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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SONHOS DILATADOS E BEM LEMBRADOS: O APARTAMENTO-COBERTURA E O HOMEM-ÁGUIA - 3

NEUZA MACHADO


SONHOS DILATADOS E BEM LEMBRADOS: O APARTAMENTO-COBERTURA E O HOMEM-ÁGUIA -3

NEUZA MACHADO


Nessa época, eu estava recém-separada, depois de um casamento de vinte e quatro anos e três filhos adultos. Por aquele tempo, eu trabalhava como professora (trabalho ainda). Com a separação, aluguei um apartamento em um prédio da Rua Benjamim Constant, no Bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Enquanto aquilo, eu procurava adaptar-me à minha nova realidade existencial. Por tais motivos, as minhas noites de sono não eram muito tranquilas, pois estranhos sonhos e sonolências mórbidas povoavam a minha mente.

Em uma daquelas noites, insólitas e inesquecíveis (vivenciando aqui neste blog um sonho por demais nítido), vi-me entrando em um elevador, retornando para a minha residência (a residência do sonho), que se localizava em uma ampla cobertura, no alto de um prédio de vinte e um andares. Lembro-me do número do andar da cobertura, pois o vi, nitidamente, quando saí do elevador para entrar no apartamento. Logo que abri a porta de entrada, caminhei por um amplo salão, com poucos móveis, pois o que se destacava era o assoalho castanho-dourado, brilhante, e as amplas janelas do grande iluminado salão.

De repente, olhei para trás e não vi mais a porta de entrada/saída. Eu estava presa naquele luxuoso ambiente sonambúlico. Mas, as largas janelas do apartamento de meu sonho estavam abertas, o dia estava claro em demasia, e existia uma porta que dava para um terraço imaginário (no sonho, eu não via o terraço, mas tinha consciência de que ele estava ali). Sentia-me angustiada naquele expectante ambiente.

Logo depois, uma águia imensa, preta, com olhos penetrantes, e com o bico atemorizador, começou a voar em volta das janelas panorâmicas, abertas, do apartamento-cobertura. Voava e me olhava. Dava voltas, voando em volta das inúmeras e largas janelas, e me olhava fixamente. O seu tamanho era assustador. Às vezes, a imensa ave planava, com as asas abertas, imóvel no ar, em minha direção e em sentido frontal, olhando-me sempre. Em contrapartida, eu também a olhava admirada e com preocupação. Interagindo com o sonho, eu sabia que ela estava ali por minha causa. Encostei-me em um canto do salão, esperando que ela entrasse por uma das amplas janelas ou pela porta do terraço, para agredir-me ou coisa pior.

Acuada e imobilizada, parada em um canto do salão, vi a grande águia entrando pela porta do terraço. O chão, brilhante, encerado, metálico-dourado, refletia a estranha criatura. Era uma ave alta e magra, com aspecto de homem e cabeça de águia. Lembrava uma figura medieval, com a cabeça coberta, com as penas como se fosse um capelinho preto confundindo-se com a cabeça de ave, e a longa túnica preta também se misturando com as penas pretas. Usava coturnos medievais, pretos, que se identificavam com os pés próprios de uma ave. As asas negras, caídas ao longo do corpo, como se fossem braços, se ajustavam a uma espécie de forma masculina. O homem-águia veio se aproximando de mim, lentamente. O medo que eu sentia desapareceu, como que por encanto. O grande homem-águia abriu as asas para abraçar-me. Senti-me leve e protegida, aninhada em seus braços. Não sei dizer se, no final, eram asas ou braços. Mas, a face era de águia, com bico, olhos, e todos os pormenores que representam essa misteriosa ave.

Não me lembro do final do sonho. Não me lembro de ter saído daquele reconfortante abraço. Não me lembro de ter saído daquele grande salão.

Ainda hoje, repensando o sonho, sinto-me protegida e reconfortada ao me recordar daquele intrigante abraço. Imagino que o meu Anjo Protetor possua a forma de um homem-águia (e, certamente!, não penso que seja um anjo maléfico).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SONHOS DILATADOS E BEM LEMBRADOS: OITO LUAS CHEIAS NO CÉU - 2

NEUZA MACHADO



SONHOS DILATADOS E BEM LEMBRADOS: OITO LUAS CHEIAS NO CÉU - 2

NEUZA MACHADO


Era uma noite clara, iluminada por uma espetacular Lua Cheia. Eu era uma jovem, magrinha, com longos cabelos cacheados, que já chegavam à cintura (em realidade e no sonho). Eu usava, nessa época, os cabelos presos em um volumoso rabo-de-cavalo. Na testa, eu exibia uma graciosa franjinha. Usava vestidinho de florezinhas coloridas, rodado e vaporoso. E, naquela noite de sonho, vi-me passeando, sozinha, em uma larga estrada desconhecida. Eu andava e andava e andava, maravilhada com a paisagem prateada e com aquela atmosfera mágica.

No meu sonho juvenil, andei por um longo tempo. De repente, comecei a sentir frio e apreensão. A estrada se alargava, cada vez mais, e a noite, prateada pela Lua Cheia, que, do alto, no céu, me acompanhava ao longo do caminho (por cima de minha cabeça), começou a se tornar dourada, com um brilho intenso e assustador. Fiquei momentaneamente sem ação, com receio de continuar a minha caminhada noturna.

