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sexta-feira, 30 de abril de 2010

15.10 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: PARADA DE QUINZE MINUTOS NA CIDADE DA PRINCESA LEOPOLDINA

NEUZA MACHADO



15.10 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: PARADA DE QUINZE MINUTOS NA CIDADE DA PRINCESA LEOPOLDINA

NEUZA MACHADO


A parada de quinze minutos,
na Cidade da Princesa Leopoldina,
foi outro Momento Incrível,
de Incríveis Acontecimentos.
A Discípula da Sábia Flamejante
correu para o Toalete
da Parada-Restaurante
do Ônibus Ambulante.
Aliviou-se.
Depois,
foi comprar um cafezinho
de sessenta centavos
(um preço absurdo!).

A Mãe Macérrima
da Menininha Magrinha
já estava tomando
o seu indispensável cafezinho.
Quomodo boa fumante,
a dita Senhora
gastou um dinheirinho,
para comprar
o seu próprio cafezinho.
Em seguida,
durante os quinze minutos
da parada do Ônibus,
fumou três cigarros cancerosos,
acendendo o segundo
na brasa do primeiro,
e o terceiro cigarro
na brasa do segundo.
A Menininha, coitadinha!,
pedia-lhe que comprasse
isto e aquilo,
para ela comer:
“Estou com fome, Mãe!”
E a Mãe respondia-lhe,
com a voz bem baixinha
e os dentes cerrados:
“Cale a boca!, enjoada!,
não tenho dinheiro,
já lhe disse!
E nós já vamos descer
na próxima Cidade!”
(Elas iam descer em Muriaé)

Antes do Ônibus retomar a Viagem,
a Mãe da Menininha foi até ao Bar
e comprou mais um maço
de cigarros cancerosos
e uma caixa de fósforos fogorosos.
Nem o Bhima
e nem a Veneranda
viram se ela comprou algo de comer
para a Menininha Falante
e Muito Magrinha.
Se comprou, eles não viram!
Eles só viram as zangas
e os dolorosos beliscões maternos
nos braços fininhos da Menininha.
“O vício é uma danação!”,
pensaram em conjunto
a Veneranda do Monte da Conceição
e o Bhima Extra-Terrestre Bonzão.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

15.9 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TOALETE MIASMÁTICO COM VASO SANITÁRIO LINFÁTICO

NEUZA MACHADO




15.9 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TOALETE MIASMÁTICO COM VASO SANITÁRIO LINFÁTICO

NEUZA MACHADO


Nesse ínterim,
Durante a Tal Mágica Viagem,
a Veneranda Discípula
da Sábia Sabida
resolveu visitar o
Toalete do Ônibus,
porque estava muito apertada,
querendo livrar-se de um
dos incômodos
que só os Humanos conhecem,
no caso, esvaziar a bexiga,
repleta de urina,
sem que os outros Humanos
que viajavam no Ônibus
a vissem.

Você já deve saber,
os Humanos não são quomodo
os outros animais da Terra Rotunda,
que fazem xixi
e defecam em qualquer lugar,
sem se importar
com os olhares circundantes.

Entretanto,
o Toalete do Ônibus
já estava ocupado.
Quando a moça saiu,
uma passageira da Família Agitada
das Outras Crianças
Saltitantes e Falantes,
um cheiro ruim

-- de cigarro canceroso
e azedume de vômito --
inundou o ambiente fechado
do Ônibus Refrigerado.

A Veneranda olhou e olhou
e o seu estômago revirou.
O Toalete estava todo sujo de vômito
e guimba de cigarro de quinta qualidade.
Coitada!, a Veneranda
não pode fazer seu xixi,
e a bexiga da pobre
estava tão cheia, tão cheia!,
que o Extra-Terrestre Sensível,
conhecedor de todas as expressões
de alegrias ou angústias
dos Seres Humanos,
ficou com muita pena da Velha Senhora.

Cabisbaixa, ela voltou
para o seu assento do momento.
“Não!, não dá para entrar!
Vou esperar!,
e só me aliviarei quando
o Ônibus parar!”
A moça ainda disse:
“Vomitei no banheiro, todinho!”
Uns quilômetros adiante,
a Família Agitada
(com suas crianças indomadas)
desceu do Ônibus,
acalmando assim
a Viagem Transtornada.
“Coitadinha da Discípula!”,
pensou o Bondoso,
“está que não se aguenta,
querendo urinar,
mas terá de esperar
o ônibus parar!”

quarta-feira, 28 de abril de 2010

15.8 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A TOALHINHA PERDIDA E NUNCA MAIS ACHADA

NEUZA MACHADO



15.8 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A TOALHINHA PERDIDA E NUNCA MAIS ACHADA

NEUZA MACHADO


Um outro fato
engraçado aconteceu,
para a alegria
do Solitariozinho,
atencioso espectador
das coisas miúdas
do Mundo dos Homens.

Quando de sua mudança
para a outra poltrona,
a Veneranda perdeu,
no anterior assento,
a sua toalhinha de mão,
um pedacinho de pano
mágico e rosado
e de muita estimação.
A Veneranda deu por falta
da tal toalhinha
e retornou ao assento
de número 39,
para recuperá-la.
Olhou e olhou
e novamente procurou,
mas a tal toalhinha
não encontrou.

A Procurada, magicamente,
já havia passado
para outras mãos,
também, rápidas e mágicas.
A pobre, coitada!,
a Discípula da Sábia!,
voltou ao seu novo assento
e, de lá, perguntou à Mãe Cigarreira
da Menininha Magrinha,
que, naquele momento,
em um abrir e fechar de olhos,
já estava sentada
na anterior poltrona 39
(de onde ela mesma,
Diana Caçadora Valente,
havia saído),
se ela tinha visto a tal toalhinha.

A senhora olhou, olhou,
e novamente reolhou,
com um ar praláde engraçado!,
e nada achou.
Mas, depois,
meio sem-graça, informou
à Veneranda
dizendo-lhe
que a outra Menininha,
que passeara anteriormente
dentro do Ônibus,
dissera-lhe
que a tal toalhinha era dela,
e a levara com ela.
Então, três vezes!!! então,
já era!!!
uma toalhinha bonitinha
de estimação!!!,
que foi parar magicamente
em outras mãos!!!
Será que as mãos mágicas eram
da agitada outra menininha???
Será???

terça-feira, 27 de abril de 2010

15.7 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: AS GLORIOSAS CRIANÇAS DA VIAGEM ENCANTADA

NEUZA MACHADO






15.7 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: AS GLORIOSAS CRIANÇAS DA VIAGEM ENCANTADA

NEUZA MACHADO


Naquele Dia Glorioso,
Gloriosas Crianças iriam também
viajar no Tal Ônibus,
juntamente com suas Famílias.
O cheiro da pipoca mexeu
com os infantis narizinhos,
e com os narizes dos adultos, inclusive.
Já era hora do almoço
e os viajantes ainda não tinham almoçado,
e as crianças sinceras
sentiram o cheiro da pipoca
saboreada pela Veneranda Discípula
da Sábia Sabida Väjira Diamante
da Língua Pali Florida
do Oriente Distante
Uma Terra Garrida.

