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segunda-feira, 14 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E UM, UM DEMANDAR BEM COMUM

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO ANNO SESSENTA E UM, UM DEMANDAR BEM COMUM

NEUZA MACHADO


No Anno Sessenta e Um
Do Vinte da Danação,
Um “Demandar” Bem Comum
Sacudiu a Bell Nação.

Pois, o Brasil Alteado
Com a Grande Transformação,
Exibia, no Cerrado,
A Brasília do Acordão...

O Brasileiro Esperançado,
Ouvindo a Música no Tril,
Pensou Que o Destino Zoado
Protegia o Neo-Brasil...

Era Anno de Eleição
Naquelle Tempo Senil,
E o Chamado Neo-Povão
Já Dançava Um Novo Ril...

Pensava Grande, o Povão,
Vendo o Progresso Actuar,
Mas, o Destino Antigão
Prosseguia o Comandar...

Entre os Políticos de Então,
(Será Preciso Explicar???),
Só Tinha Grande Patrão,
Para no Pobre Mandar...

Nas Brigas Entre Jaiões
De Partidos Diferentes,
Não Entravam Pobretões...
Eram Jaiões Imponentes...

(Será Preciso Explicar???),
(Será Preciso Explicar???),
(Será Preciso Explicar???),
(Será Preciso Explicar???),

Qualquer Sigla Que Ganhasse
Não Faria Diferença...
O Pobre Que Se Danasse
Em Seu Viver de Nascença...

Mesmo o Tal do PTB,
O Partido do Paizinho,
Tinha Pouquinho ABC
Em Favor de Pobrezinho...

Foi Um Partido Criado
Para Acalmar o Povinho,
Pois o Getúlio, Alertado,
Previu Um Novo Tempinho...

Depois da Segunda Guerrona,
O Mundo Estava a Mudar...
E o Povo, Em Gran Maratona,
Podia Tresvariar...

Assim, no Antigo Brasil,
Dois Partidos a Lutar:
A UDN Mercantil
E o PTB Popular...

Naquelle Meado do Segre
(O Vinte da Maldição!),
Só Tinha Estorinh’Alegre
Para Iludir o Povão...

Mas, Neste Demandarzinho,
Quem Narra Deseja Contar
Quomo o Voto do Paizinho
Foi Parar N’Outro Lugar:

Nas Hostes dos Mercadores
Havia Um Médio-Joon
Da Classe dos Professores
Fazendo Sembrante Boom...

Candidato da UDN,
Com Parolar Sedutor,
Pois, Com Discurso Solene,
Iludiu o Sofredor...

Um Candidato Truão,
Achando-se Inteligente...
Pois Não Sabia, o Parvão,
Que o Assento Era Um Dormente?...

Muito Fácil de Tirar,
Se Ell’ Fosse Presidente
Com Tendência Popular
E Preocupado Co’o Inocente?...

E Foi Isto o Que Ocorreu
Com o Jânio da Gran Vassoura,
Por Se Sentir Corifeu
De Ideais em Canoura,

Foi Varrido do Partido
Que o Colocou no Governo,
Pois Quomodo Era Sabido,
Agradar ao Subalterno,

Não Convinha aos Neo-Jaiões...
(Não Importando o Partido!...)
Eram Todos Gaviões
A Bicar no Sem-Vestido...

E o Jânio Venceu o Pleito...
(Com a Ajuda do Afilhado
Do Bom Getúlio Direito:
O João Goulart, Mui Amado!)

Sobre a História da Vassoura,
A Que Narra Afirma Agora:
Tal História Não Desdoura
O Jânio, Daquella Hora...

Ele Pensou no Povão
Que Enganado Vivia...
Quis Varrer o Gran Lixão
Da Cortesia Vadia...

Quis Varrer a Corrupção
Que no Brasil Se’Alastrava...
Esqueceu o Gran Truão
Que a UDN é Quem Mandava...

Pensou o Grande Maestro
Ser do Grupo Vencedor...
Mas Na Hora do Sequestro,
De Negarem o Seu Valor,

O Partido, o Lado D’Ele
Que a Eleição Comandou,
Foi Justamente Aquelle
Que a Primeira Pedr’Atirou...

O Povinho Acreditou
Na Vassorada’Importante,
Mas, a Elite Não Timbrou
Aquelle Grande Rompante...

