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segunda-feira, 30 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - A TERRA DA PROMISSÃO QUOMODO TERRA-INVENÇÃO

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - A TERRA DA PROMISSÃO QUOMODO TERRA-INVENÇÃO

NEUZA MACHADO


Continuando a História-Mote
Contada Por Quem Viveu
Aquelle Tempo-Calote
Contra o Pobrim-Pigmeu,

Aquelle Que Foi Logrado
Na Demanda do Gran Lott,
Pensando Que o Laureado
Não Lhe Daria Pinote,

E Que o Voto Assinalado
Lh’Outorgaria Um Bom Dote.
– O Pobrim ’Tava’Enganado:
Ganhou Coice no Cangote! –

A História Aqui no Ar,
A Falar do Grande Trote,
Saiu do Vei-Repensar
De Quem Viveu o Calote,

Passando a Vida a Penar
Com o Dolor do Gran Pinote,
Pois o Tal Coice Sem-Par
Doeu Sempre Em Seu Cangote.

Agora, Sem Grande Glória!,
A Que Narra, Boa Filha!
Apresentará a História
Da Construção de Brasília,

Contada Per o Velhinho
Que Admirava o Getúlio,
Pois, Em Meio ao Torvelinho,
Percebeu o Grande Embrulho,

Mas, Não Tendo Outro Jeito,
No Laureado Votou,
Porque Tinha Gran Respeito
Pel’o Vice-Fiador:

Aquelle Vice-Afilhado
Do Amado Dictador,
Do Coligar-Laranjado:
PTB e Opositor.

(Não S’Esqueça, Meu Amado!,
Meu Leitor do Coração!,
Lograram o Eleitorado,
Naquella Sagrada Eleição,

Prometendo Um Neo-Reinado
De Assistência ao Pobretão,
Mas o Dicto Cujo Cuidado
Ficou Só Na Intenção.

Mas, Hoje, Aqui no Elevado
Gran Brasil-Revelação,
Graças ao Muito Amado,
O Nosso Luís-Irmão,

O Que em Demandar Suado
Venceu a Negra Inflação,
O Pobrim Foi Bem Cuidado,
Já Tem Agasalho e Pão

E Carrinho Estacionado
Em Frente ao Seu Bell-Portão
Do Alcácer Financiado
Com a Riqueza da Nação.

Hoje, o Espectrado
Do “Antigamente Sem Pão”,
Já Se Vê Conceituado
Quomodo Gran Cidadão,

Passou a Ser Respeitado
No Mundo da Convenção
Do Comércio Elitizado
Do Capitalismo-Felão,

E Em Patamar Bem-Menado,
Com Auto-Estima e Galardão,
Com Computador Bem Ligado
Na Internete do Povão,

Já Distingue a Embromalhada
Da Chamada Oposição,
Que Não Aceita a Guinada
Em Prol do Dicto Povão,

Estumando a PIGarada
Contra o Luís Grande Irmão,
Pra Atingir à Mui Honrada
Presidenta da Nação,

A Que Foi Muito Aclamada
Nesta Última Eleição,
Guerreira Conceituada
P’ra Comandar a Nação.

E Tem Jaião Elitizado
Que Já Governou o Povão,
Com o Mesmo Parolado
Daquelle Tempo Antigão,

Querendo Que o Desprezado
Em Annos de Tradição
Acredite que Vai Ser Cuidado
Pel’a Dicta Oposição,

Com o Falar Re-Arrumado
De Discurso-Enganação,
Dizendo-se Mui Preocupado
Com o Futuro do Povão.

Mas o Lance Orquestrado
Pelo Grupo-Burlação
Não É Em Prol do Espectrado
Da Terra da Promissão,

O Discurso Fantasiado
É Contra o Luís-Irmão,
Aqui, Homenageado
Quomodo Herói da Nação).

Ao Leitor da Gran-Demanda
Em Busca do Sancto Graal,
A Que Narra Esta Ciranda
De Turbilhão-Governal,

De Novo Pede Perdão
Pel’o Excurso do Narrar,
Pois a Demanda Em Acção,
Exige Um Continuar,

Contando a Vei-Burlação
Daquella Glória Lunar,
Burlando o Antigo Povão
Com o Sonho Espectacular

Da Terra da Promissão
No Gran Brasil Exemplar
– Em Tempos Que Longe Vão
P’ra Nunca Mais Aqui Voltar.