A Menininha Magrinha,
do outro lado da fileira de poltronas,
falou chorosa e dengosa para a mãe
que estava com fome,
e pediu-lhe pra comprar
“uma coisa pra mim comer, mãe!”
A Mãe da Menininha Magrinha
zangou-se com ela,
e mandou-a calar a boca
e ficar bem quietinha.

A Discípula da Sábia,
naquele momento,
percebeu o tamanho do estrago
que fizera ao comprar
o Tal Saco de Pipocas Cheirosas.
Sacudiu, então,
a sua Bolsa Mágica e Brilhante,
e tirou, lá de dentro,
um saquinho plástico,
colocando dentro dele um punhado
de pipocas cheirosas.
E ofereceu o saquinho
à Menininha Magrinha,
tão engraçadinha!
A Mãe imediatamente
aceitou a oferta,
muito contente,
saboreando também
a pipoca saborosa,
comendo muito muito mais!
que a Menininha Chorosa.

A Mãe da Menininha
não tinha dinheiro para comprar
alimento suculento pra filha,
durante a viagem,
mas portava nas mãos
um maço de cigarros
e uma caixa de fósforos.

Nesse entretanto,
uma outra Menininha,
entre as muitas Menininhas
de uma outra
Grande e Barulhenta Família,
sentiu também o cheiro da pipoca
e disse para a Mãe
Tão Novinha:
“Mãe, tô sentindo um cheiro
de pipoca estragada!
É mesmo!, de verdade!,
pipoca estragada, Mãe!”

A Veneranda Discípula
da Sábia Sabida
riu-se por dentro.
A Menininha queria
a pipoca cheirosa
que não lhe pertencia,
e por isto desdenhou
o cheiro que sentia.
O Bhima riu-se por dentro
também.
Não é que as cenas
se desenrolavam engraçadas,
dentro do Ônibus?!,
enquanto o Tal rodava
veloz e seguro
em direção
ao Futuro Sem-Muro?

A Discípula da Sábia
não teve outro jeito.
Sacudiu a sua
Mágica Bolsa Brilhante,
e retirou lá de dentro
outro saquinho
de plástico transparente.
Encheu o saquinho
com a pipoca cheirosa,
gostosa e quentinha,
e deu-o para a tal Menininha.
No mesmo instante,
uma Chuva de Meninas
Acompanhantes,
irmãs da Tal Menininha,
disputaram com ela
o saquinho de pipocas
fresquinhas.

A Veneranda Discípula da Sábia
se contentou em comer apenas
uma pequena porção de suas pipocas
cheirosas e saborosas.
A maior parte
foi distribuída com as Crianças
que viajavam no Ônibus.
A Veneranda pensou
Com seus botões antigões:
“Nunca mais vou comprar
Sacão de Pipocas de Microondas,
para comer em minhas
Viagens Encantadas”,
pensou e repensou
a Discípula da Sábia Sabida.
“Não se deve oferecer
Migalhas de Alimentos
às pobres Crianças
tão mal-amadas,
coitadas!
É melhor não assanhar
os sentidos olfativos
das Crianças Inocentes”.

A Discípula Esotérica da Sábia
não se conformava por ver
o maço de cigarros nas mãos
da Senhora Macérrima,
que viajava
na outra banda do Ônibus
com sua Filhinha Magrinha.
A Menininha não tinha sequer
um biscoitinho barato para comer
durante a viagem,
mas a Mãe tivera dinheiro
para comprar os cigarros.
“Isto é um absurdo!”,
pensou inconformada
a Veneranda Diana da
Curta Cabeleir’Alada.

Lá pelas tantas,
alguns passageiros desceram,
e a Discípula foi sentar-se
em uma poltrona,
um pouco distante,
no meio do Ônibus.
Não queria olhar
(através de seus Óculos
TriDimensionais
Escuros,
próprios para ver ao redor,
sem que os seus olhos
fossem vistos)
a Pobre Menininha Magrinha,
faminta, coitadinha!,
sorrindo-lhe em sua direção.

Não que a Veneranda
fosse uma Mulher sem coração,
não Senhor!,
mas irritava-lhe o fato
de existirem Mães
que preferiam comprar cigarros
ao invés de alimentos
para os próprios filhos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

15.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO




15.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO


Enquanto aquilo,
o Ônibus Mileum chegou,
e enquanto não,
a Veneranda Discípula da Sábia
foi comprar um Grande Saco
de Pipocas de Microondas,
que custava a bagatela de um real
e noventa centavos.
A discípula planejava degustar as pipocas
durante a viagem.
A Tal, muito conversada e serelepe,
uma Velha muito assanhada,
cumprimentou o Motorista Ariston
e ficou sabendo, ali, naquele momento,
que a Empresa de Ônibus Mileum
vendera as linhas
(as que faziam trajetos para as
Cidades de Minas Gerais)
para uma outra Empresa.
E que, por sinal, aquela Terça-Feira
já era o Terceiro Dia sob
o domínio da Mesma,
porque, desde o Domingo anterior,
a atual proprietária
já havia tomado posse da Frota Mineira,
colocando, desde então,
o seu selo de mando e ação.

A Discípula da Sábia Sabida
(tendo ao seu lado, o Invisível Milenar)
carregando a sua Sacola de Viagem Brilhante
e o saco de pipocas cheirosas e gostosas
se foi sentar lá no fundo do Ônibus,
na Poltrona 39 exatamente.
Imediatamente uma Auréola de Pura Magia
começou a enlaçar a Viagem
da Veneranda Diana Maria
de Aventuras Sem-Par
e Muita Euforia.
E o Bhima achou muuuita graça
nos Enrolados Acontecimentos
que se seguiram.

domingo, 25 de abril de 2010

15.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO



15.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO


Nesse entretanto da estória,
o Extra-Terrestre,
disfarçado de Aragem Matutina,
foi acompanhando a Velha Senhora,
porque, tinha plena certeza!,
algum Acontecimento Interessante
adviria dessa Caminhada Apressada,
para a próxima Viagem de Ônibus
já assinalada.
Ele estava bem juntinho dela, e ela,
por incrível que pareça!,
não o percebia.