Quis descobrir o mistério. Continuei a caminhar em meio àquele brilho dourado. Enquanto andava, olhei novamente para o céu. Entrevi assombrada mais de uma Lua Cheia. Próximas à minha cabeça e um pouco mais à minha frente, oito Luas Cheias se destacavam, numa espécie de círculo brilhante, umas pouco distantes das outras, em movimento para frente. Continuei caminhando, contemplando o infinito, olhando as oito Luas Cheias que se movimentavam diante de meus olhos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SONHOS DILATADOS E BEM LEMBRADOS: A LONGA PONTE DE TRONCO DE ÁRVORE E O LARGO RIO INFINITO - 1

NEUZA MACHADO


SONHOS DILATADOS E BEM LEMBRADOS: A LONGA PONTE DE TRONCO DE ÁRVORE E O LARGO RIO INFINITO - 1

NEUZA MACHADO


Na época do meu primeiro sonho (o que pretendo aqui relatar), eu já havia completado sete anos de vida no final do ano anterior. Minha família morava em uma casa de beira de estrada, no sopé da Serra dos Perons (uma montanha agrária que pertencia - ou pertence ainda - às inúmeras ramificações de um grande grupo familiar de origem italiana, cujo patriarca - penso eu - chamava-se Alexandre Peron). Era uma casinha de meeiro localizada no sítio do patrão de meu pai, o senhor Delilo Coutinho (irmão daquele famoso magnata do futebol brasileiro dos anos cinquenta e sessenta, o empresário Giulite Coutinho, anos depois presidente da CBF), casinha esta que se localizava na entrada/saída da cidade de Santa Luzia do Carangola de Minas Gerais, em direção à Estrada BR116 (onde atualmente existe um Anel Rodoviário, em bifurcação, pois, do lado esquerdo de quem vai para a BR116, a estrada se direciona a cidade de Divino, e, do lado direito, atravessando o rio Carangola, a mesma estrada vai a direção à Varginha e outras localidades adjacentes).

A mudança da casa velha (do Bairro de Santa Maria, onde eu nasci), uma casa antiga próxima ao grande Pontilhão de Ferro da Linha Ferroviária da Princesa Leopoldina, para aquela, a daquele momento, acontecera naqueles dias, imediatos ao dia do acontecimento desta minha narrativa. (O pontilhão, precioso, fabricado na Bélgica, e que se localiza, ainda hoje, nas imediações da já destacada casa velha, poderá ser apreciado em alguns Sites de Carangola). Assim, no meio dos entretantos do tal evento que desejo narrar, Mamãe diligenciava, muito ocupada com a arrumação de nossos poucos e usados móveis, em faina constante, muito trabalhadora e, por incrível que pareça, naquele dia, inigualável na cozinha (logo, a Mamãe!). Mamãe, naquele momento, encontrava-se atarefada com as panelas de ferro, pretas, sem polimento algum, e com o cozimento das refeições, e muito feliz na recente residência.

A bem da verdade, minha mãe não era lá muito fanática por arrumação de casa e, muito menos, com o brilho das panelas e horário de refeições. O fogão de lenha de nossa casa só fazia fumaça acionado por seu progredido estômago. O que eu quero dizer é que o horário das refeições, lá em casa, naquela época e em épocas posteriores, não acompanhava o tique-taque do relógio. Comíamos na hora em que Mamãe sentia fome.

Então! Então, naquele dia era um Domingo. Mamãe estava a receber a visita de sua irmã caçula, a Tia Fizica (que iria passar uns tempos em nossa casa). Mamãe matava algumas galinhas de nosso terreiro; retirava carne de porco das latas de gordura (carne temperada e cozida, mergulhada em banha de porco, para durar por algum tempo, pois, naquela época e nas pequenas Cidades, poucas famílias possuíam geladeira em casa); catava feijão para cozinhar em um grande panelão, cuja trempe se localizava em um fogareiro, do lado de fora da casa; e outras atividades mil. Por consequência, com tal azáfama, seu propósito era preparar um lauto jantar para nossa visita.

Mas, com todo esse movimento, o jantar estava demorando a ficar pronto. Por que? Porque as duas conversavam, e conversavam, e conversavam, e a esperada janta não saía de jeito nenhum. A janta, naquele tempo, era servida por volta das dezesseis horas, ou melhor, deveria ser servida nesse horário, mas nem sempre assim, se a cozinheira fosse semelhante à Mamãe. O almoço, como era o costume daquela época, nas cidadezinhas do interior de Minas Gerais, era servido às oito horas da manhã (isso, se a Mamãe acordasse antes das oito) e o café da tarde, geralmente, por volta de meio-dia, mais ou menos. A janta, por volta das quatro da tarde. Às vinte horas, pontualmente, era servida a ceia, enquanto ouvia-se a novela radiofônica (aquela que substituiu a incomparável novela de rádio O direito de nascer, adaptação em português de um dramalhão mexicano de uma famosa novelista chamada Glória Magadan). Pois dormíamos cedo, naquela época, só depois da novela do rádio.

(Esquecia-me de dizer que os adultos só tomavam café puro ao acordar, para iniciarem a lida. Somente as famílias muito ricas tinham o costume de um lauto café da manhã, com mesa posta e tudo. Evidentemente, não era assim em nossa casa).