Quem Narra Pede Perdão,
Por Rapidamente Parar,
Na Próxima Capitulação,
Promete Continuar

A História do Gran Prodígio,
Prodígio Fenomenal,
Levando o Voto-Litígio
Para o Planalto Central.

Driblando o Gran Povaréu
Com Promessa Sem-Igual,
Prometendo Um Novo Céu
Para o Pobrim-Espectral.

Mas o Vei-Desmoronado
Da Estrutura da Nação,
Só Será Apresentado
Na Próxima Capitulação.

sábado, 28 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O SONHO DO SANCTO JOÃO E A TERRA DA PROMISSÃO

NEUZA MACHADO



A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL – O SONHO DO SANCTO JOÃO E A TERRA DA PROMISSÃO

NEUZA MACHADO


Era o Anno Oito Três
Do Dezanove Finado,
E a Profecia se Fez
Em Sonho Santificado,
Um Sonho d’Um Gran Profeta
De Um Mundo em Ascensão,
Um Profeta Neo-Asceta:
O Dom Bosco ou Sancto João.

E o Profeta Então Previu
A Terra da Promissão,
No Centro do Gran Brasil,
Com Muito Ouro e Carvão,
Minérios e Pedras Mil,
Petróleo em Profusão,
Uma Terra Sem Ardil,
Mui Propensa à Mansidão.

Um Sonho Com Muita Luz:
A Neo-Terra Prometida
Ao Gran Povo de Jesus
Que nos Baixios da Vida
Carregava Grande Cruz,
Enfrentando Fome e Frio,
Sem Casaco, Sem Capuz,
Em Seu Viver Mui Sombrio.

Na Sancta Folha Cristã,
O Sonho Foi Registrado,
Demarcando o Amanhã
De Um País Muito Dourado.
O Sancto Bosco Sonhou
Um Sonho-Revelação
E o Sancto Pai Rubricou
O Sonho do Sancto João.

O Sancto João Aportou
Na Grande Terra-Brasil
E Por Aqui Passeou
Dentro d’Um Sonho Sutil.
Veio de Roma Mui Bella
Até às Nossas Paragens,
Num Sonho de Aquarela
Com Mil e Uma Visagens.

O Sancto João Enxergou
Planícies e Gran Montanha...
São João Bosco Demarcou
A Veiga de Neo-Campanha...
Entre os Graus de 15 a 20,
Um Grande Espaço de Terra,
Um Lago de Gran Requinte:
Ali Brasília se Encerra.

E na Terra da Promissão,
Muito Leite e Muito Mel,
Gran Riqueza Em Profusão...
Louvores Subindo ao Céu...
E Nesse Imenso VaLote
Previsto no Vei Sonhado,
Surgiu a Neo-Camelote
De Um Povão Espectrado.

Mas Neste Neo-Querelão
(A Minha Demand’Alada),
Depois do Grande Sonhão
De Dom Bosco, da Esplanada,
O Sancto João que Sonhou
Com Brasília Abençoada,

Ao Leitor, Amigo Meu!,
Relato a História Contada,
Contada Por Quem Viveu
Toda Aquela Trapalhada
(A Dicta Morte do Getúlio,
O Da Lealdade Doada),
Contada Por Quem Sofreu
Em Meio ao Povim Sem-Nada.

Contada Per o Herdeiro
De Senhor Escravocrata,
No Acto, Já Sem Dinheiro
E Sem Necas de Vei-Bravata
(Aquelle do Neo-Povim
Do Dinheirinho Contado
O do Salariozim Melhorzim,
O do Radinho comprado).

Foi Aquelle, o Que Contou
A Se Valer da Memória
A “Demanda” Que Faltou
Nos Anais da Veira História:
Por que o Grande Influente
Juscelino da Esplanada
Conseguiu ser Presidente,
Convencendo a Povarada.

O Povo Amava o Getúlio,
Da Oposição Não Gostava,
Mas Em Eleição de Embrulho
O Partido Forte Ganhava.
E Com a Morte do Paizão
O Povão Ficou ao Léu,
Sem Saber a Direcção
Do Caminho Para o Céu.