Não Sabia o Professor
Que Partido de Gigante
Será Sempre o Opressor
De Pobre Sem Comandante?...

Pensou o Semi-Jaião
Que Estava a Ajudar o Povo,
Mas, a Sua Média’Acção,
Incomodou o Papa-Ovo...

O Serpentário da Elite
Não Aprovou Varreção...
A Fina-Flor-Dinamite
Queria a Corrupção...

A Sua Grande “Demanda”,
Não Teve Sucesso, Não!...
Oito Meses na Comanda
Foram Demais P'ra o Jaião!...

Em 25 de Agosto,
Do Mesmo Anno Em Questão,
Renunciou ao Gran Posto
De Chefe da Neo-Nação...

Pensava Ele, Coitado!,
Que o Povo o Abraçaria,
E Que, Em Trono Mui Dourado,
Muito Tempo!, Reinaria...

O Que Houve, Realmente,
Assim Contava o Paizinho,
É Que o Dicto Cujo Presidente
Se Coligou Co’o Povinho...

Homenagem ao Che Guevara...
Ligações Co’o Comunismo...
E Muito Mais!, na Apara,
Levou-o ao Ostracismo...

A Direita do Brasil
Tinha Arauto Papa-Ovo...
E o Gran Destino Senil
Mandava Ainda no Povo...

O Porta-Voz Tumultuoso
Estava Activo na Pista,
E Em Discurso Clamoroso,
Acusou-o de Golpista...

Assim, Colocado à Margem,
Não Recebeu a Benção
Dos Jaiões da Coligagem...
E Nem Mesmo do Povão...

O Povão da Gran Coragem
Preferia o Vice, Amado!,
O Jango da Irmandade,
Do Getúlio, o Afilhado...

No Coligado Falado,
Da Dicta Governação,
O Vice Foi Enganado,
Ficou Co’o Prato na Mão...

Pois N’Um Golpe Declarado,
Não o Deixaram Governar...
Mas, Isto é Caso Dobrado
Para Um Outro ReContar...

Só Para Você Se Lembrar
Do Princípio do Acordão,
A Eleição Popular
Enganaria o Povão...

O Jânio, Médio-Jaião,
Com Paternidade Firmada,
Foi Aceito no Salão
Da UDN Elitizada...

Um Defensor Populista
E Um Vice de Sesmaria...
Para a UDN Elitista,
Era o Que Ela Queria...

Depois do Caso Passado...
Da Eleição Promovida...
O Governo Golpeado...
E a UDN na Lida...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra o Acontecido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Perdido...

Os Dias DesGovernados...
As Angústias do Povão...
Todos!... Serão Relatados
Na Próxima Capitulação.

sábado, 12 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O INÍCIO DO SESSENTA DO VINTE SEM ÁGUA-BENTA

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O INÍCIO DO SESSENTA DO VINTE SEM ÁGUA-BENTA

NEUZA MACHADO


Era o Tal Anno Sessenta
Do Vinte da Danação,
De Muita Guerra Cruenta
Em Cada Canto do Mundão.

E o Brasil Assoberbado
Com a Grande Transformação:
Brasília, Lá no Cerrado,
Brilhando na Amplidão...

Todos Muito Apressados
P’ra Finalizar o Acordão,
Cinco Anos Já Passados,
Depois, a Inauguração...

E o Juscelino Afobado
P’ra Terminar a Gestão
Com Dinheirão Emprestado,
Provindo de Outra Nação...

E o Brasil, Já Maquiado,
P’ra Finalizar o Segrão,
O Sec’lo Mal Humorado,
O Vinte da Danação.

Muita Guerra no Global
P’ra Dominar o Fraquinho...
Um Outro Reino Bructal
Querendo Reinar Sozinho...

E Quem Narra Esta Demanda,
Adolescente a Brincar,
Sem Saber Que Triste Banda
Iniciava Um Ruflar...

O País Em Belle Époque,
Com Movimento Viril...
Juscelino, Com Um Toque,
Movimentando o Brasil...

E Quem Narra, Adolescente,
Sonhando Bell Infançoon...
E o Jânio, Neo-Influente,
Fazendo Sembrante Boom...