Só que, em nossa casa, e por causa dos descontentamentos de Mamãe, a ceia das oito horas da noite coincidia, quase sempre, com o horário da janta. É bom recordar o fato de que o Papai saía cedo para o trabalho. O pobre tomava um cafezinho requentado, antes de sair de bicicleta em direção ao serviço, na cidade, como funcionário-guardião do Armazém de Cereais do Seu Delilo Coutinho.

Mas, naquele dia, era domingo. Eu e o Papai esperávamos pacientemente a janta, que estava custando a sair das pretas panelas de ferro não-polidas. Mamãe conversava e conversava com a tia Fizica (por nome Iolanda, na certidão de batismo).

E o caso estranho que quero relatar foi assim:

Devia ser umas cinco horas da tarde. Cansada de esperar pela janta (que estava custando a ser servida por Mamãe), recostei-me em um travesseiro de paina, na caminha de solteiro que ficava em um quarto-saleta próximo à cozinha. Papai já estava ressonando no quarto do casal, o quarto da frente. O dia estava meio frio. Agasalhei-me com uma cobertazinha fuleira (cobertura de pobre, também chamada de coberta-bicicleta, não sei por quê?), e envolvi-me em meus sonhos infantis, próprios de uma menina de sete anos. Não tardei a pegar no sono. E comecei a sonhar. E o sonho parecia real.

De verdade, extra-sonho, havia um largo terreirão em frente a tal casinha da estrada, aquela em que morávamos. Depois da estrada de rodagem (uma ramificação rudimentar da BR116-Estrada Rio-Bahia passando pela cidade de Carangola), do outro lado, havia uma espécie de declive acentuado, arborizado, e, lá embaixo, se localizava um grande casarão de fazenda, já muito velho e caindo os torrões das paredes e podres as tábuas do assoalho (nesse casarão velho, de propriedade do senhor Delilo Coutinho, moramos também, posteriormente; hoje, a Casa-Fazenda já não existe e ali se localiza o tal Anel Rodoviário, passando um viaduto por cima do rio, e, com isto, distribuindo a estrada em várias direções). O cenário, no qual eu costumava entreter-me com outras crianças (com brincadeiras-mil), naquele tempo e até hoje, estava sempre a oferecer, a olhos infantis privilegiados, muitas árvores frutíferas, e, para completar o panorama de pura maravilha, lá em baixo, próximo ao velho casarão, passava o rio Carangola. Ali, naquele lugar, passei maravilhosos momentos quando criança.

Mas, como eu estava contando, a janta estava demorando a sair do fogão para nossos estômagos famintos. E Mamãe conversava, conversava, conversava com a Tia Fizica, e mastigava, mastigava, mastigava, alguns pedaços de carne de porco e carne de frango e provas de comida, assim como também a Tia Fizica. E a Tia Fizica rememorizava todos os casos acontecidos na roça, contando todos os episódios tim-tim-por-tim-tim. O Papai dormia, com fome, coitado!, na cama grande do quarto da frente. E eu, Menininha Sonhadora!, cochilava com fome também no quartinho da sala.

De repente (eis aí o maravilhoso sonho de meus sete anos!), o rio Carangola já estava diante do grande terreiro de nossa casa, já não havia estrada de rodagem coisíssima nenhuma; em baixo, já não existia nenhuma casa-fazenda caindo aos pedaços, não senhor!, nem mesmo árvores frutíferas, nem nada. Somente um largo rio (que já não era o rio Carangola), parecendo um imenso braço de mar de tão grande, separando a nossa casinha sem magnificência da visão magnificente de uma brilhante Cidade, que ficava lá, longe, diluída na paisagem e nos reflexos do grande rio, extenso... extenso... extenso...

No meu sonho infantil, olhei maravilhada a aparição, e, imediatamente, surgiu ante os meus olhos espantados uma longa e grossa tora de madeira, presa nas duas margens como se fosse uma longa longa longa ponte, unindo a minha casinha de roça à Grande Cidade, que se avistava ao longe.

Pela minha perspectiva inocente, a Cidade longínqua era grandiosa. Vi casas e ricos sobrados, maravilhosamente iluminados. E era dia! O sol os iluminava. E eu quis atravessar a ponte de tora de madeira e ir para o outro lado. E eu era uma menina de sete anos, bem caipirinha, bem roceirinha, bem o adjetivo inferiorizado que você quiser (não s’esqueça; eu não conhecia nenhuma grande Cidade).

Comecei a caminhar, procurando equilibrar-me em cima da tora que ficava sobre o imensurável rio de meu sonho infantil. Caminhei até à metade.

No meio do rio, depois de ter caminhado por um longo tempo, sempre me equilibrando, comecei a sentir frio e medo. Minhas pernas infantis já não colaboravam com a minha ânsia de atravessar o rio e ir para o outro lado, onde se localizava o estupendo cenário. As pernas falharam, eu escorreguei no liso da tora, e me vi sentada, com as pernas abertas sobre a tora de madeira, com muito medo de cair naquelas águas claras e tranquilas. O rio era um espelho tranquilo. Não me lembro de águas revoltas. Sentada (montada, com as pernas abertas ─ em forma de ípsilon de cabeça para baixo ─ sobre a tora de madeira), eu procurava movimentar-me, por certo sentada, dando impulso, elevando o corpo, sempre para frente. Quase chegando ao outro lado, vi-me em apuros, prestes a cair naquelas águas espelhadas e profundas. Em desequilíbrio, eu murmurava: ui!, ui!, ui!, olhando sempre em direção à Grande Cidade.