O Juscelino Camarada
Também Foi Opositor,
Foi Contra à Lei Criada
Pelo Bom Vei-Dictador,
Lei que Ajudava o Pobrim
A Ter Salário Melhor,
Sem Vidinha Vei-Chinfrim,
Diminuindo o Suor.

Aqui Neste Demandar,
Relembrando Quem Suou,
A Que Narra, a Contar
O Que Seu Pai Lhe Contou:
A Veira História Com Glória
De Um Homem da Oposição
Mas Que Obteve a Vitória
Com os Votos do Gran Povão.

Era Eleição Comandada
Por Mandante Senhorzão,
O Pobre, da Vei-Jornada,
Pra Votar, Tinha Argolão,
Só Votava no Partido
Dos Donos da Situação,
O Pobrezim Sem-Vestido
Não Tinha Direito Não.

Entretanto, Pouco Mudou
Na Vida do Sofredor,
O Brasil se Transformou
Beneficiando o Senhor.
E o Pobrim Continuou
No Trabalho-Escravidão,
E o Mais-Pobrim se Finou
Sem Ter Sequer Um Tostão.

A Glória do Laureado
Ficou Marcada na História,
Não se Olha o Outro Lado
Da Gran Pobreza Sem-Glória.
É Preciso Um ReLembrado
De Quem Viveu a Tensão,
A Repor o Veiro Fado
Para Uma Nova Versão.

Mas o Gran Continuado
Do Presidente Eleito,
O Juscelino Endeusado,
Seguirá Com Gran Respeito.
E o Viver Espectrado
Dos Subnutridos de Então,
Por Certo Será Revelado
Na Próxima Capitulação.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO SONHO DE DOM LANCELOTE A CONSTRUÇÃO DE CAMELOTE

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO SONHO DE DOM LANCELOTE A CONSTRUÇÃO DE CAMELOTE

NEUZA MACHADO


E a Lua Cheia Reinando
No Anno 56
Do Sec’lo do Venerando
Sonhador de Novas Leis.

A Lua do Sonhador
Da Gran Tribuna-Holofote...
Do Futuro Construtor
De Brasília-Camelote...

E a Presidência Passando
Para as Mãos de um Superfino,
Com Amplas Metas Sonhando:
O Gran Jaião Juscelino.

E a História Agora Começa
Em 31 de Janeiro,
Com Governança Tripeça:
Além do Vice, o Escudeiro.

No Anno 56,
Em 31 de Janeiro,
Iniciou-se o “Já Podeis”
De Um Brasil Bell-Altaneiro.

Assumiu a Presidência
Um Gran Mineiro Afamado,
Com a Ajuda da “Eminência”
E do Goulart Mui Amado,

(Amado Pelo Inocente
do Salário Creditado!),
Ao Presidente, Um Presente:
Os Muitos Votos Contados

E Oferecidos ao Gran Vice
Do Coligado Acertado,
Coligação Sem Sandice,
Visando o Triunfo Almejado.

Na Contra-Dança das Elites
De Candidatos ao Trono,
Três Oponentes: Conduítes
A Lutar Por Desabono.

Se Um Ganhasse a Eleição,
Desabonava o Pobrim,
E o Salário-Escravidão,
Seria Salário-Chinfrim.

Assim, o Povim Sofrido
Votou no Vice-Afilhado,
Aquelle Que Foi Elegido
Pra Secundar o Aclamado.

E o Governo Começou
Para Sempre Ser Lembrado
Quomodo Realizador
De Um Sonho Muito Almejado:

Um Sonho Vei-Projectado
Por Bonifácio d’Andrade,
O Patriarca Aclamado
Na Prima Brasilidade.

O Gran Brasileiro Escorou
A Decisão do Regente,
Na Independência Actuou
Quomodo Jaião Influente.

O “Da Silva”, o Que Primeiro
Inaugurou o Bendito SobreNome,
Sem Saber que no Terceiro
Sec’lo, o Seu Grande Nome,

O Pioneiro Altaneiro!,
Seria a Marca Legal
De Um Outro Mui Brasileiro,
– O Herói Deste Sancto Graal –,

O que Tirou o Neo-Povão
De Um Massudo Atoleiro:
O Gran Lula, Bom Irmão!,
O Nosso Silva Brasileiro.