E Neste Dezembro, o Sexto
Dia do Último Mês,
Do Onze, Mês Muito Lesto!,
Vou Contar, Para Vocês!,

Quomo Foram os Oito Meses
De Vendaval e Tormenta,
E os Inúmeros Reveses,
Naquelles Annos Sessenta,

Do Governo Que Assumiu
Às Rédeas do Neo-Progresso
Do Grandioso Brasil
(Mas Promoveu Retrocesso!):

O Governo do Jaião,
Ou, Melhor, Semi-Divino,
Com o Nome Brilhantão
De’Um Antigo Deus do Destino...

O Janus da Porta’Alada
A Abrir Um Novo Anno
(O Sessenta e Um Sem Nada),
Ou Jânio do Desengano...

O do Discurso Empolado,
A Fazer Sembrante Boom,
Promessas de Um Enrolado
Promotor de Neo-Gestoon...

Promessas de Um Convincente
Que Desbancou o Divino:
O Marechal, Influente
Protector do Juscelino...

A Que Narra, Vai Contar
O Que Seu Pai Lhe Contou...
(O Herdeiro de Gran-Solar,
Mas Que Pobrim Se Finou...).

N’Um Dia do Mês Outubro,
Em Tempos Que Longe Vão,
O Neo-Povão, Muito Rubro!,
Elegeu Médio-Jaião.

O Jânio da Silva Quadros,
Por Parte de Mãe, Um Silva,
Dos Mui Desmoralizados
Pel’a Elite do Consilva,

O Consilva, o Gran Major
Que Destronou o Augusto,
Mas, Com Sobrenome Menor,
Criou Um Escol Vetusto...

(Uma Elite Brasileira
Sem Nobreza Neo-Firmada,
Que Se Acha Altaneira,
Mas Que, no Fim, Não é Nada...

Se Vasculharem o Sangue
Desta Elite Avantalhada,
Que Se Diz de Puro-Sangue,
Verão Que é Pura Fachada).

Mas, o Jânio, Médio-Jaião,
Com Paternidade Firmada,
Foi Aceito no Salão
Da UDN Elitizada...

Um Defensor Populista
E Um Vice de Sesmaria...
Para a UDN Elitista,
Era o Que Ela Queria...

Depois do Caso Passado...
Da Eleição Promovida...
O Governo Golpeado...
E a UDN na Lida...

Assim Contava o Paizinho
Da Que Narra o Acontecido...
Dizia o Bom Velhinho
Que Seu Voto Foi Perdido...

Ele Votou no Afilhado
Do Getúlio Bom-Paizão
E no Marechal Afamado
Para Chefe da Nação.

Mas o Seu Voto Bem Dado
Foi Parar Em Outra Mão,
Na Mão do Gran Coligado
Do Jânio do Vassourão...

A História da Vassoura,
Ao Leitor, Peço Perdão!,
Por Precisar de Salmoura,
Por Ora, Não Conto não!

A História do Reinadinho
E do Grande Vassourão,
Relatarei Direitinho
Na Próxima Capitulação
.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM ELEIÇÃO ORQUESTRADA, O VICE GANHA A PARADA

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - EM ELEIÇÃO ORQUESTRADA, O VICE GANHA A PARADA

NEUZA MACHADO


Neste Dezembro, o Primeiro
Dia do Último Mês,
Do Onze Já Passageiro
Para o Doze Mais Cortês,

A Que Narra o Demandão
D’Aquelles Annos Funestos
Do Decênio Sessentão,
Dos Grans Discursos e Gestos,

Vai contar ao Gran Leitor
De Um Futuro Mui Remoto,
Quomo Foi a Veira Dor
Do Gran Povão Ignoto.

Um Povão Que Só Servia
P’ra Votar Em Eleição,
Depois do Voto, Se Via
Com a Escudela na Mão.

Um Povão Mui Mal-Querido
Pel os Jaiões da Nação,
Que Só Percebiam o Oprimido
Em Época de Eleição.

E nos Tais Dias Corridos,
Antes da Votação,
Os Pobres Mui Mal-Vestidos
P’ra Votar Com Galhardão,

Nos Dias da Conjuntura
(As Prévias da Enganação),
Sem Ter Em Casa Fartura,
Ganhavam Melhor Refeição.