Quomodo sempre a Mesma costumava fazer,
ela atravessou a roleta-catraca da Plataforma,
mostrou a passagem ao Guarda
da Estação Rodoviária,
desceu a rampa de acesso à Plataforma 30,
e ficou alá sentada em um grande banco,
esperando o Ônibus que a levaria
até à Cidade Montanhosa de sua predileção.
Aquele Lugar Sem-Igual das Minas Gerais,
não por pura coincidência!,
era o lugar preferido do
Vigilante Intergalático Espectante.
Enquanto o ônibus não vinha,
a discípula se entreteceu com a garotinha Laís,
um pequeno Anjo de um Anninho,
e que lhe sorria, feliz,
aconchegando-se aos braços de sua Mamãe,
tão novinha!

Naquele momento, o Bhima decidiu
que retornaria também
ao seu Alto de Serra preferido.
E, por supuesto!, de Ônibus!
Então, ele jogou o pó de pirlimpimpim
em sua Vimana Maravilhosa,
que o acompanhava
quomodo se vida própria tivesse,
graças ao controle remoto dos humanos,
e ordenou-lhe que fizesse a
Viagem de Volta às Minas Gerais
acoplada ao Ônibus,
do lado de fora,
porque ele, o Viajante Intergalático,
iria dentro do Veículo Terrestre,
apreciando os movimentos
da Discípula da Sábia Sabida.
Com certeza,

alguma Aventura Interessante
surgiria ao longo do Caminho Bonitinho.

sábado, 24 de abril de 2010

15.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO



15.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO


O Extra-Terrestre conhecera
alguns lugares luxuosos e limpos
quomodo, por exemplo,
o Castelo Indiano do Rei Pandu,
seu pai adotivo,
quando de sua única encarnação visível
no Planeta dos Homens.
Aquele Estéril Rei Pandu,
marido de sua mãe terrena,
a Bella Rainha Kunti
(e que a consagrou ao deus do Vento,
para que a sua necessária descendência
se tornasse divina,
segundo as sábias palavras do Sábio Vyasa).

Outro lugar,
maravilhosamente limpo e famoso,
que o Extra-Terrestre Bonzinho
teve o prazer de conhecer,
foi o Palácio de Versalhes,
tão antigo!, tão fresquinho!,
limpo e eternamente “novo”!,
graças ao bom trato e carinho
dos governantes franceses,
os quais tanto zelaram,
e ainda zelam,
e zelarão,
por seu precioso passado,
exaltando os momentos gloriosos,
sem esquecer os maus momentos
vividos pela Franca Nação.
E o Bairro Medieval da Cidade de Rennes?
Um lugar tão bem cuidado!
E o Monte Saint Michel?
Que lugar lindo e conservado!,
pensava enlevado.

E as pequeninas Cidades de Minas Gerais?,
seu Estado Federativo preferido
no Brasil Varonil, seu lugar adorado
no Segundo e Terceiro Milênios.

Não!, não apenas os Castelos
luxuosos e ricos
mereciam a atenção dele!
As humildes moradias
dos Montanheses Mineiros,
limpinhas e aconchegantes,
encantavam os extras sentidos
apurados
do dócil Extra-Terrestre.

Mas, naquele momento,
estava ele na Cidade Cariocjônia,
e o lugar escolhido,
para a sua função
de Vigilante Intergalático
da Grande Milícia Celestial
do Supremo Senhor,
era o Terminal Rodoviário Novo Rio,
a Velha Rodoviária dos Gentis Cariocas.

Aí, então,
o Bhima começou a redobrar
a sua atenção.
Um vai-e-vem de pernas passantes
se entrelaçavam diante de seus grandes
e argutos e amendoados olhos brilhantes.
Nesse ínterim,
talvez por pura não-coincidência,
percebeu novamente a discípula
da Sábia Väjira Diamante,
com sua interessante bolsa-sacola,
iluminada e instigante,
encaminhando-se
em direção à Plataforma 30,
quomodo já se habituara a fazer
des o Mês de Fevereiro
daquele Anno de 2003,
para viajar, todas as semanas,
no ônibus Mileum,
do horário de 10h50minutos,
em direção à Cidade
do Divino Espírito Santo
dos Gloriosos Mineiros Altaneiros.

A discípula da Sábia,
de acordo com a percepção
do Privilegiado,
flutuava encantada,
enquanto caminhava apressada.
Não era que a tal Anciã Veneranda
gostava mesmo de viajar?!
A Veneranda Diana
nascera naquele Signo Zodiacal
que impulsionou
os Grandes Navegadores do Passado,
em suas Aventuras
e Conquistas de Terras Inóspitas.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

15.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O VIADUTO DA CIDADE

NEUZA MACHADO



15.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O VIADUTO DA CIDADE

NEUZA MACHADO


Naquele Anno de 2003,
durante o trajeto até àquele local,
comodamente instalado em sua Vimana
Silenciosa Voadora, e discreta,
o Solitariozinho fora se entretecendo,
apreciando alguns Pontos da Cidade,
outrora lindos e maravilhosos.
A bordo de sua Vimana
e usando o seu Binóculo Mágico
das Grandes Ocasiões,
horrorizou-se com a feiúra
que era a Tal Rua-Viaduto
Paulo de Frontin.

“Minha Nossa Senhora da Penha Mais Alta
e das Causas Perdidas!, exclamou
(o Bhima era todo todo redundante),
como este lugar da Cidade,
tão interessante noutros tempos!, está feio!”

O fato era que, naquele Anno de 2003,
a sujeira,
o abandono,
os pobres mendigos,
os perigosos desocupados,
e outros males terríííveis,
quomodo ratos, baratas, e milhares
de outros bichos peçonhentos,
se compactuavam,
para fazer das pilastras do Viaduto
as suas moradias permanentes.
E o fedor de urina?
E os restos de fogueira e comida estragada
nos cantinhos das pilastras?
“Um horror!”, pensava ele,
amante que era de locais
arrumados e arejados.

A sua Vimana Voadora, por exemplo,
era muito limpa, pois,
além de ser o seu Veículo
de Extraordinárias Viagens Sem-Fim,
e praláde interessantes,
era também a sua Casa de Moradia,
a sua residência oficial
na Terra dos Homens Sem-Rumo.
Mas, garantia-me a Sábia Väjira
constantemente,
a Vimana se encontrava sempre
impecável e aconchegante,
rebrilhando de tanta limpeza.