Mas, Voltando ao Tempo de Então,
O Juscelino Afamado,
Com a Ajuda do Gran Jaião
Pl’o Divo Marte Guiado,

E Com a Certa Colaboração
Do Jango, do Apadrinhado,
Iniciou a Construção
Do Grande Alcácer Sonhado.

(Sonhado em Primeira Mão
Pelo “Da Silva” Primeiro
O José da Gran Mansão
No Gran Terral Brasileiro,

O Bonifácio Selecto,
O de Rara Sagacidade,
O que apresentou Um Projecto
Para Uma Nova Cidade

Que se Chamaria Brasília,
Já Naquella Veira Idade,
Projecto de Vei-Vigília
De Um “Da Silva”, Gran Deidade.

Um “Da Silva” Diferente
Do Nosso “Silva” Muito Amado,
O Nosso “Silva” Valente
No Mundo Inteiro Aclamado,

Mas, Co’o “Silva” SobreNome
Pesando no Seu Costado:
Para o Pobre: Um Renome,
Per o Escolzim: Rejeitado.

Um “Da Silva” Mal-Amado
Pela Elite Brasileira,
Enquanto que o do Passado,
O da Independência Primeira,

É Ainda Reverenciado
Quomodo Jaião de Verniz,
Pelo Elitizado, o Envidado
Com o “Da Silva” Luís).

E Era Um 23, Com Xairel,
Do Dezanove Ilustrado,
E Quem Mandava no Céu,
Naquelle Anno Estrellado,

Era a Lua de Mel
Do Sonho Mui Bem Sonhado
Projectando no Papel,
Por Certo, Bem Registrado,

A Brasília-Camelote
Do Bell Projecto Sonhado
Pelo José de Gran Porte,
O “Da Silva” Batizado.

Mas Um Outro Jaião Sonhou,
O Mesmo Sonho Almejado:
Um Sancto Que Por Cá Chegou
No DezaNove Ilustrado,

No Dezanove, 83,
O Dom Bosco, Sacerdote,
Num Sonho Muito Cortês
Viu Brasília-Camelote.

Mas o Sonho Santificado
Merece Grande Vigor
Para Ser Mui Bem Trovado
Em “Demanda Multicor”.

E o Versejar do Gran Sonhado
Pelo Sancto do Sonhão,
Só Será Apresentado
Na Próxima Capitulação).

A Dicta História Começa
Em 31 de Janeiro,
Com Governança Tripeça:
Além do Vice, o Escudeiro.

No Anno 56,
Em 31 de Janeiro,
Iniciou-se o “Já Podeis”
De Um Brasil Bell-Altaneiro.

Assumiu a Presidência
Um Gran Mineiro Afamado,
Com a Ajuda da “Eminência”
E do Goulart Mui Amado.

Mas a Eleição Não Mudou
A Vida do Gran Povão,
O Brasil se Transformou
Beneficiando o Patrão.

E o Pobrim Continuou
No Trabalho-Escravidão,
E o Mais-Pobrim se Finou
Sem Ter Sequer Um Tostão.

A Glória do Laureado
Ficou Marcada na História,
Não se Olha o Outro Lado
Da Gran Pobreza Sem-Glória.

Mas o Gran Continuado
Do Presidente Eleito,
O Juscelino Endeusado,
Seguirá Com Gran Respeito.

E o Viver Espectrado
Dos Subnutridos de Então,
Será Enfim Revelado
Na Próxima Capitulação.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - MERCÚRIO ENFIM SE AFASTANDO E A LUA CHEIA PASSANDO

NEUZA MACHADO







A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - MERCÚRIO ENFIM SE AFASTANDO E A LUA CHEIA PASSANDO

NEUZA MACHADO


Mercúrio Enfim Terminando
A Sua Passagem no Céu...
O Anno já Estava Acabando...
E a Lua já Vinha Com Mel...

A Lua Cheia Passando
No Anno 56
Do Sec’lo do Venerando
Sonhador de Novas Leis.