E Quando o Dia Chegava,
O Tal Dia da Eleição,
O Povo Todo Marchava
P’ra o Local da Votação.

Iam Todos Espremidos
No Caminhão do Patrão,
E nos Corpos Desnutridos
Os Vestígios da Inação.

Brasilerins, Mui Sofridos!,
Votavam Pelo Guião,
P’ra Eleger o Preferido
Candidato do Patrão.

Depois de Tudo Passado,
Voltavam à Escravidão,
Muito Trabalho Pesado
E Pouco Dinheiro na Mão.

Assim, nos Annos Cinquenta,
Aventou-se Um Transformar,
Anúncio de Vida Benta
Para o Pobre Festejar.

E o Juscelino Graduado
A Ganhar a Eleição,
Com a Ajuda do Afilhado
Do Getúlio, Bom Paizão!

Cinco Annos Mui Dourados,
Gran Progresso e Inflação,
Os Grans Jaiões Enricados
E o Pobre Sem Um Tostão.

E a Brasília-Capital
A Brilhar no Mundo Inteiro,
Muita Festa no Pombal
Do Pobrezim-Brasileiro.

E no Dia Trinta e Um
De Um Outro Dicto Janeiro
Do Anno Sessenta e Um
Do Decênio Encrenqueiro,

Um Semi-Jaião Ganhou,
Em Eleição Nacional,
O Sufrágio de Quem Votou
No João Goulart Maioral.

Naquelle Tempo Potente,
Foi Eleição de Horror,
Ganhou Para Presidente
O Candidat’Opositor.

E o Vice, do Outro Lado,
Na Anterior Situação,
Era o Jango, Muito Amado!,
Pelo Pobrim da Nação.

E Foi o Jango-Afilhado
(O Vice do Anterior),
Que, Em Novo Passo Dado,
Deu Vitória ao Professor.

Ao Professor Jânio Quadros,
Um Quase-Quase Corifeu,
Pois Com Poucos Votos Dados,
A Gran Peleja Venceu.

O Que Aconteceu, de Verdade!,
Bote Fé na Contação!,
É Que o Pobrim da Humildade
Votou Com Fé no Irmão:

O Jango do PTB,
O Partido do Povão,
E Para Evitar Fuzuê
Com o Dicto Feroz Patrão,

Elegeu o Professor
Do Partido-Oposição,
Para Ser o Gran Senhor
A Governar a Nação.

E o Marechal, Gran Jaião,
Divinado-Assinalado
Para a Tal Coligação
Com o Partido do Espectrado,

Tendo o Jango Como Vice,
No Dicto Gran Coligado,
Em Meio a Tanta Sandice,
Perdeu o Eleitorado.

O Dicto Povim-Ruão
Levou Voto Preparado
Pelo Senhor Seu Patrão,
Que Montado Em Seu Costado

Indicou a Direcção
Do Votar Bem Combinado,
Sabendo, de Antemão,
Que o Jango Era o Apreciado

Do Povão Desmerecido
E Só Pelo Jango, Amado!
Um dos Dois, Ambos Ungidos
Quomo Chefões Esperados,

Enganariam os Sofridos.
E Naquelle Passo Dado
Venceria o Gran Ungido
Da Elite, o Mais Cotado

Pra Presidir o Terral.
(A Terra da Promissão
Do Sancto do Gran Sonhado,
Com Muito Leite, Mel e Pão,

P’ra Suprir o Estrangeirado,
Os Que Comandavam a Nação
E o Brasileirim Mal-Amado,
Bem Longe, Em Outro Chão,

Os do Falar Enrolado
Do Governo Exterior
Mandando Pra Todo Lado,
Sujeitando o Provedor

De Riqueza Não-Suada
A Um Tempo de Gran Dor
Por Ver a Terron’Amada
Submissa ao Explorador).

Assim, Um Novo Enrolar
A Perturbar o Roteiro:
Outra Eleição “Exemplar”
Na Vida do Brasileiro.

A Eleição do Professor
Foi Muito Bem Orquestrada,
Se o Jango, o Vencedor,
Ganhasse a Vice-Empreitada,

Subiria no Gran Pódio,
Mas Não Mandaria Um Nada,
Pois o Tal Gran Episódio
Era Uma Farsa Montada.