Era verdade!
O Bhima Intergalático
sempre fora um ardoroso fã
de residências limpinhas,
desde que aportara
na Terra dos Homens,
Milhões e Milhões
de Annos-Luz Atrás,
e, com certeza,
aos olhos do Bhima,
a Cidade Maravilhosa,
naquele Anno de 2003,
não se apresentava quomodo
uma Residência Limpinha
para os Cariocjônios.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

15.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO



15.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO


E eis que, Naquele Dia de Agosto,
uma Terça-Feira Alvissareira
em que a Lua de Sagitário
resolvera beijar o enigmático
Plutão Bonitão,
com muita euforia e paixão
(mas também, muito infiel!,
resolvera apreciar, com carinho,
o Bello Netuno dos Mares do Sul,
temporariamente alocado
na Maison de Aquárius),
então, Naquele Dia Especialíssimo,
ele percebeu, com muita dor
em sua alma agitada,
quomodo a Cidade do Rio de Janeiro
estava decadente! Coitada!!!!!

Enquanto pensava no Declínio
da Cidade Maravilhosa,
naquele Anno da Graça de 2003,
segundo o ReConto
da Sábia Väjira Diamante
dos Curtos e Anelados
e Embranquecidos
e Revoltos Cabelos Brilhantes,
o Solitariozinho aproveitava
para apreciar,
com seus Grandes Olhos
de Extra-Terrestre Vigilante,
a Movimentação que se verificava
no Tal Terminal.

Era bem verdade que,
algumas Empresas de Ônibus,
ou os Mantenedores do Lugar,
estavam a fazer uns remendos
em esparsas partes do mesmo,
quomodo, por exemplo,
ladrilhar um canto do Grande Corredor,
para fazer do local um espaço Vip,
mas o Pobrezinho
estava mesmo precisando,
com urgência!,
era de uma Grandiosa Reforma
(mesmo que a metade do dinheiro
de impostos arrecadados
para a execução da Obra Faraônica,
naquele Anno Com-Par,
fosse parar nos Bancos da Suíça).

Não!, absolutamente não!

Naquele Anno de 2003,
O Terminal Rodoviário,
carinhosamente chamado

pelos Cariocjônios
de Rodoviária Novo Rio
(uma denominação feminina),
não estava a merecer a atenção
dos Governantes Itinerantes
da Cidade Bacante!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

15.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO



15.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: TERMINAL RODOVIÁRIO NOVO RIO

NEUZA MACHADO


Naquele dia,
segundo a Sábia Väjira,
o Bhima,
quomodo era de seu costume
no Início do Terceiro Milênio,
resolveu disfarçar-se
de Aragem Matutina
e foi Observar,
quomodo sempre fazia,
a Movimentação de Viajantes
que abarrotavam
o Terminal Rodoviário Novo Rio,
na Cidade
do Rio de Janeiro Milongueiro,
ex-Capital do Brasil Varonil,
que de “novo”, coitado!,
não tinha mais nada.

O Terminal,
Naquele Anno da Graça
de Dois Mil e Três
do Terceiro Milênio,
já estava caindo aos pedaços
e envergonhando os Cariocjônios
(descendentes dos Lendários Jônios
da Antiga Grécia),
Habitantes da Mais Linda
Cidade do Mundo.

Acontece que o dito Terminal
fora edificado no anterior Século XX,
último Século do Segundo Milênio,
e já contava um bom par de Annos sem que,
ao longo de sua existência,
os Passantes Governantes

do Estado Federativo do Rio de Janeiro
e os Passantes Prefeitos

da Cidade Maravilhosa
se interessassem em mantê-lo digno,
melhor dizendo,
em perfeitas condições de uso,
para que o Pobre tivesse o prazer
de envelhecer com dignidade.
Só que tal não acontecera,
naqueles Annos todos.

O Bhima, em sua condição
de Extra-Terrestre Participante,
um privilegiado ser de outro Planeta,
um ser Intergalático,
recebendo a proteção permanente
de seu Supremo Senhor,
acompanhara a evolução daquela Cidade,
desde que fora fundada pelos portugueses
no Século XVI,
principalmente,
acompanhara a sua Era de Grandeza
até meados do Século XX,
e, agora, comovia-se com o seu declínio.
E, para piorar mais a sua angústia,
o mau-cheiro, que se percebia

por toda a Cidade,
era um sofrimento sem-fim
para o seu coraçãozinho
de Extra-Terrestre Bonzinho.
Mas, a Cidade, pensava ele!,
era ainda muito Bella,
apesar do maltrato
e do descaso de seus Governantes.

terça-feira, 20 de abril de 2010

14.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: DEPOIS DA VISITA SALVADORA

NEUZA MACHADO



14.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: DEPOIS DA VISITA SALVADORA

NEUZA MACHADO


Naquele dia,
depois da Visita Salvadora,
o Bhima resolveu voltar
para o seu Recanto de Paz,
naquele Alto de Serra
Of Hinterland das Minas Gerais.

O fato era que a sua Matinha-Virgem,
nas Terras do Marciano Guerreiro,
naquele momento,
naquela Visita a que se propusera fazer
ao Velhíssimo Amigo
de Longos Serões Culturais,
não iria oferecer-lhe o repouso desejado.
Ele se cansara, por demais da conta,
na ânsia de destruir os tais Cupins Gigantes
oriundos das Bandas dos Países do Norte.
Em breve, ele voltaria a visitar
as Terras do Marciano.
Nesse próximo dia, com certeza!,
a Vida na Grande Fazenda
já estaria normalizada.
E, assim, o Bhima voltou
para o seu Recanto de Luz,
naquele Outro Alto de Serra

das Minas Gerais.