Não cai. E não voltei para trás no sonho, pois acordei.

Acordei com a Mamãe me perguntando: “O que ocê tá sentindo, Neuza? Por que ocê tá gemendo ui!, ui!, ui!?”. “Não estou sentindo nada não, Mamãe! Estava sonhando um sonho bão demais da conta! A senhora me acordou, antes d’eu chegar à cidade!... Já tem janta, Mamãe?”. E Mamãe a rir às bandeiras despregadas: “Que janta o quê, Neuza? Já é de manhã. Ocê dormiu sem janta. Um sono só, desde quatro da tarde de ontem. Não quis acordar ocê não. Ocê vai mais é tomar café, menina!, e ir logo p’ru Grupo Escolar, porque hoje já é segunda-feira!

Anos depois, já estávamos morando na Grande Cidade do Rio de Janeiro.

Em 1991, atravessei o Oceano Atlântico, sobre uma ponte de tora de madeira incrivelmente imaginária, pois olhava aquele marzão infinito da janelinha do avião. Viajava feliz, para conhecer algumas Cidades da Europa.

Em dezembro de 1995 e todo o ano de 1996, morei em Manaus, tendo por visão, o grande imenso e caudaloso rio Amazonas, visualizado em sonho aos sete anos de idade. Exatamente igual.

Em 1997, já de volta ao Rio de Janeiro, eu atravessava, todas as quartas-feiras, a Ponte Rio-Niterói, para trabalhar em São Gonçalo, como professora universitária. Nas idas e vindas, eu revivia o meu sonho dos sete anos. Tanto do lado do Rio de Janeiro, quanto do lado de Niterói, a minha perspectiva era sempre a mesma: uma longa ponte, um imenso rio-mar, e, bem próximas, duas magnificentes Cidades. Tudo exatamente igual.

Até hoje, as Grandes Cidades, as Longas Viagens e as Intermináveis Aventuras continuam em meus Sonhos de todas as noites. Os Caminhos da Roça, também. Graças a Deus! Felizmente, não perdi contato com as minhas raízes! Continuo direcionando os meus sonhos noturnos (manipulando-os), sempre para frente, até o final de meus dias, com o meu pezinho infantil ainda bem plantado em minhas emoções primordiais. Sem medo de ser feliz! Graças a Deus! Subidas íngremes (fáceis ou difíceis); tapetes brilhantes sendo puxados violentamente e maldosamente sob os meus pés com asinhas douradas; intermináveis elevadores, panorâmicos; longas estradas (de carro, ônibus, a pé, etc.); escadas infindas (sempre para cima, sim, senhor!; às vezes com dificuldade, outras vezes, com muita facilidade). Sonhos grandiosos! Sim senhor! Realidade comum! Muito trabalho! Pouco dinheiro! Sim senhor! Muita alegria! Tristeza, nunca!, de jeito nenhum! (vou driblando-as pela vida afora). Vida saudável e cabeça tranquila! Muita riqueza interior, sim senhor! Obrigada, meu Deus! Amém!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PASSAGES DE PARIS 6 - O FOGO DA LABAREDA DA SERPENTE

NEUZA MACHADO




Um excerto de meu ensaio analítico-interpretativo O Fogo da Labareda da Serpente – sobre a obra de Rogel Samuel O Amante das Amazonas – foi publicado na Revista PASSAGES DE PARIS 6.

Para a leitura do excerto da Revista Francesa, clique em
apebfr.org/passagesdeparis/editione2011/articles/pdf/PP6_revision1.pdf

Para a leitura do livro O Amante das Amazonas de Rogel Samuel, clique em historiadosamantes.blogspot.com/2009/04/o-amante-das-amazonas.html

Para a leitura do livro O Fogo da Labareda da Serpente, clique em ofogodalabareda.blogspot.com/

ou literaturarogelsamuel.blogspot.com/

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

E O JANEIRO JÁ PASSOU

NEUZA MACHADO

E O JANEIRO JÁ PASSOU

NEUZA MACHADO


E o Janeiro Já Passou
neste 2012 sensato...
No Brasil, tudo mudou
pra melhor! Isto é um fato!

Teve jornalista dizendo
que o Povão é Mui Bobão,
ao aplaudir o dividendo
entre os Pobrins da Nação.

Disse o Tal jornalista
(por certo, um Papa-Ovo!),
que o Movimento Dilmista
pretende enganar o Povo.

Afirmou o jornalista,
na Coluna do Jornal,
que o Governar Dilmista,
nada fez de Especial...

Chamou o Povão de parvo
na Coluna do Jornal...
um jornalista alarvo
que se acha o maioral...

O dito mostrou saudade
Da Vei-Miséria Sem-Igual...
No Passado da Maldade,
Passar Fome Era Normal...

O Estressadim Jornalista
pegou o Bonde do Riquim...
Aplaude o Imperialista
Que quer domar o Pobrim...

O Povão não é bobo não!
Agora já sabe ler!
Pois descobriu a intenção
De quem lhe augura um mau-viver!