O Povo Votou no Jango
P’ra Ser Vice-Opositor,
E Por Miséria de Um Mango,
Votou no Jaião-Professor.

Mas o Reinad’Orquestrado
Durou Pouco, Meu Leitor!,
Oito Meses, Mal-Traçados!,
Encucaram o Professor.

Mas, o Historial do Reinado
Do Jânio do Vassourão,
Continuará Relatado
Na Próxima
Capitulação.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - JK: LIVRE-ARBÍTRIO EXPECTANTE NO DECÊNIO ATRIBULANTE

NEUZA MACHADO






A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - JK: LIVRE-ARBÍTRIO EXPECTANTE NO DECÊNIO ATRIBULANTE

NEUZA MACHADO


Nesta “Demanda-Graal”,
Do Livre-Arbítrio Expectante,
Revendo o “Destino”, Veiral!,
De Um Decênio Atribulante,

O Sessentão Desregrado
(Um Vei-Momento Horroroso),
A Que Narra o Atribulado,
Repensa o Esperançoso:

O Povão do Gran Brasil,
Já Prevendo Mui Maná,
Depois das Mudanças-Mil
Do Governo Jota Ka.

Mas o Maná Desejado
Pelo Povão Brasileiro,
Naquelle Instante’Azarado,
Perdeu-se no Nevoeiro,

Um Nevoeiro Aviltado,
Era do Bronze, Terrível!,
Repondo o Esperançado
No Vei-“Destino” Exequível.

Nos Quatro Annos Primeiros
Do Decênio Sessentão,
Os Politicantes Guerreiros
Deram Impulso à Confusão.

Os Annos Que Vieram Depois,
Era do Ferro Abrasado,
Do “Destino” Vei-Algoz
A Mandar no Espectrado,

Deixaram o Dicto Povão
Completamente’Assustado,
Sem Receber a Benção
Do Livre-Arbítrio’Esperado.

Neste Dois Mil e Onze,
Do Onze, Um Dia 30,
A do Narrar Verde-Bronze,
Desvendando Veira Tinta

Do Historial, Mal Contado
Pelo Poder do “Destino”,
Querela de Elitizado
Dominando o Pequenino,

Pede Perdão ao Leitor
Desta “Demanda” Actual,
O Narrar da Veira Dor
Escorrerá do Graal.

Há Ainda Muita Lenha
Pra Mover a Neo-Caldeira
D’Aquelle Período-Brenha
Dos Annos da Vei-Canseira,

Tais Annos Pedem Passagem,
Neste Neo-Anunciado,
O Período da Voragem
Precisa Ser Relatado.

Os Governos Empossados,
Nos Quatro Annos Funestos
Dos Discursos Inflamados
E dos Largos Grandes Gestos,

Das Denúncias Orquestradas,
Enganando o Povaréu,
Por Certo!, Serão Relatadas,
Não Se Perderão no Escarcéu.

O “Destino” Antiquado
Deixou o Povão Rendido,
O Pobrizim Foi Domado,
Sem o Livre-Arbítrio Querido.

A Fase de Mui Desgosto
Do Decênio-Sessentão,
Será, Bem Triste!, Exposto
Na Próxima Capitulação.

domingo, 6 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - HISTÓRIA DICTA SEM GLÓRIA NENHUM POBRIM REGISTROU

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - HISTÓRIA DICTA SEM GLÓRIA NENHUM POBRIM REGISTROU

NEUZA MACHADO


Um Certo Trecho da História,
O Paizinho Não Contou...
História Dicta Sem Glória,
Nenhum Pobrim Registrou...

Em Briga de Neo-Jaiões,
O Pobretão Não Entrou,
E Se Entrou, Mil Perdões!,
Foi Ele Que Se Lascou!

Desse Tempo, Mui Sombrio!,
Este Narrar, Fala Não!,
O Caso Causa Arrepio:
Ainda Há Assombração.

Deixa o Dicto Desvio
Por Conta do Neo-Povão,
Que Acenderá o Pavio
Da Vela da Comoção.

O Tal Tempo Revoltoso,
De Prisão e Punição,
O Governar Desairoso
Não Ficará Impune, Não!

O Instante Tenebroso
Que Maculou a Nação,
Ficará Quomo Horroroso
Momento de Transição.