Em lá chegando, arrumou depressinha
o seu quartinho quentinho azulado,
trocou carinhosamente os lençóis
de sua caminha flutuante
repleta de sonhos brilhantes dourados,
ajeitou as grossas cobertas de lã de carneiro,
porque fazia um frrrrrriiiiiio

de enregelar os ossos
de qualquer mortal sentimental,
e foi dormir sossegado.
Com certeza, no dia seguinte,
Novas Aventuras o pegariam de surpresa.
No Terceiro Anno do Calendário Astral,
do Período Inicial do Século XXI,
era assim mesmo!,
não se podia prognosticar
os Acontecimentos Futuros,
e a Incomodada Humanidade, agitada!,
coitada!,
jamaaais conseguia dormir sossegada!
Somente o Intergalático Bhima
alcançava tal privilégio.
Mas o Bhima, já informei-lhe!,
era um Extraordinário Extra-Terrestre!


segunda-feira, 19 de abril de 2010

14.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: SALVANDO AS TERRAS DE MARCIANO GUERREIRO

NEUZA MACHADO



14.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: SALVANDO AS TERRAS DE MARCIANO GUERREIRO

NEUZA MACHADO


Ao chegar em cima
das Destroçadas Terras
de Marciano Guerreiro,
naturalmente voando,
pilotando a sua Maravilhosa Vimana,
o Bhima olhou para baixo
e viu que os Cupins Gigantes
das Bandas do Norte
dos Guerreiros Inflamantes
ainda continuavam a destruir
sem piedade
os Domínios do Velhíssimo Fazendeiro Mineiro.

Então, não teve dúvida:
a bordo de sua Viman’Antigona,
foi espetando cada Gorda Nuvem
com um afiadíssimo e compridíssimo
espeto de churrasco,
despejando assim
uma incrível tonelada gigantesca de água
bem em cima dos Invasores Não-Convidados.
Quando a última nuvem foi espetada,
já satisfeito,
percebeu que os Derradeiros Cupins Resistentes
se debatiam em meio às Revoltosas Águas,
as quais tomaram por completo
as Terras Destroçadas de Marciano Guerreiro.
A água da chuva estava a punir os invasores
e, ao mesmo tempo,
depois que escorresse
para o Grande Oceano Atlântico
de Antigas Empreitadas,
seria ela a ReNovadora
da Seiva Indispensável
às Terras Martirizadas.
As terras do Marciano
seriam novamente produtivas
em um Curto Espaço de Tempo.

Enquanto não,
o Bhima se encarregaria de abastecer,
de longe naturalmente,
com alimentos e roupas e calçados,
o seu Velhíssimo Amigo
e os seus Protegidos Imediatos.
Eles nem precisariam ficar sabendo
de onde provinham os donativos,
e dariam graças a Deus
pela ajuda inesperada.
Quanto àquela quantidade incrível
de Malvados Cupins Gigantes Afogados,
suas apodrecidas carcaças
se tornariam um bom nutriente
para as Terras Destruídas
do Velhíssimo Marciano
dos Longos e Revoltos Cabelos Argentados.
E, de qualquer maneira,
ele ainda poderia contar
com a Matinha-Virgem,
aquela destinada ao repouso do Bhima.
Dentro dela, ainda existia
um sem-número de animais e plantas
e frutos comestíveis.
E, ali, os passarinhos cantavam
e as flores se multiplicavam,
alegres e coloridas,
transformando o lugar
em um sítio aprazível.

Ainda bem que, naquele dia,
O Bhima tivera a idéia
de visitar o seu Velho Amigo.
Graças a sua presença,
as terras foram salvas
e os Cupins Gigantes foram destruídos
pelo caudal de águas revoltosas
daquela chuva das Gordas Nuvens do Norte.
E, enfim, o Marciano poderia recomeçar
a sua lida de Fazendeiro conceituado,
já que suas Terras iriam se renovar,
produzindo o almejado
e consagrado pão nosso de cada dia,
para ele, sua família e todos os demais
que dependiam de sua
proteção paternal espiritual e vital.

domingo, 18 de abril de 2010

14.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: SITUAÇÃO CALAMITOSA NOS DOMÍNIOS DE MARCIANO GUERREIRO

NEUZA MACHADO



14.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: SITUAÇÃO CALAMITOSA NOS DOMÍNIOS DE MARCIANO GUERREIRO

NEUZA MACHADO


Entrementes, o Bhima,
muito preocupado com a situação
do Marciano Guerreiro,
pensou em apelar ao Senhor Supremo,
pedindo-lhe que salvasse o seu Amigo
de Um Destino de Feroz Miséria,
mas lembrou-se com desgosto
que o mesmo Senhor Supremo
proibira-lhe qualquer envolvimento
com os problemas dos Humanos Sem-Rumo.

Mas o Velho Marciano
era seu Amigo de longa data,
conhecia a sua existência
de Extra-Terrestre Bonzinho
e, principalmente,
deixara uma Matinha-Virgem,
em sua Antiga Linda Propriedade,
só para que o Amigo Extra-Terrestre
pudesse ali estacionar a sua Vimana Voadora,
escondendo-a dos Olhares Alheios,
sempre que lho premiasse com suas visitas.
Assim, o Bhima,
ao pensar em sua Preciosa Matinha,
horrorizou-se com a possibilidade
de os Cupins Gigantes a terem destruído.
Assim, voou com a sua Vimana
até ao referido local
e constatou gratificado
que os Cupins Gigantes,
ainda, não tinham devastado
o seu recanto de pura predileção.

Mas, eles estavam a se aproximar,
desenvolvendo uma destruição
rápida e clandestina
em cada Cantinho das Terras
do Velhíssimo Marciano.
Enquanto os Cupins não chegavam
à Matinha especial,
o Extra-Terrestre pensou:
“Terei de fazer alguma coisa
para acabar com esses danados,
e salvar as Terras do meu Amigo
Marciano Guerreiro de Brises
Martins Sant’Anna
dos Romanos Afamados,
mesmo que depois me veja obrigado
a escutar as reprimendas sonorosas
do Supremo Senhor de Altíssimo Valor”.
Assim pensando
(os pensamentos do Bhima eram,
antigamente,
poéticos e redundantes e pomposos),
tratou de lembrar-se da Fórmula
Mágica e Secreta
dos Antigos Sábios Indianos,
quando no Passado
eles saiam a enfrentar as tais pragas,
salvando com a Tal Fórmula
seus Preciosos Domínios.

