocasião,
não possuíam o direito de receber
nem mesmo a tal precária educação!
Emocionou-se mais ainda
quando viu o Longamente Esperado
(Há Treze Annos o Povo o Esperava)
levar a Mão Esquerda até ao Ombro Direito,
numa clara expressão de dor.
Somente ele pode ver,
com seus grandes e amendoados
e luminosos olhos de Extra-Terrestre,
O Volumoso Fardo que,
A Partir Daquele Momento,
Amoldara-se Pesadamente Ao Ombro Direito
do Novo Governante,
Aquele que fora há Vários Séculos Atrás
Anunciado Pelo Mago Nostradamus,
obrigando-o a externar
a dor física que estava sentindo.
O Bhima chorou lágrimas ardentes,
muito mais e dolorosamente,
porque tinha consciência de que
levaria ainda Algumas Luas-Luz,
com certeza!,
antes que o Realmente Aclamado
pudesse Realizar as Esperanças
de Seu Povo Amigo e Cordial.
Chorou lágrimas sentidas
porque não lhe era dado, pelo Supremo,
o direito de revelar ao Povo
que ele tanto amava
se Aquele Novo Chefe da Nação,
Predito por Nostradamus do Século XVI
em suas Centúrias no início do Cinquecento,
iria sair-se Vitorioso em sua Empreitada
de Combate Contra a Fome
que, há muuuiiito!!!, Grassava no País.

sexta-feira, 5 de março de 2010

3.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO



3.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO


Sobre As Aventuras de Bhima,
o Extra-Terrestre Bonzinho,
dissipando e destruindo a minha ignorância
sobre o assunto,
assim contou-me a Sábia Väjira Diamante
de Múltipla Personalidade
e dos Curtos e Anelados e Revoltos
e Brancos Cabelos Abundantes Brilhantes
(também conhecida
pelo nome de Väjra Adamantina
Forte e Resistente),
Habitante Lendária do Maravilhoso
e Suntuoso
e Incomparável Olimpo Verde Fermoso
do Divino Espírito Santo Majestoso,
local de belezas mil,
vizinho do Olimpo Espectaculoso
de Santa Luzia de Carangola,
Situado Em Um Alto De Serra Of Hinterland
De Minas Gerais,
próximo à Floresta Para Sempre Encantada
da Zona da Mata Mineira
do Brasil Varonil,
uma localidade altaneira:

Naquele dia, o coro da Guarda Celestial

Sem-Igual
Cantou Glórias ao Senhor Supremo,
aquele que tudo vê
e sabe das coisas e acontecimentos
que estão ainda por vir.
Naquele dia,
a Comunidade Inferior Brasileira Estremeceu
de Pura Felicidade
com o Clamor dos Desamparados,
os quais estavam, finalmente,
recebendo a Recompensa Vital
por Tantos Annos de Espera Pela Terra Prometida.
Naquele dia, o Secularmente Anunciado
foi reconhecido por todos
e a Festa de Boas-Vindas
estendeu-se por quase uma semana.
Toneladas e toneladas de fogos-de-artifício
espocaram em milhões e

milhões de luzinhas coloridas
avisando a todos,
aqueles que ali estavam de corpos presentes
agitados e felizes,
que o Salvador do País,
preanunciado há Quinhentos Annos

pelo Mago Nostradamus,
agora, finalmente, estava à frente da Nação,
para elevá-la ao Panteón da Glória Universal,
e, ao mesmo tempo,
o Salvador do País,
estava ali também
para retirar da miséria extrema
os Sessenta Milhões de Miseráveis
(os Deserdados da Boa Sorte)
que, Desde Tempos Imemoriais,
Abarrotavam o País.

Invisível à multidão
que rodeava o Palácio Governamental,
um pensativo e feliz Extra-Terrestre
a tudo presenciava,
por meio de sua poderosa e estupenda
e incrível Luneta Mágica das Grandes Ocasiões.
O nome do Extra-Terrestre era Bhima,
e ele era o Guardião da Terra Azulinda,
pois fora retirado
(com honras e glórias)
da Grande Milícia Intergalática

de seu Supremo Senhor,
pelo próprio Senhor Supremo,
para solitariamente observar e anotar
todos os acontecimentos que envolviam,
naquela época,
os terráqueos,
e mesmo os acontecimentos futuros,
agradáveis ou não,
grandiosíssimos ou não.