A Lua do Sonhador
Da Gran Tribuna-Holofote...
A Lua dos Construtores
De Brasília-Camelote...

E no Perpassar da Querela
(um Tempo que Longe Vai),
O 55 Acabou em Barrela,
Sem Contenda-Samurai.

Na Passada Inépcia Geral,
Que Provocou o Tal Barulho,
Só havia um General
Que Apoiava o Gran Getúlio.

Esse Posposto General,
Amigo do Muito Amado,
Era o Estillac Leal:
um Pró-Vargas Labelado.

Os Generais, Envidados
Com o Getúlio e Sua Cria
(Pois já bem Morto e Enterrado
E o Povo Não o Esquecia),

Ditaram a Conexão
Entre o Povinho e a Chefia,
Legalizando a Eleição
Ao Jeito de Democracia.

Os Tais Generais Divinais
Eram Jaiões-“Democratas”,
Os Seus Manifestos Legais
Resguardavam os Magnatas.

Em Meio à Elite Graúda
Eram Muuuito Populares,
Uma Democracia de Ajuda
Aos Chefões dos Mil Colares.

A Disputa na Arena Bructa
Entre Grupinhos Rivais,
Era Uma Grandiosa Luta
Entre Senhores Iguais.

Que Não s’Esqueça o Leitor
Que Naquella Ocasião Azada,
O Político era o Senhor
Que Conduzia a Manada.

Pois Era Eleição Comandada
Por Mandante Senhorzão,
O Pobre, da Vei-Jornada,
Pra Votar, Tinha Argolão,

Só Votava no Partido
Dos Donos da Situação,
O Pobrezim Sem-Vestido
Não Tinha Direito Não.

Mas, Rectomando o Narrado
Sobre o Dicto Querelão,
No Fim do Anno Azarado
Houve Sensata Eleição,

E o Juscelino, CoLigado
Com o Partido do Povão
(O PTB, Bem-Criado
Pelo Getúlio-Paizão),

Teve o Apoio do Afilhado
Do Getúlio Bom-Patrão,
Pois o Vice do CoLigado
Era o Jango, o Grande Irmão

Do Povim Descamisado
Que Amava o Gran Gauchão
(O Povim Despreparado
Para Entender de Eleição).

E Num Grande Golpe Dado,
Golpe de Mestre-Lustrão,
O PSD Ajustado
Ao PTB do Povão,

Levou o Juscelino, Afinado
Com o Estandarte do Gran Marte,
A Conquistar o Eleitorado
Com a Ajuda do João Goulart.

Enfim, Óh Meu Gran Leitor!,
Não foi uma Vitória Ruim,
O Candidat’Opositor
Era do Grupo-Caim.

Na Briga Entre os Grans Jaiões
Querendo no Trono Sentar
Pra Mandar nos Sem-Tostões,
Foi Melhor o J. K.

No Brasil Tudo Mudou
Nos Cinco da Criação,
E o Juscelino Bem Ficou
Quomo Governo-Impulsão.

Mas a Vitória Engendrada
Na Gloriosa CoLigação,
Colocou Argolona Dourada
No Nariz do Bom Povão.

Pois os Pobrinhos Melhores
(Os do Dicto Cem-Por-Cento),
Votaram nos Grandes Senhores
Que Comandavam o Momento,

Pensando que o Gran Brasil,
Pelas Mãos da Jaianzada,
Seria Pátria Gentil
Sem Miséria Consagrada.

E o Gran Juscelino Lucrou
Na Tal Eleição Concorrida,
O Opositor Muito Suou,
Mas Não Ganhou a Partida.

O Nobre Henrique Marechal
Re-Firmou o Gran Cartão
De 46, Já Passado,
Garantindo a Eleição

Do Presidente, Aclamado
Quomodo Homem de Acção.
E o Gran Povim Foi Puxado
Mais Uma Vez No Guião...

E o Nereu Passou a Faixa
De Presidente Interino,
Com a Estima Muito Baixa
Por Ser Joguete do Destino:

Actuar no Gran Comando
Quomodo Um Pequenino,
Submisso ao Vero Mando
Do Marechal Neo-Divino

A Resguardar a Cadeira
Para um Outro, Superfino,
O do Parolar de Primeira:
O Gran Jaião Juscelino.