A fórmula dos indianos era bem simples.
Eles praticavam um mágico ritual
que proporcionava chuva abundante
e, com isto, matavam todos os cupins,
afogando-os e transformando-os em húmus,
já que suas carcaças em decomposição
misturadas à pegajosa lama da chuva,
posteriormente,
restauravam as propriedades orgânicas
das terras devastadas.
Então, o Bhima olhou para os lados
e não conseguiu avistar as límpidas fontes
das terras do Marciano.
Os Cupins haviam jogado toneladas de terra
em cima das bicas e córregos,
anteriormente, produtores
de água limpinha e saudável.
O que fazer?
O Bhima olhou para o céu
e não viu sequer uma nuvem.
Então resolveu-se:
“Vou buscar Gordas Nuvens,
repletas de água agitada,
lá das Terras de onde provém
esta Cambada Danada.”
E, veloz, em sua Vimana
Poderosíssima Voadora,
partiu em busca
das tais Nuvens Salvadoras.
Segundos depois, ele estava de volta,
pastoreando pelos Céus do Brasil Varonil
uma Grande Quantidade de Gordas Nuvens,
que se encontravam estacionadas
lá pelas Bandas dos Países do Norte.

sábado, 17 de abril de 2010

14.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CUPINS GIGANTES NOS DOMÍNIOS DE MARCIANO GUERREIRO

NEUZA MACHADO



14.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CUPINS GIGANTES NOS DOMÍNIOS DE MARCIANO GUERREIRO

NEUZA MACHADO


Quomodo estava a dizer-lhe,
os Cupins Gigantes,
no dia daquela memorável visita,
estavam a devastar a Propriedade Agrícola
de Marciano Guerreiro,
um quase Centenário Fazendeiro
da Zona da Mata das Minas Gerais.

Os Cupins Gigantes provinham
da Grande Aldeia do Norte Esquentado,
e graças ao apetite voraz de que dispunham,
por onde passavam,
iam deixando um longo rastro de destruição.
O velhíssimo Marciano, coitado!,
já não sabia mais o que fazer
para se livrar da voracidade
dos Cupins endemoniados.

Assim, ao chegar
ao Grande Terreiro de Terra Batida
do Velho Marciano,
o Sentinela do Vastíssimo
e Antiquíssimo Espaço Sideral
constatou entristecido
que as plantações estavam todas destruídas,
e que os Valentes Colaboradores do Velho,
apesar dos esforços hercúleos,
não estavam conseguindo
acabar com a praga de invasores destruidores.
“Sim, eles eram realmente poderosos”,
pensou o Bondoso Bhima.
E ele não poderia fazer
absolutamente nada real
para acabar com os tais Cupins
e, por conseguinte,
livrar o Amigo Velhíssimo
daquele Problema Infernal.

As terras anteriormente férteis
do Sítio do Marciano
já não possuíam o antigo viço,
graças a ação destruidora
dos Cupins Gigantes
da Região de Poderosos Mirantes,
e iriam levar Annos e Annos
para voltarem a produzir quomodo dantes.

Os camponeses que trabalhavam
para o Velho estavam a definhar,
sem o alimento necessário
que lhes proporcionava saúde e bem-estar.
E o Velho Marciano, coitado!,
já sofrendo o Mal da Velhice,
e também submetido a uma alimentação precária
relacionada à invasão,
não sabia o que fazer
para salvar suas terras
e cuidar daqueles Humildes Trabalhadores
que dependiam de sua proverbial proteção.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

14.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A NARRADORA RETOMANDO A AVENTURA DE BHIMA

NEUZA MACHADO



14.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A NARRADORA RETOMANDO A AVENTURA DE BHIMA

NEUZA MACHADO


Mas, Retomando Aquela Aventura
iniciada no Final de Junho de 2003,
quando da visita de Bhima
aos Domínios de Marciano Guerreiro,
estava a dizer-lhe, Caro Leitor,
que os Cupins Gigantes haviam,
naquele momento,
iniciado a Devastação da Propriedade
do Velhíssimo Marciano.
Só para que Você não perca
o Fio Desta Meada Enrolada,
no que se refere aos Inomináveis
Sobrenomes de Família
Da Minha Terrinha
Das Minas Gerais,
quero que saiba que o tal Marciano
era Irmão
do Velhíssimo Emilianno de Brises,
aquele herói sem-igual,
marceneiro, carpinteiro
e caçador de onças pintadas
e jaguatiricas noturnas,
Aquele Magnífico Senhor
da Árvore da Mortalha
(o pai de Jane Briseides Mamãe,
Mamãe da Diana Quiromântica
Caçadora Valente,
aquela Proprietária
de Cem Cachorros Malteses
Invisíveis Ferozes Inclementes,
nascida naquele Signo Arqueiro
de Propriedade do Centauro Quirôn,
o Grande Competente Vidente).

quinta-feira, 15 de abril de 2010

14.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A NARRADORA RETORNANDO DAS FÉRIAS MARAVILHOSAS

NEUZA MACHADO




14.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A NARRADORA RETORNANDO DAS FÉRIAS MARAVILHOSAS

NEUZA MACHADO


Depois de umas Férias Maravilhosas,
nesse passado Mês de Julho de 2003,
e eis que em chegando o Mês de Agosto,
o Mês do Bom-Gosto
(a iniciar a sua trajetória
no Calendário Cristão do Terceiro Milênio),
conforme o prometido,
recomeço os Incríveis ReContos
d’As Aventuras de Bhima,
o Extra-Terrestre Bonzinho,
aqui nesta realmente Terra Azulinda,
Mundinho este que,
desde o Século Passado,
alcançou o direito de mandar
corajosos astronautas americanos
e russos e brasileses
para passearem na Lua de São Jorge
Guerreiro Exterminador de Dragões Fabulosos,
a bordo de Foguetes Interplanetários
Super Velozes,
tão poderosos quanto a Vimana
Bellíssima Maravilhosa Voadora
do meu Amiguinho Extra-Terrestre
Praláde Bonzinho.

Aconteceu que, naquele final
do Mês de Junho de 2003,
prometi-lhe recontar,
logo que Agosto chegasse,
a Insólita Ocorrência
presenciada pelo Bhima,
quando de sua visita aos Domínios
de seu Grande Amigo
Marciano Guerreiro.

O fato é que eu,
a narradora dest’As Aventuras de Bhima
nos Séculos XX e XXI,
necessitava urgentemente
de propiciar-me umas férias,
pois estava muito estressada
com os problemas cruciais
que abateram a Humanidade,
neste Início de Terceiro Milênio.
O anno de 2001, por exemplo,
representou um marco
de tragédias inomináveis
(inúmeras Guerras
e muita fome no Planeta),
as quais, aos poucos, lhe revelarei.
Neste momento, preocupo-me muito mais
em relatar-lhe a estória que prometi-lhe.
Mas, quomodo sempre!,
aviso-o que estas Incríveis Aventuras do Bhima
foram a mim repassadas graciosamente,
não fui eu que as inventei,
uma vez que obtive o privilégio de ouvi-las
da boca e conhecimento
da Gran Anciã Väjira Diamante,
a Velhíssima Sacerdotisa
dos Astrais Preceitos Esotéricos
desta Pós-Modernidade Bélica e Agitada,
que ora se evidencia com muita força e vigor.