Do alto de sua Vimana Voadora,
um Maravilhoso Veículo Estelar,
gentilmente ofertado
pelo Supremo Senhor do Universo Sem-Fim,
Bhima deu graças ao Mesmo
por ter tido o privilégio de assistir
a mais uma mudança nas Eras do Mundo.
Sim!, com certeza, aquele instante sublime,
que estava a ocorrer diante dos seus grandes
e luminosos e amendoados olhos,
era um Momento que assinalava
uma mudança de Era,
melhor dizendo,
da Era Moderna para a Era Pós-Moderna
(se posso, desde já,
nomear a tal Era quomodo Pós-Moderna).
Aquele País em festa
(acrescentando também
o seu Povo Sofredor e Generoso)
já estava ligado ao coração de Bhima
há muito annos,
antes mesmo de sua descoberta,
por um elo inquebrantável
que os levaria juntos
até ao finalzinho dos tempos
(mesmo que, no porvir,
o tal País fosse destituído de seus valores nacionais
por outro mais forte belicosamente).

quinta-feira, 4 de março de 2010

2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: INVOCAÇÃO

NEUZA MACHADO



2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: INVOCAÇÃO

NEUZA MACHADO


Neste Momento Extra-Vital,
Almejo o Auxílio da diva Mnemosis Genial,
Protectora da Memória e da Cultura Geral,
para ajudar-me a lembrar

dos Recontos Brilhantes
Da Sábia Väjira Pedra Diamante Preciosa,
quando narrou-me com Voz Sonorosa
As Aventuras Interessantes
Do Extra-Terrestre Bhima Viajante
,
Oriundo De Um Mundo Profundo
De Uma Insólita Galáxia Distante.

quarta-feira, 3 de março de 2010

1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: APRESENTAÇÃO

NEUZA MACHADO



1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: APRESENTAÇÃO

NEUZA MACHADO


A
ssim
começa a história do
Bhima Sentinela do Grã Espaço SideraL
escrita em um 2003 Sem-Igual
por narradora-implexora
do Neo-Brasil Maioral

******************

entrou per uma porta e
voou no descampado
depois voltou em ré-torta
com parolão resgatado
uma Vimana Limpinha
para este narrado
************
*********
*******
*****
***
*


Saiba Você, Meu Futuríssimo Leitor!
Em 05 de abril de 2003,
ao romper de uma extraordinária manhã multicolorida,
em uma Singular Cidade Divinal de Minas Gerais,
a Sábia Väjira Diamante
iniciou-me no Conhecimento
d’As Aventuras Espetaculares e Incomuns do Extra-Terrestre Bhima
(um antiquíssimo participante de uma narrativa extraordinária),
escrita primeiramente pelo Sábio Vyasa da Índia Antiga,
seu dileto Guru.
Recordando-me das palavras da própria Sábia Väjira,
digo-lhe que ela sempre tivera conhecimento
d’As Aventuras de Bhima Sentinela Intergalático na Terra dos Homens
e mantivera com ele contato permanente,
por intermédio de longos Serões Literários e de Leituras Sem-Fim.
O Extra-Terrestre
se tornou o amigo invisível querido e cultuado da referida Sábia,
e, naqueles Incríveis Annos Memoráveis Do Início Do Terceiro Milênio,
grandiosos e bélicos
(o Mundo estava a vivenciar uma Imensurável
e Globalizante Guerra Pós-Moderna),
passou a enviar-lhe diariamente notícias
de suas antigas e atuais andanças na Terra,
quomodo Guardião da Brigada Intergalática
de uma Magnificente divindade
chamada por ele de Supremo Senhor.