Entretanto, Pouco Mudou
Na Vida do Gran Povão,
O Brasil se Transformou
Beneficiando o Patrão.

E o Pobrim Continuou
No Trabalho-Escravidão,
E o Mais-Pobrim se Finou
Sem Ter Sequer Um Tostão.

A Glória do Laureado
Ficou Marcada na História,
Não se Olha o Outro Lado
Da Gran Pobreza Sem-Glória.

E o Neo-Povinho Aceitando
Outra Guinada-Roldão,
Com Receio de um Nefando
Governo de Inquisição,

Sem Saber Que Dura Lida,
No Decênio Que Viria,
Já Estava Prometida,
No Orago da Chefia.

Mas o Gran Continuado
Do Presidente Eleito,
O Juscelino Endeusado,
Roga um Narrar de Respeito.

E o Viver Espectrado
Dos Subnutridos de Então,
Só Será Apresentado
Na Próxima Capitulação.

domingo, 22 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - E O NOVEMBRO FOI PASSANDO EM MEIO À CRISE GERAL E O BRASILERIM FESTEJANDO O NÍVER DO MARECHAL

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - E O NOVEMBRO FOI PASSANDO EM MEIO À CRISE GERAL E O BRASILEIRIM FESTEJANDO O NÍVER DO MARECHAL

NEUZA MACHADO


Enquanto o Terceiro sofria
no Governar Nacional,
o Nereu, da Guerra-Fria
em Prol de um Brasil Com Moral,

o Marechal se Benzia
em Igreja-Catedral,
pois, Em Meio a Primazia
de Mandante Oficial,

o Grande Jaião Vivia
o Chamado Inferno Astral
da Super’Astrologia
do Esoterismo Global.

Acontece que o Ministro
das Armadas Brasileiras,
Naquelle Momento Sinistro
de Ligações Encrenqueiras,

em Seu Horóscopo Anual
de um Viver Aventureiro,
tendo o Mercúrio Irreal
quomo Patrão-Mensageiro,

teve Festa de Aniversário
(no mesmo Mês do Embrulho
do Poder Adversário
contra a Herança do Getúlio),

em meio ao Instável Factal
d’Aquelle Novembro Grado
da Dicta Fase Infernal
no Mapa Muito Elevado

da Excelência Altaneira,
o Dicto Gran Marechal,
de Naturalidade Mineira,
provindo de Ancestral

de Procedência Estrangeira,
da Linhagem Maioral
dos Lotts Duffles Teixeira
de Bom Tracto Social.

E era um Mês de Novembro,
Em um Dia Dezesseis,
Do 94, Final
Do Dezenove, dos Reis,

pois n’um Anno Saturnino
– dicto: um, oito, nove e quatro –
nasceu o Robusto Menino
propenso ao Generalato.

Saturno Mandava no Céu
chamado de Brigadeiro,
Naquelle Anno Puro Mel
só para o Rico Mineiro.

Era um 16 de Novembro
do Tal Anno Assinalado,
e desde o Mês de Setembro
Saturno Estav’Agitado.

E no Poder Paralelo,
as Parcas do Bom Caminho
já Dobavam o Gran Novelo
da Vida do Menininho.

E Zeus-Júpiter Sobranceiro,
lá de seu Pódio Estelar,
disse ao Menino Mineiro:
“– Cresça!, e Vá Comandar!”

E o Menininho Cresceu,
e foi para a Escola Estudar,
muita Glória Mereceu
no Colégio Militar.

E Tendo Escórpio no Mapa,
e o Marte a Patrocinar,
Recebeu a Grande Capa
de Militar Modelar.

Graças ao Astral Boa Sorte,
foi Adido Mui Sem-Par
na Grande América do Norte,
a do Férreo Comandar.

Mas Retornou ao Brasil,
Cuidando de Sua Carreira,
e em Meio a um Sec’lo Vil,
o Vinte, da Roubalheira,

viu-se Envolvido, de facto!,
no Politicar Guerreiro,
Assinando, em Grande Acto,
um Documento-Escudeiro,

um Documento Chamado
Programa dos Maiorais,
um Manifesto Assinado
por Ilustres Generais.