Se for lícito falar em uma mudança de Era
ou mudança de Idade Temporal,
nesta Terra Praláde Azulinda,
e, principalmente,
nomeá-la quomodo Pós-Moderna,
quase poderei afirmar que
desde o início do Século XX passado
esta dita Pós-Modernidade já existe.
Acontecimentos traumáticos
sócio-históricos
abalaram as frágeis estruturas
da Atual Agonizante Era Moderna,
o que permite-me pensar
em uma ruptura temporal irreversível,
uma cisão brutal possibilitando
uma transformação grandiosa
na Trajetória do Mundo.
Assim, Você
que lerá estas linhas no Futuro,
saiba que eu,
esta privilegiada narradora
d’As Aventuras de Bhima,
pude vivenciar um importante momento,
sinalizador de Incríveis Mudanças,
e pude também obter o prêmio
de conhecer os mais ilustres poetas
e escritores
da História da Literatura Universal.
O Mago Vyasa da Índia Antiga,
Amigo do peito de minha Guru,
a Sábia Väjira Diamante
dos Curtos e Sedosos e Brancos
e Anelados Cabelos Brilhantes,
por exemplo, é um deles.
O Sábio Vyasa,
quomodo já lhe revelei anteriormente,
ao relatar para a referida Sábia
a existência do Bhima
e, posteriormente,
quando a minha dita Guru
resolveu recontar-me oralmente
as Maravilhosas Aventuras
do dito Extra-Terrestre PoliMilenar,
os três ofertaram-me
a possibilidade de desfrutar,
aqui na Terra Azulinda,
e enquanto eu viver!,
uma existência repleta
de momentos incomparáveis.
E eis que eu,
a narradora desses ReContos
sobre a Vida de Bhima
aqui na Terra dos Homens,
hoje e sempre,
sinto-me a mais Venturosa Criatura
de Deus Onipotente,
por ter recebido um Sagrado Presente.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

13 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A NARRADORA EM FÉRIAS NO MÊS DE JULHO DE 2003

NEUZA MACHADO



13 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A NARRADORA EM FÉRIAS NO MÊS DE JULHO DE 2003

NEUZA MACHADO


De acordo com os relatos da Estranhíssima
Väjira Diamante dos Curtos e Sedosos
e Anelados e Revoltos e Brancos
Cabelos Brilhantes,
por volta das dezenove horas e vinte minutos,
daquele Último Dia de Junho do Anno 2003,
o Bhima, Sentinela Intergalático

do Espaço Sideral,
seguindo as ordens de seu

Supremo Senhor,
saiu a bordo de sua

Vimana Maravilhosa Voadora
e foi visitar os

Domínios de Marciano Guerreiro.

Ali chegando, constatou surpreso
que o Marciano estava às voltas
com um terrível problema
em suas Terras Produtivas.
O fato praláde verdadeiro sinalizava
que os Cupins Gigantes,
provenientes de outras regiões

da Terra Azulinda,
estavam a destruir

e a devorar os produtos
do suado trabalho dos Camponeses,
empregados do Marciano,
um Centenário Habitante

do Aprazível Brasil.

Mas, esta Extraordinária Aventura do Bhima,
você conhecerá muito em breve.
No momento, vou recolher-me,
neste Mês de Julho de 2003, frioreeento!,
para um necessário descanso,
aproveitando umas gloriosas férias ao ar livre,
nas verdes e azuladas e multicoloridas
Montanhas Sagradas das Minas Gerais.
Vou passar uns dias hospedada,
quomodo convidada especial,
na Fazenda dos Pequeninos
Duendes Trabalhadores,
uma Fazenda de Sonhos
e Esperanças Em Dias Melhores
e Maravilhas Sem-Fim,
cuja ditosa proprietária é a Venerável
Sábia Väjira Diamante dos Curtos
e Revoltos e Anelados
e Brancos Cabelos Brilhantes.
Mas, retomaremos nossa conversa
no Mês de Agosto de 2003,
com muito gosto de minha parte,
porque adoro contar


As Aventuras do Bhima
Extra-Terrestre Adorável Querubim
,
e Você é um Amigo sincero,
generoso, compreensivo,
e que não se incomoda com a minha tagarelice,
ouvindo-me pacientemente
por horas e horas,
minutos e minutos,
e segundos sem-fim.
Até breve!

terça-feira, 13 de abril de 2010

12.8 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.8 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


E eis que chegando
ao destino desejado,
a sua Terrinha das Minas Gerais,
o Solitariozinho lançou
um olhar de despedida
em direção à Discípula
da Sábia Väjira Diamante
dos Curtos e Encaracolados
e Revoltos Cabelos Anelados
e Abundantes,
e foi descansar
em um Hotelzinho Aconchegante
e quietinho
da Divino Cidade Muito Amada,
uma vez que a sua Vimana
Maravilhosa Voadora
estava guardada, à espera dele,
em uma Nuvenzinha

Meio Escurecida
pela poluição citadina,
lá para as bandas

da Floresta Tijucana
Bacana e Encantada,
na Hiper Megalópole
do Rio de Janeiro Maneiro,
a mais Bella Cidade
da Redonda Terra Azulada.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

12.7 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.7 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


Assim, nesses entretantos,
a Viagem continuou
até a parada de quinze minutos
em uma Cidade situada
entre Montes e Colinas,
a linda Cidade da Princesa Leopoldina.
Ali, na Estação Rodoviária da Cidade,
as duas retomaram a conversa
sobre suas origens mineiras,
trocaram endereços e telefones,
e se convenceram de que, realmente,
em seus respectivos sangues
corria uma dose do mesmíssimo
valeroso e honrado sangue português
do Imemorável Juca Martins,
pai daquele Velhíssimo Emilianno de Brises,
aquele da Velhíssima Árvore da Mortalha.