E na Próxima Eleição,
apesar do jornalista,
o Brasileiro-Povão
não escorregará na Pista...

Pois na Próxima Eleição,
sem Cabresto a lhe guiar,
o maioria do Povão
saberá em quem votar...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

20 DE JANEIRO DE 2002 - EPÍSTOLA AOS HOMENS DO FUTURO - 16

NEUZA MACHADO

20 DE JANEIRO DE 2002 - EPÍSTOLA AOS HOMENS DO FUTURO - 16

NEUZA MACHADO

(Para o Brasileiro Consciente do Brasil-País do Futuro lembrar-se sempre que existiu um Brasil-Tristes Trópicos até o Final do Século XX)

Meus Amigos do Futuro Brasilês, hoje, 20 de Janeiro de 2002 (lembrem-se sempre do anno de 2002 no Maravilhoso Futuro Brasileiro de Vocês), os Hipercariocjônios estão a comemorar uma Data Muito Importante no Calendário Brasilês. Escrevo-lhes, narrando-lhes os Acontecimentos Actuais, reportando-me também ao Passado Histórico, porque desejo imensamente que as Datas Gloriosas de meu País, o Brasil Varonil, jamais sejam esquecidas pelos que ainda estão por nascer (que todo o correr deste Anno de 2002, até às eleições do final do anno, jamais seja esquecido por Vocês, Meus Amigos do Futuro Brasilês Sem-Muro!).

20 de Janeiro de 2002: hoje, a Hipermegapolis Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (sete vezes hiper, setenta vezes mega e setenta vezes sete redundante Polis) comemora a Data de seu Padroeiro. Os Descobridores do Brasil Varonil (os Intrépidos Portugueses), comandados por Mem de Sá, chegaram aqui em meados do Século XVI. Nessa época, os Franceses já estavam estabelecidos na Baía de Guanabara desde 1555. Em janeiro de 1560, Mem de Sá, aproveitando-se de um descuido de Nicolas Durand de Villegaignon, o poderoso e irascível chefe da França Antártica (Villegaignon estava na Europa defendendo-se de algumas acusações), desalojou os Franceses e se maravilhou com as belezas naturais desta Parte do Mundo. Depois, voltou para a Província da Bahia, Centro de seu Governo, deixando, novamente, a Baía de Guanabara ao léu. Os franceses, por certo, não se conformaram com a perda de tão Bello Território e retornaram, desejosos de serem os Únicos Donos da Extensão de Terra Mais Bonita do Planeta. Em 1564, Estácio de Sá, sobrinho de Mém de Sá, chegou com seus Companheiros a Baía de Guanabara, e, em 1o de Março de 1565, fundaram a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (uma homenagem ao Jovem Soberano de Portugal, D. Sebastião, e ao Mártir da Igreja Romana da Época de Diocleciano, São Sebastião). Entretanto, os Franceses continuavam lutando pela Posse da Terra, e, em 20 de Janeiro de 1567, depois de Sete Annos de Contendas, Estácio de Sá voltou à Região Maravilhosa com o firme propósito de espantar os Franceses e aqui estabelecer uma Estável Comunidade Portuguesa. Estácio de Sá conseguiu vencer os Colonos Imigos, e, a partir de então, iniciou-se a Evolução da Cidade que se eternizaria quomodo a Mais Bella Polis do Mundo Rotundo.

São Sebastião, meus Amigos Brasileses do Futuro!, segundo a História da Religião de Cristo, foi um Soldado Romano que se compadeceu dos Sofrimentos dos Cristãos, perseguidos e encarcerados nas masmorras, ajudando-os de todas as formas. De acordo com Fontes Históricas Fidedignas, Sebastião era oriundo de Família já convertida ao Cristianismo e cresceu desenvolvendo seu Espírito Caritativo, cuidando com Amor dos Menos Favorecidos. Naquela Época (Século III d.C.), o Imperador Romano (adorador de deuses pagãos) mandava Castigar Impiedosamente os Adeptos do Cristianismo. Sebastião, na Flor de Sua Juventude, replecto de Ideais Religiosos, alistou-se no Exército de Diocleciano (ocultando sua Fé nos Preceitos do Cristianismo) e, por incrível que pareça, tornou-se o braço direito do Imperador Malvado. Evidentemente, sua Causa era a Libertação dos Cristãos, os quais Sobviviam Encarcerados nas Superlotadas Prisões de Roma. Os Castigos eram Terríveis: os Cristãos eram Chicoteados, ou Queimados Vivos, ou Jogados às Feras, e Intimados a adorarem os deuses pagãos. Sebastião, utilizando-se das Reveladoras Palavras dos Textos Sagrados, procurava Catequizar os Infiéis. O Prefeito de Roma, por exemplo, sensibilizou-se com as Pregações de Sebastião e, com toda a sua família, aceitou a Nova Religião.

Um dia, Sebastião foi denunciado ao Imperador. Por causa de sua Bondade para com os Convertidos ao Cristianismo, foi Martirizado. Primeiramente, os Soldados amarraram-no em um Tronco e o Flecharam, sem afetar os órgãos vitais. Abandonaram-no em seguida, acatando assim a Ordem do Imperador, que queria supliciá-lo com uma Morte Lenta. Graças ao Auxílio de uma Mulher, que o achou com Vida e o Curou Secretamente com Óleos Medicinais, Sebastião sobreviveu. Depois de Curado, Corajosamente, procurou o Imperador, ansioso por mostrar-lhe o Poder de Deus. Diocleciano, enfurecido com a atitude de Sebastião, ordenou que o levassem ao Circo de Roma para ser Morto por Espancamento.