O Manifesto do Embrulho
era Contra o Gran Paizão,
pois os Pobres do Getúlio,
numa Melhor Condição,

com Aumento Cem-Por-Cento
no Salário-Escravidão,
era Precioso Fermento
se Houvesse Querelão.

As Disputas na Arena Bructa
entre Partidos Rivais,
se Processavam na Luta
de Como Subtrair Muito Mais.

Era Eleição Comandada
por Mandante Senhorzão,
o Pobre, da Vei-Jornada,
pra Votar, tinha Argolão,

só Votava no Partido
dos Donos da Situação,
o Pobrezim Sem-Vestido
Não Tinha Direito Não.

Mas Mercúrio Estava Armando
no Céu da Tal Brincadeira,
e o Anno já Estava Acabando...
E a Lua já Vinha Ligeira...

E o Marechal do Remembro
de um Nascimento de Antanho,
no 16 de Novembro
a Comemorar Compleaño.

E um Novembro Nada Brando
em Rápida Cruel Descida...
e o Marechal Festejando
Seus Muitos Annos de Vida...

E o Estado de Sítio Actuando
com Muita Movimentação,
e o Marechal no Comando
da Dura Regeneração...

E o Povinho Aceitando
a Guinada-Direção,
com Receio de um Nefando
Governo de Inquisição,

sem Saber Que Dura Lida,
no Decênio Que Viria,
já Estava Prometida,
no Orago da Chefia.

Mas o Gran Continuado
do Presidente Eleito,
o Juscelino Endeusado,
Roga um Narrar de Respeito.

E a Parole da Eixecada
(a “Demanda-Novelão”),
só será apresentada
na Próxima Capitulação.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - E O NOVEMBRO FOI PASSANDO EM MEIO À SITIAÇÃO, NOVA ERA INAUGURANDO PARA O POVIM E O POVÃO

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - E O NOVEMBRO FOI PASSANDO EM MEIO À SITIAÇÃO, NOVA ERA INAUGURANDO PARA O POVIM E O POVÃO

NEUZA MACHADO


E o Novembro foi passando
em rápida Transformação,
Nova Era Inaugurando,
em Meio à Sitiação,

o Estado de Sítio Actuando
com Muita Movimentação,
e o Marechal no Comando
da Dura Regeneração.

E o Povinho, Muito Brando!,
Aceitando a Direcção,
com Receio de um Nefando
Governo de Inquisição,

sem Saber que Dura Lida,
no Decênio Que Viria,
já Estava Prometida,
no Orago da Chefia.

E o Descendente do Augusto
(o da Prima Escravidão!),
a Remoer o seu Susto,
Temendo Grave Aflição,

no Acto, um Meio-Munhande
(da Inicial Geração
de Sinhô de Casa Grande
de Primeira Escravidão).

E o Descendente (Pobriiinho!)
do Augusto Miscigenado,
ficava o Domingo Inteirinho
com o Ouvido Bem Colado

no Precioso Radinho
do Noticiar Controlado
(o Tal Radinho Novinho,
com Muito Empenho Comprado,

para Pagar, aos Pouquinhos!,
com o Salariozinho Suado,
Comprado na Promoção:
Propaganda do Agregado

à New-Lei de Escravidão,
da Escravidão Consentida
Sob o Jugo do Patrão
D’Ordenadinho Sem-Vida).

E o Bisneto do Augusto
(o que perdeu o Tal Roçado
do Comandar já Vetusto,
Comando Deteriorado)

ficava o Domingo Inteirinho
com o Ouvidinho Colado
no Precioso Radinho
do Noticiar Empolado,

a Ouvir a Falação
do Repórter Respeitado,
o de Grande Vozeirão,
Repórter-Esso Afamado.

O Pobre Neo-Dominado
no Radim de Cabeceira,
ouvindo o Anunciado
Sobre a Crise Brasileira.

E as Notícias iam Chegando,
Pós um Soar Estridente,
Neo-Trombetas Retumbando,
em Trovejar Insistente.

E o Nereu, sob Comando!,
o Terceiro Presidente,
Interino Actuando
pra passar o Cetro à Frente.