Será Visto e ReVisto
Pelo Leitor Neo-Povão
No Gran Futuro, Previsto
Em Tempos Que Longe Vão...

Foi Governança Malvada,
Rectorno ao Medieval,
Uma Fase Mui Mal-Contada
Na História Oficial

Dos Vinte Annos da Comanda
Do Governo Militar,
A Que Narra a Neo-Demanda,
Lamenta, Não Vai Falar!

Jovenzinha Casadoira,
Estava Presa no Lar
Tomando Chá de Erva-Moira
E Vendo a Vida Passar...

Por Isso, Não Fala Não!...
O Que Souber Repensar,
Repensará a Questão
E Saberá Quomo Julgar...

Ao Leitor Desta Demanda,
Não Custa Nada Avisar:
Suba Em Uma Boa Anda
E RePense o Cogitar...

Só P’ra Você Se Lembrar
Do Motivo Principal
Deste Novo Demandar
Em Prol De Um Brasil Maioral:

Naquelle Tempo de Então,
Para o Rico... Mui Maná!...
Só Mandava Gran Jaião...
O Pobrim... Ao Deus-Dará!...

Sobre a Continuação
De Veira História Sem Ar,
No Noventa, O Vei-Jaião
Continuou a Mandar...

Os Dias DesGovernados
Que Destruíram a Nação...
Todos!... Serão Entrançados

Na Próxima Capitulação.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NA ÀGORA, O POVAROTE DEFENDENDO A CAMELOTE

NEUZA MACHADO



A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NA ÀGORA, O POVAROTE DEFENDENDO A CAMELOTE

NEUZA MACHADO


Mas o Dicto Desmoronado
Da Estrutura da Nação,
Já Estava Bem Riscado
Naquelle Abril do Acordão.

Os Cinco Annos Prometidos
A Valer Por Uns Cinquenta,
Embromou os Sem-Vestidos
Com Sancta Promessa Benta.

E a História da Gran Glória
Da Construção de Brasília,
Será Por Certo! Notória
– Isto Afirma a Boa Filha! –

A Glória Muito Ajudou
Aos Jaiões da Gran Nação,
Mas o Povinho Ficou
Com a Escudela na Mão.

Os Cinco Annos Traçados
Nos Planos do Gran Jaião,
Com Edital Bem Lançado
Naquelle Anno Brilhão,

Com o Projecto Bem Bolado
Pelo Lúcio, o Vencedor,
As Construções do Assinado
Obtiveram Valor...

E o Costa Foi Laureado
Quomodo Gran Construtor,
Seu Projecto Admirado
No Mundo Superior...

E Outros Jaiões Gloriosos
Brilharam na Construção,
Todos Ficaram Famosos,
Cada Um Com Seu Galão...

E do Lado, Separada
Da Cidade-Capital,
Uma Aldeia Foi Fundada
Para o Pobre Espectral...

Separação Consentida
Pelo Ingênuo-Povão,
Sem Saber Que a Dura Lida,
No Trabalho-Construção,

Era Matéria Perdida
Para os Dictos Sem-Pão,
A Brasília, Construída
Com o Suor do Peão,

Só Deu Glória Instituída
E Um Grande Dinheirão
À Elite Convencida,
Descendente de Patrão.

Em 21 de Abril
De Um Anno Muito Encrencão,
O Sessenta, Mui Senil!,
Do Vinte, Sem-Direcção!,

O Mundo Inteiro Assistiu,
Com Desmedid’Atenção!,
No Centro do Gran Brasil,
A Festa-Inauguração

De Brasília-Camelote,
Com o “Rei” e Seu Chapéu,
Na Ágora, o Povarote
(O Pobre Povo Sem-Véu).

No Trono, o da Grande Sorte
De Ter Anjo-Protector,
Defendendo o Camarote
De Um Eleito do Senhor.

O Pobrinho do Nordeste
Se’Aclimatou em Brasília,
Para a Cidade-Satélite,
O Pobre Levou a Família...

E o Palácio do Catete,
No Bell Rio de Janeiro,
Perdeu o Gran Minarete
De Alcácer Mui Altaneiro...

O Rio Perdeu o Grado
Do Comando Brasileiro,
E o Povão Ensolarado
Se’Encolheu Em Seu Viveiro...