E assim, por Amor ao Único Deus dos Cristãos, o Ex-Soldado Romano foi Supliciado na Terra, mas alcançou a Recompensa no Céu. A Igreja Católica Romana, em agradecimento à sua Religiosidade e Heroísmo, colocou-o no Patamar Celestial dedicado aos Santos Mártires da Igreja de Jesus Cristo, o Salvador da Humanidade. Depois da Morte e Ressurreição do Filho de Deus, durante os Primeiros Séculos do Cristianismo, muitos Convertidos foram Martirizados e Sacrificados, porque não aceitaram Renegar os Dogmas da Nova Religião que, posteriormente, se expandiu pela Europa na Era Medieval.

Para que Vocês, meus Amigos do Futuro Brasilês!, jamais esqueçam as Ocorrências Históricas deste Início de Terceiro Milênio (20 de Janeiro de 2002), saibam que nada mudou neste Planeta Rotundo. As Brigas por Questões Religiosas continuam. Na Irlanda do Norte, desde o Século Passado (o Século XX), os Seguidores de Cristo lutam entre si. Posicionam-se quomodo adoradores do mesmo Deus e, no entanto, matam-se mutuamente. Os Protestantes Irlandeses jogam bombas mortíferas nos católicos e vice-versa (confiram na Internet de Vocês, aí no Futuro!). Será que o Deus dos Católicos da Irlanda do Norte não é o mesmo Deus dos Protestantes de lá? Será? Não há quomodo entender as Brigas Religiosas, quaisquer que sejam, muito menos quando os Oponentes são, ambos, adeptos do Cristianismo e adoram o Único Deus dos Cristãos.

Assim, meus Amigos do Brasilês Futuro!, as Guerras continuam por acá (no Passado de Vocês), em cada Cantinho de nosso Globo Terrestre. Agora, por exemplo (janeiro de 2002), em São Paulo, um Grande e Rico Estado do Brasil Varonil, com sua Cidade-Capital Três Vezes mais Poderosa do que a Cidade do Rio de Janeiro, em verdade, actualmente (janeiro de 2002), a Maior Cidade de meu Amado País, reiniciou-se uma Espécie de Guerra, Intermitente, já Antiga e Conhecida em nosso Território: a Guerra Política. Hoje, pela Manhã, o Prefeito da Cidade de Santo André foi encontrado Morto, depois de ter sido sequestrado. Os sequestros com mortes tornaram-se assuntos corriqueiros neste meu Momento Histórico de Incríveis Calamidades Sem-Fim.

Outras notícias de 20 de Janeiro de 2002: Quomodo já noticiei-lhes, meus Amigos do Futuro Brasilês!, as Guerras continuam. Os Inocentes continuam pagando pelos Pecadores.

Nesta Semana (13 a 20 de Janeiro de 2002), um helicóptero, com Soldados Americanos do Norte caiu no Afeganistão. Os Soldados da Terra atiram nos Soldados do Ar e vice-versa.

Muitas Crianças e Adolescentes do Brasil Varonil e do Mundo Rotundo são vítimas de abusos sexuais (confiram a notícia aí na Internet de Vocês: Janeiro de 2002). Infelizmente, neste início de 2002, raramente os Criminosos vão para a Cadeia.

A Dengue Hemorrágica, uma Terrível Doença transmitida por um Mosquitinho Pequenininho, que se prolifera nas Águas Estagnadas e Maltratadas do Imenso Brasil Varonil (desde Antigas Eras), retornou, nesse já Passado Verão Abrasador de 2001 até este Super Quente 20 de Janeiro de 2002, com seus Temporais Violentíssimos, e, no Intervalo de Poucos Dias, fez sua Terceira Vítima no Rio de Janeiro (confiram as minhas Actuais palavras aí na Internet do Futuro de Vocês!). A Doença Epidêmica já é bem antiga por acá e, até agora, infelizmente, não foi devidamente exterminada.

Morreu o Grande Vavá, um Famoso Jogador de Futebol de nosso Glorioso Passado de Antigas e Inesquecíveis Victórias Futebolísticas. Em Priscas Eras, os jogadores brasileiros eram realmente valerosos e a Seleção de Futebol do Brasil Varonil sempre saía Vencedora nas diversas Disputas pela Copa do Mundo (para nos alegrar e assim esquecermos nossos Insolúveis Problemas!).

Hoje (20 de Janeiro de 2002, não s’esqueçam!), na Calada da Noite, em Plena Madrugada, Delinquentes, ou Fanáticos Religiosos, picharam a Estátua de São Sebastião, localizada no Centro da Cidade do Rio de Janeiro (confiram a minha notícia aí na Internet do Futuro de Vocês!). Felizmente, os Garis Gloriosos de nossa Polis Maravilhosa, a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, trabalharam Triplicado e o Monumento ao Santo Brilhou com a Bem-Vinda Limpeza. Aliás, já que, neste 2002, começamos Limpando a nossa Incomum Realidade, os Outros Monumentos e as Belíssimas Igrejas e os Antigos e Magníficos Casarões do Centro da Cidade Maravilhosa estão necessitando de Drásticas Limpezas Urgentes (não vêem limpeza há séculos seculorum!). O Brasil Varonil também está precisando de Muita Necessária Limpeza a partir do Mês de Outubro de 2002 (espero confiante que seja Ardorosamente Limpo Dali em Diante! Que venha com muita força o Mês de Outubro de 2002!).