Neste momento do Anno de 2003,
neste Terceiro Milênio,
neste 05 de abril de 2003,
já que você permitiu-me a sua atenção,
e evidentemente com a devida aquiescência da Venerável Guru,
inicio agora o meu próprio relato sobre
As Aventuras Terrestres do Bondoso Bhima,
avisando-lhe primeiramente,
e aos prováveis poucos futuros leitores destas insólitas anotações,
talvez conhecedores também das tais espectaculares aventuras
do passado e do presente de Bhima,
que, se houver contradições várias
com os fatos históricos já conhecidos
(passado e presente se digladiando),
culpem somente a mim,
porquanto a Sábia
jamais contou a seus discípulos
Histórias que não fossem devidamente comprovadas
nos Annais Literários Dos Habitantes Da Terra.
Faço esta ressalva pelo fato de ser muito dispersiva
e, às vezes, deixo-me levar pelo fluxo
de meus próprios pensamentos (interativos).
Assim, se As Grandiosas Aventuras de Bhima
não agradarem a você e a esses poucos leitores,
atuais ou futuros,
os quais irão acusar-me de distorcer
os fatos reais ou mitológicos anteriormente registrados,
pedirei a eles e a você que fechem este pergaminho,
coloquem-no em uma Caixa de Metal bem vedada,
e o lance ao mar.
Quem sabe? daqui a Alguns Milhões de Annos,
alguém do Porvir encontrará a Caixa
e dará o devido valor às minhas recordações,
mimeticamente retiradas naturalmente das sábias pregações
de Väjira Diamante de Múltipla Personalidade
e dos Curtos Anelados e Brancos
e Brilhantes Cabelos Abundantes?
Por esta razão (quero deixar muitíssimo claro),
alguns fatos aqui relatados
não poderão ser catalogados quomodo inverossímeis.
Se houver controvérsias, deem o desconto!
O fato verdadeiro é que a minha natureza de ser humano
impele-me para o devaneio
e, assim, não consigo deixar de registrar o que ouço,
sem deixar de acrescentar, também,
as diferentes imagens desdobradas que me vêm à mente.

Depois das devidas explicações,
passo a narrar-lhe,
óh! Meu Leitor Importante
do Agora e do Amanhã Incessante!,
o que relatou-me a Sábia Väjira Diamante
de Múltipla Personalidade Actuante
e Curta e Esvoaçante
Cabeleira Ondulada Prateada Abundante.

terça-feira, 2 de março de 2010

AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE – 12

NEUZA MACHADO



AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE – 12

NEUZA MACHADO


O Que Acontecerá No Anno Incerto,
Eu Vou Agora Anunciar:
O 2008, Por Certo!,
Será Um Anno De Arrasar!
O Nosso Luís, In Deserto,
Muito Lhano, A Resgatar
A Aprovação Convincente
Do Apoio Popular.
A Direitada, Inclemente!,
Querendo Ao Luís Julgar,
A Instalar Veneno Quente
Em Quem Não Sabe Ajuizar,
Colocando O Dirigente
Numa Posição Insular,
A Impedir O Presidente
De Com Destreza Atuar,
Falando Mal Do Residente
Do Planalto Singular,
Com A Linguagem Imprevidente
De Quem Só Deseja O Venal
— Nos Dois Sentidos Com Correntes
Desta Palavra Plural —;
Pois, Então!, Óh! Boa Gente!
Do Meu Rincão Maioral!,
O 2008 Demente,
No Meu Brasil Sem-Igual,
Será Anno Impertinente,
Um Prenúncio Do Vei-Mal,
Que Virá Na Neo-Corrente
Do 2009 Letal,
E Sacudirá, Inclemente,
A Nossa Paz Ancestral.

E A Dianna Boa Mente
Voando P’r’o Vertical,
Querendo Chegar, Bem Contente!,
Ao Seu Rumo Inicial,
Visitar O Seu Parente,
O Amadeus Primacial,
Naquela Serra Influente
Da Concepção Sem-Igual,
Ou Conceição Transmanente,
A Que Fica Além-Normal,
Pois, Sua Altura Proeminente
Vigora No Ascensional
Do Pensamento Sem Lente,
Sem Princípio, Sem Final,
Serra De Gente Valente,
De Intrepidez Sem-Igual.

E O Pernambucano, Pra Frente!,
No 2008 Vital,
Vai Lutar Com O Imprevidente
Que Só Almeja O Seu Mal,
E Com A Imprensa Maldizente,
Partidária Do Azagal,
Que, Num Passado Recente,
Submisso A Estranho Dirigente
Do Nortenho Ocidental,
Quase Levou Nossa Gente
Para O Abismo Total.