Foi Este o Desmoronado
Da Estrutura da Nação:
Pois o Grande Passo Dado,
A Grande Transformação,

Trasladando o Gran Reinado
Para o Centro do Torrão,
Remexeu Com o Mal-Formado,
Já Nascido Capengão

(O Terral Especulado
Pelo Senhor-Colonão),
Pois o Tempo Gloriado
(Os Cinco da Construção),

Deixou o Bolso Furado,
O Bolso da Gra’Nação,
E o Pobrizim Mal-Amado,
Sem a Dicta Redenção,

Se Finou Com o Mui Minguado
Salário da Ocasião,
E o Mais-Pobrim, Renegado,
Foi Jogado no Lixão.

O Ápice de Um Gloriado
Sem Muita Sustentação
Desmoronou, Endividado,
A Pressionar o Povão.

Cada Acto do Escolhido
Para a Tal Transformação
Permaneceu, Bem Nutrido!,
Na História da Nação.

A Criação de Brasília,
Mesmo Com o Tal’Estrondado,
Autenticou a Planilha
Para Um Novo Eleitorado,

Que Surgiria Depois
Do Sonho Realizado,
Vencendo Um Período Atroz
Que Será Sempre Lembrado.

Aquelle Foi o Alimento
Que Sustentou o Brasil
Durante o Tempo Cruento
Que Veio Logo no Tril.

Mas o Período, Depois,
Já Passou – Um Furacão –,
Governança de Algoz
Do Tempo da Inquisição,

Já Não Manda Mais na Gente
Deste Grande Brasilzão:
Agora, o Povo ’Stá Contente
Com a Nova Direcção.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - ANDANDO DE BICICLETA NO SONHO DO GRAN PROFETA

NEUZA MACHADO


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - ANDANDO DE BICICLETA NO SONHO DO GRAN PROFETA

NEUZA MACHADO


Naquelle Tempo de Então,
Um Tempo Que Longe Vai,
A Que Narra, Com Emoção!,
O Narrar do Veiro Pai,

Andava de Bicicleta
Nas Ruas de Carangola,
Uma Cidade Discreta
De Minas, da Vei-Parola.

Andava de Bicicleta,
Sem Pensar no Amanhã,
Uma Vidinha Correta
De Menininha-Aldeã.

Saia da “dos Romanos”,
Ruazinha Sem-Igual!,
Sem Pensar nos Grans Tiranos
Do Politicar Nacional.

Na Gran “Magalhães Queirós”,
Ruazona de Polaco,
Passava, Muito Veloz!,
Frente ao Posto da Texaco.

Em Sua Vida Infantil,
A Pobre Não Viu Primeiro
Que os Mandantes do Brasil
Provinham do Estrangeiro.

A Rua Toda Exalava
O Poder do Gran Patrão,
A Texaco Oficiava
Naquelle Tempo de Então.

O Petróleo Brasileiro,
Naquelle Tempo Aleivão,
Já Tinha o Gran Forasteiro
Tirando-lhe Um Bom Quinhão.

Naquelles Annos Cinquenta
No País da Redenção,
O Pobrim da Vei-Tormenta
A Esperar ReNovação.

E a Que Narra a Pedalar,
Na Bicicleta de Então,
Nas Asas do Bom Sonhar,
Sem Medo de Assombração.

Era o Anno Cinco Seis
Do Vinte Desafinado,
E a Profecia se Fez
Em Sonho Santificado:

Anno Que Começou
O Governo Em Ascensão,
Daquelle que Aproveitou
O Sonho do Sancto João.

O Sonho do Gran Profeta
Do Mundo Dicto Cristão,
Um Profeta Neo-Asceta
Com o Dom da Previsão.

Pois o Profeta Previu
A Terra da Promissão,
No Centro do Gran Brasil,
Com Muito Ouro e Carvão,

Minérios e Pedras Mil,
Petróleo em Profusão,
Uma Terra Sem Ardil,
Mui Propensa à Mansidão.

Um Sonho Com Muita Luz:
A Neo-Terra Prometida
Ao Gran Povo de Jesus
Que nos Baixios da Vida

Carregava Grande Cruz,
Enfrentando Fome e Frio,
Sem Casaco, Sem Capuz,
Em Seu Viver Mui Sombrio.