E o Marechal Vigilando
(a Eminência Pardacente!),
o Governo, Pré-Cuidando!,
Para Outro Presidente,

o Juscelino Altaneiro,
Estadista Maioral,
a Começar, Pioneiro!,
O Endividamento Factal,

com Juro Bem Registrado,
a Construir, no Imenso Lote,
lá no Meio do Cerrado,
a Brasília-Camelote.

E o Nereu, no Dicto Acto
do Movimento em Acção,
Quomodo Chefe Translato
da Passagem-Transição,

Sob a Ordem do Sensato
da Belicidade Legal,
para Concluir o Mandato
do Quinquênio Federal

(até à posse Esperada
pelo Povão Mineral),
da Presidência Assinada
pelo Jaião Marechal,

em Eleição Simulada
com Segura Votação
(pois a Pobreza, Orquestrada,
Votava sob Guião,

Eleição Orientada
por Mandante Senhorzão,
o Pobre, da Vei-Jornada,
pra Votar, tinha Argolão,

só Votava no Partido
dos Donos da Situação,
o Pobrezim Sem-Vestido
Não Tinha Direito Não,

Naquelle Séc’lo Azarado,
o Vinte da Enganação,
a Tapear o Enganado
com Salário-Escravidão,

o que ficou Amarrado
em Governo de Armação
até ao Dia Abençoado
da Verdadeira Eleição

do Veramente Aclamado
Neo-Governo Bom Irmão,
o que foi Sacralizado:
o Herói do Gran Povão).

Mas o Gran Continuado
da Presidência Elegida,
do Juscelino Endeusado,
exige Parole Renhida,

e a Parole da Eixecada
(a “Demanda-Novelão”),
só será apresentada
na Próxima Capitulação.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM UM MOMENTO CRUCIAL, UM RENITENTE GENERAL

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM UM MOMENTO CRUCIAL, UM RENITENTE GENERAL

NEUZA MACHADO


No 11 do 11 do Onze,
Dacta Vera Excepcional
De Nova Idade do Bronze
De um Vinte e Um Inicial,

mais Onze após o Dois Mil
de Renovação Neo-Astral,
a narradora, no Tril
de “Demanda” Espectral,

reavivando a Antiga Lida
do Brasil do Vei-Graal,
percebeu, Mui Comovida!,
Igualdade Eventual

entre a Data da Escrita
sobre a Segunda Função,
e a Data Sobredita
que Marcou a Cassação,

pois a Data Elegida
(Coincidência Acidental?!)
era a mesma da Aguerrida
Manobração Estatal,

que depôs o Carlos Luz
do Comando Federal,
no 55, da Cruz
do Governar Medial;

data em que o Interino
(sem a Bênção Oficial),
o Provisório, do Destino
de Não Mandar no Espectral,

foi por um General despedido
sem nenhum Considerar,
logo depois de elegido
para um Veloz Governar.

Pois a dicta narradora
levou Susto de Arrasar,
a Tal Data de Outrora
era a mesma do Narrar.

O Interino Apurado,
depois da Coroação,
no 11, foi Afastado,
em Rápida Deposição,

no Mesmo Novembro Grado
daquelle Anno Encrencão,
Três Dias no Comandado
a Presidir a Nação,

Três Dias, Mal Apoiado
por seu Partido de Então,
e o Carlos Luz foi Cassado
(nem começou a Gestão!)

por Golpinho Instrumentado
contra o Primeiro Jaião,
por temer do Nomeado
Possível Rebelião.

E no 11 Assinalado
do Segundo Impedimento,
o Segundo do Senado
assumiu o Movimento,

e o Nereu foi Coroado,
por Ordem Desobstruinte,
em um Breve Passo Dado
até o 31 do Janeiro Seguinte.

E o Tal Dia Insubmisso
marcou o Início Geral
de um Brasil Mui Submisso
às Regras do Capital.

Mas, neste Passar Sinistro,
a Reger de Camarote,
estava o da Guerra Ministro:
Marechal Henrique Lott.

E o Correr deste Narrado
A falar da Eleição
Do Gran Jucelino, Amado
Por Grande Parte do Povão

Só será Desentrançado
Ao Leitor do Coração,
Com muito, muito cuidado!,
Na Próxima Capitulação.