Enfim, Meus Muito Ricos Amigos do Futuro Brasilês! [digo isto porque tenho plena certeza de que o Brasil será a Sexta Potência Econômica Mundial no Final do Anno de 2011, ultrapassando inclusive a Inglaterra, e espero estar viva em 2011 para comemorar a Independência Financeira do Brasil nesse Anno de 2011 aqui assinalado], neste 20 de Janeiro de 2002, a Festa do Padroeiro São Sebastião Aconteceu. Mais de Quinze Mil Fiéis acompanharam a Procissão, entoando Cânticos Religiosos e dando Vivas a São Sebastião (agradecendo contritos os Novos Esperançosos Ares que já estão a aproximar-se). A Pichação dos Desocupados não conseguiu Embaçar o Brilho da Festa (de Agradecimento!). A Procissão saiu da Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, e seguiu até a Catedral Metropolitana da Maravilhosa Cidade (os Padres Católicos do Brasil Varonil infelizmente não conhecem o motivo real para tanto Esperançoso Agradecimento!).

Há muitas Outras e Intermináveis Notícias: os passarinhos continuam cantando; os animais ainda existem no Mundo Rotundo (não obstante as matanças diárias); há peixes nos rios e há peixes no mar (apesar das pescas diárias); ainda há florestas (acreditem!); crianças continuam nascendo; outras, morrendo; há velhos bem tratados e velhos maltratados; há jovens saudáveis e jovens viciados em drogas entorpecentes; o Racionamento de Energia Elétrica, Exigido pelo Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, Continua Vigorando Imperioso neste Mês de Janeiro de 2002 (apesar dos Temporais Apocalípticos; muita água de chuva a inundar-nos); o Sol Imperador continua Brilhando Brilhando Brilhando; e o Mundo Rotundo graças a Deus continua Girando Girando Girando Girando Girando Girando; et cœtera; etc.; etc...

Até a Próxima Semana! Por ora, recebam os Milhões, Bilhões, Trilhões de (Inumeráveis) Beijos Transtemporais da

ODISSEIA MARIA, Filha Legítima de Antoinzim-Papai de Sousa Moreira da Costa do Marfim Pereira da Cunha Aquileu e Pelides e Muitos Outros Sobrenomes Maiorais de Minas Gerais, Descendente de Notáveis Caçadores de Onças Pintadas e Jaguatiricas Noturnas (e um Talentoso Cantador e Tocador de Violão nas Festas da Roça Mineira) e Jane-Mamãe Damacio de Amorim e Sant’Anna Romano Martins Briseides de Ogiges e Muitos Outros Sobrenomes Maiorais de Minas Gerais (a Mãe-Coragem do Interior do Brasil Varonil).

P.S.: Agradecimentos Sinceros aos Amigos e Amigas do Futuro Brasilês Sem-Muro que já estão lendo as minhas Cartinhas Dominicais e enviando-me Gratificantes E-Mails Transtemporais. Muito Obrigada!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

06 DE JANEIRO - DIA DEDICADO AOS REIS MAGOS


06 DE JANEIRO - DIA DEDICADO AOS REIS MAGOS

NEUZA MACHADO

(Três Reis Magos - Ruth Christensen - Pintura feita com a boca - Pintores que pintam com a boca e os pés)

Há exatos treze anos, em 1999, eu estava escrevendo uma narrativa de intrincada tessitura, refletora de uma ainda frágil percepção – meio consciente – de um momento histórico brasileiro politicamente instável e escorregadio. Apesar do predomínio da pré-consciência em relação à minha realidade exterior, eu estava plenamente consciente de que a minha visão, exposta naquela dita narrativa, nunca seria publicada em formato de livro. Porém, apesar das prováveis rejeições a uma publicação terem tomado forma em meu pensamento, apresentei o meu copião do texto a algumas editoras do Rio de Janeiro, apenas para confirmar aquilo que já havia pressentido: as incômodas e depreciativas negativas.

Anos depois (de 13 de outubro de 2009 – dia em que expus o primeiro capítulo para o conhecimento do leitor que se interessasse em lê-lo – até 07 de dezembro de 2009: trigésimo capítulo), com o advento da Internet, passei a publicar a referida narrativa em meu Blog Caffe Com Litteratura (infelizmente, trechos longos para Internautas apressados). Posteriormente, refiz trechos do texto, por ocasião das eleições de 2010, em meu outro Blog, o NeuMac, agraciando os leitores afins com pequenos parágrafos, os quais visavam produzir uma interação entre o texto anterior e a realidade das eleições daquele ano que, Graças a Deus! e aos Eleitores Conscientes!, elegeu a Senhora Dilma Rousseff como Presidenta do Brasil. Essa dádiva de revitalizar o texto e republicar alguns pequeninos trechos só foi alcançada pela possibilidade de um assunto do passado interagir positivamente com as propostas políticas relacionadas ao Governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva que, àquela altura, já estava se despedindo do cargo e anunciando o seu apoio à eleição da Senhora Dilma Vana Rousseff. O imperioso desejo de publicação e o consequente ato de acionar a mesma resultaram da grande motivação produzida pela visitação dos Leitores aos meus blogs (mantidos, diga-se de passagem, com os meus próprios e parcos recursos financeiros, pois os mantenho sem precisar de proteção financeira exterior, contando apenas com o indispensável e amoroso e gratuito amparo técnico de meu filho Alexandre Machado).