Na Sancta Folha Cristã,
O Sonho Foi Registrado,
Demarcando o Amanhã
De Um País Muito Dourado.

O Sancto Bosco Sonhou
Um Sonho-Revelação
E o Sancto Pai Rubricou
O Sonho do Sancto João.

E o Juscelino ReNovou
O DesMedido Sonhão,
E ao Gran Sancto Dedicou
A Capital da Gran Nação.

A Lua Cheia Reinava
No Anno 56
E o Pobrim Já Venerava
O Sonhador de Novas Leis.

A Lua do Sonhador
Da Gran Tribuna-Holofote...
Do Dicto Gran Construtor
De Brasília-Camelote...

E a Presidência Passou
Para as Mãos do Superfino,
O Que’Amplas Metas Sonhou
O Gran Jaião Juscelino.

E a História Agora Começa
Em 31 de Janeiro,
Com Governança Tripeça:
Além do Vice, o Escudeiro.

Um 31 de Janeiro,
Por Certo!, Abençoado!
Reservado ao Padroeiro
Do Sonho Mui Bem Sonhado.

Dia da Sancta Morte
De Dom Bosco, o Pré-Vidente,
O Que Doou Boa Sorte
Ao Jota Ka Presidente.

No Anno 56,
Em 31 de Janeiro,
Iniciou-se o “Já Podeis”
De Um Brasil Bell-Altaneiro.

Assumiu a Presidência
Um Gran Mineiro Afamado,
Com a Ajuda da “Eminência”
E do Goulart Mui Amado,

E A Narradora Pedalando
Em Narrar Continuado,
A História, Repensando
P’ra Não Perder o Amarrado...

No Anno Cinquenta e Cinco,
O do Mercúrio Esquentadão
(O Que Tinha a Chave e o Trinco
de Um Portal-Transformação),

Em Um Quatro de Abril
Do Tal Anno Assinalado,
Em Comício Mui Febril
Do Coligar Ajustado,

Juscelino Bell Falava,
Prometendo Muit’Acção,
Com Muito’Empenho Buscava
O Apoio do Gran Povão.

Do Povo de Jataí,
Cidade da Convenção,
Um Lugar Longe D’Aqui,
Em Goiás, Médio-Centrão.

Mercúrio Já Começava
A Mexer no Gran Chavão...
E a Platéia Delirava
Com o Discurso do Jaião...

Um Parolar Grandioso
Com Promessa-Mutação:
Fazer do Brasil Idoso
Uma Novinha Nação.

Se Eleito Governante,
O Progresso Chegaria
Àquelle Lugar Distante,
Perdido na Periferia.

Em Meio às Horas Solares,
Às Vésperas, Um Assuntou,
Era o Toniquinho Soares
Que ao Gran Líder Perguntou

Sobre o Projecto Sagaz
Da Demanda’Imperial:
A Construção em Goiás
Da Sonhada Capital.

E o Jaião Pegou no Ar
A Demanda Imperial,
E, Sem Um Pestanejar!,
Prometeu a Capital.

No Dia Quinze Seguinte,
Já Com o Projecto Legal,
Demarcou-se, Com Requinte!,
O Local do Gran Sinal.

Ali Já Se Confirmava
O Êxito da Eleição,
A Coligação Já Mandava
P’ros Quintos, a Oposição.

E o Pobrinho Miudinho,
Em Minas da Tradição,
A Ouvir no Neo-Radinho
As Notícias do Acordão.

E a Que Narra, ’Inda Menina,
De Bicicleta, a Andar,
U’a Menina Traquina
Que Só Sabia Sonhar.

Mas, Hoje, Uma Boa Filha!
Apresentando a Grande Glória
Da Construção de Brasília
(O Outro Lado da História),

Relatada Por Quem Viveu
O Momento-Transição,
Mas Que Nunca Conheceu
A Valorização do Povão.

Mas a História do Prodígio
Do Precursor Genial,
Levando o Voto-Lictígio
Para o Planalto Central,

Do Que Driblou o Incréu
Com Promessa Sem-Igual,
Prometendo Um Novo Céu
Para o Pobrim-Espectral,

Pois o Dicto do Estrondado
Da Estrutura da Nação,
Será, Por Certo!, Apresentado
Na Próxima Capitulação.