Por todos esses motivos apresentados aos meus Leitores constantes e aos eventuais, envio-lhes todo o meu carinho e estima! Mas como já constatei por experiência própria que os Internautas-Leitores não têm o hábito ou o tempo suficiente para procurar os arquivos antigos dos Blogs visitados, apresento-lhes hoje um pequeno trecho da narrativa original de Odisséia Maria. O excerto da referida narrativa, hoje aqui postado, foi escrito em 1999 no dia dedicado aos Reis Magos. Assim, embalados pela mágica da busca empreendida pelos Sábios Astrólogos, seguidores da Estrela de Belém, convido-os (os que estão chegando agora) a apreciarem alguns trechos ou capítulos desta minha mágica Odisséia Literária do Final do Século XX e Início do Século XXI, na qual depositei preciosas informações daquele momento histórico do Brasil. Para facilitar-lhes a busca, acessem o meu Blog neuzamachado.blogspot.com e caffecomlitteratura.blogspot.com. Ali, Vocês, Internautas-Amigos que me honram com suas leituras, encontrarão os capítulos que os levarão gradativamente ao conhecimento da narrativa completa.

Eis o trechinho hoje aqui apresentado em homenagem aos Reis Magos:


TRECHO DE MINHA NARRATIVA ODISSÉIA MARIA:

“... mas, como eu ia dizendo, retomando este fio de Ariadne Aracnídea do Novello Enrolado – o fio precioso da princesa divina da Mitologia do Ontem –, lá vou eu, Ana Odisséia Ulissíada dos Mil Dias de Amor, mas nunca serei a rainha da Inglaterra, não senhor!; neste 06 de janeiro de 1999, dia dos Reis Magos, aqueles mesmos reis que homenagearam Jesus no dia de seu nascimento, os Benditos Astrólogos do Oriente Otomante, eles previram o nascimento incomum e seguiram o rastro da Estrela D’Alva Brilhante, e os cristãos de hoje rejeitam a Astrologia Actuante, no entanto, a Bíblia Cristã exalta os Magnificentes Astrólogos do Oriente Brilhante, eles viajaram, vindos das terras distantes, eles homenagearam o Menino e a Sagrada Família com dádivas preciosas, azeite, incenso e mirra, há dois mil anos atrás, na Gruta de Belém em Jerusalém; lá vou eu, neste 06 de janeiro de 1999, com o Sol em Capricórnio mui favorável, apesar do temporal violentíssimo no Rio de Janeiro, de volta para o meu aconchegante micro-apartamento de bicho da seda na Tijuca Retumbante Rebombante e Fascinante; lá vou eu, Odisséia-Luzia-Mulher-Destemida, singrando esses ares poluídos nunca dantes navegados por nenhum foguete interplanetário de carreira, ansiosa por chegar a um aeroporto por certo seguro e sem poluição sonora e ambiental, imersa nos milhões de pensamentos heróicos das heroicidades diárias, atravessando novamente a Ponte Rio-Niterói dos Fascinantes Sonhos Ousados, agora em sentido contrário, sim senhor!, sonhando com o Almirante Guillén dos Mares do Norte, desconhecido atilado e ousado Almirante, preenchendo minhas fantasias senis; lá vou eu, de volta para o futuro, vivendo o dezembro de 1999, quando todas as previstas mudanças serão bem vindas, amorosas e sociais, quando virarei a página do passado encantado, para entrar no ano 2000 com o pé direito em direção a um interessante futuro dinâmico, sabendo que horizontes luminosos brilhantes estarão se abrindo para mim; em dezembro de 1999, Plutão continuará em Sagitário; Marte, Netuno e Urano em Aquário; Mercúrio Voante em Sagitário Alargante, meu signo do coração jovial; Saturno Severo estará em Touro Moureante, retrógrado, mas sempre actuante; Júpiter Troante em Áries Rompante; e Vênus Bellíssima Dama Vermelha em Escorpião, passando para Sagitário Praláde Mandão no primeiro dia do ano 2000 do Calendário Cristão; Vênus Madrinha de Nascimento neste dezembro futuro estará em Escorpião Pensador, e eu estarei novamente comemorando a passagem do anno com a família; ou, talvez!, em Paris das Histórias Super Românticas, assistindo feliz a passagem do Ano Assinalado do alto da Torre Eiffel, jogando confete no povo animado, tomando champanha e degustando caviar Sevruga, distribuindo gorjetas em euro, a recente moeda do século, em Paris...

(A moeda Euro foi anunciada para o Mundo no início de janeiro de 1999 e no mesmo momento foi registrado o acontecimento nas páginas desta minha narrativa Odisséia Maria)