Quando o Ônibus chegou em Muriaé,
a Cidade do destino da Senhora
Brasileira-Americana,
as duas Martins se despediram
(uma vez que a Discípula
iria continuar viagem até ao Monte
do Divino Espírito Santo
dos Valerosos Mineirins).
O Bhima, por sua vez, constatou,
repleto de Imensurável Felicidade,
que as duas haviam selado,
ali, entre aquelas Altas Montanhas
das Minas Gerais,
um pacto de amizade indestrutível.
Ele bem sabia que as Leis de Sangue,
entre os Humanos Mineiros,
eram Leis Praláde Sagradas.
Acomodado em sua poltrona viajante,
louvou ao Senhor Supremo,
admirando as suas justas atitudes.
Sim!, o Senhor Supremo
era sempre muito justo.
Até mesmo laços sanguíneos
desatados há muitos e muitos annos,
ele se encarregava de reaproximar,
annos depois,
indiferente às exigências do tempo.

domingo, 11 de abril de 2010

12.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


Entretanto, depois de algum tempo,
o Extra-Terrestre percebeu
que a Senhora Brasileira-Americana
se dirigiu meio trêmula
até ao toalete do Ônibus,
demonstrando claramente
o seu mal-estar estomacal.
Ele se assustou quando percebeu
que a senhora estava demorando
a retornar ao seu assento,
e mais preocupado ainda,
quando a viu, muito pálida!,
sendo amparada pelo passageiro
da poltrona 36,
em seu caminho de volta
à sua poltrona 16.

Lá de seu assento do fundo do Ônibus,
só sossegou seu precioso coraçãozinho
de Extra-Terrestre Bonzinho,
quando percebeu a Ditosa Senhora
Brasileira-Americana
um pouco mais descansada
e reconfortada,
e, quando viu, também,
a Discípula da Sábia
semi-adormecida,
recostada em outra poltrona,
de número 21,
imersa em seus Sonhos
poderosamente multicoloridos.

sábado, 10 de abril de 2010

12.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.5 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


De qualquer maneira,
talvez porque logo
entabularam conversa,
o fato foi que a Senhora entreteceu-se
num agradável colóquio com a discípula
e esqueceu, por uns instantinhos,
o seu mal-estar-sem-lugar.
Assim, durante uma hora,
mais ou menos,
as duas ficaram conversando,
e o mais importante disso tudo
(o Bhima alcançou entender)
era que as duas tinham laços de parentesco,
provenientes de Antigos Desbravadores
das Terras Of Hinterland de Minas Gerais.
O Bhima extasiou-se, lá de sua poltrona!
Só mesmo o Senhor Supremo
para preparar coincidências
tão extraordinárias!
Não é que as duas eram parentes!
O mais interessante
desse Acontecimento
era que a Rita
(a Senhora se chamava Rita)
havia chegado de avião
dos Estados Unidos,
mais precisamente
de uma Cidade chamada Plantation
(de pés de laranjas graúdas e douradas),
na Flórida Florida
da América do Norte Encantada,
naquela mesma manhã ensolarada,
e, ainda cansada
da viagem internacional agitada,
já estava viajando
para a Minas Gerais tão amada.

De qualquer maneira,
o Solitariozinho entreteceu-se
com a conversa das duas
e, depois, ficou muito satisfeito
com a atitude da Discípula da Sábia,
saindo de perto
da Senhora Brasileira-Americana,
para que ela pudesse descansar.
Ele viu quando a Veneranda
se foi sentar em outra poltrona,
porque havia percebido a necessidade
da outra passageira do Ônibus Mileum
de descansar, um pouquinho!,
naquela longa longa longa viagem
pelas Terras de Pura Maravilha
das Minas Gerais.

Assim, depois
de se descobrirem parentes,
e depois de conversarem,
por uma hora mais ou menos,
as duas se separaram
para o ansiado repouso
durante o trajeto.
E logo logo a discípula da Sábia
começou a ressonar,
aproveitando a já dita
longa longa longa viagem
para tirar um merecido cochilinho.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

12.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.4 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


E eis que a Dianna Valente,
logo que entrou no Ônibus,
deixou a sua sacola de roupas
na poltrona número 15,
e foi direto para o toalete,
para se aliviar de uma
das prementes necessidades,
apenas conhecidas pelos Terráqueos.
Quando a Dita voltou para o seu lugar,
encontrou uma Senhora
já ocupando a poltrona de número 16,
geminada à dela (número 15).
O Bhima percebeu a instintiva
movimentação da Veneranda,
já se preparando para se mudar de lugar,
pois quomodo era de sua natureza,
já estava acostumada a viajar sozinha,
imersa em seus Sonhos Fantasiosos.
A discípula da Sábia
já estava prestes a se levantar,
para se trasladar para outro assento,
quando (não se pode imaginar o motivo!),
ambas, ela e a Senhora da poltrona 16,
começaram a conversar.

Ele bem que reparou,
lá de sua poltrona

do fundo do Ônibus,
que a Senhora da poltrona 16
não estava se sentindo muito bem.
Com a sua extraordinária
sensibilidade de Extra-Terrestre,
adivinhou que a Senhora
costumava se sentir mal,
ao viajar de Ônibus InterEstadual.
Na verdade, ouvira a Própria dizer
que os movimentos do Ônibus,
nas curvas da Estrada
(trajeto Rio de Janeiro-Bahia-2003),
faziam-lhe embrulhos no estômago.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

12.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


Quando o Ônibus Mileum da linha
Rio de Janeiro/Espera Feliz chegou,
às 10 horas e quarenta minutos
de uma manhã radiosa e ensolarada
de dedos de rosa,
o Extra-Terrestre apresentou
a sua passagem ao Motorista Ariston
(lembre-se de que ele estava viajando
disfarçado de humano),
e se foi sentar na última poltrona,
bem lá atrás!,
porque, de lá,
ele podia ouvir e apreciar melhor
as ocorrências internas do ônibus,
durante a viagem de seis horas e meia,
mais ou menos,
até à Cidade do Divino Espírito Santo
das Minas Gerais.

Então, o ônibus deu a partida
às 10 horas e 50 minutos.
Então, do seu banco, o Bhima viu
a discípula da Sábia Väjira Diamante,
a Diana Quiromântica Valente
Descendente de Inigualáveis Caçadores
das Florestas Mineiras Resistentes,
acomodando-se na poltrona número 15,
fato que muito o surpreendeu.
Por mais que possuísse poderes maiores
(todos ofertados naturalmente pelo
Supremo Senhor de Altíssimo Valor),
o Guardião da Terra,
o Vigilante Intergalático,
o Valeroso Bhima,
não podia acreditar
em tamanho coincidência.
Ora! Ora!, então, a discípula da Sábia
tivera a mesma idéia dele,
de viajar de Ônibus Mileum
até às Minas Gerais?
Entretanto, logo ele deixou
as interrogações de lado
e passou a prestar atenção à viagem,
principalmente aos movimentos
da tal discípula da MultiPersona
do Maravilhoso Manto Azulado.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

12.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


Enquanto o Ônibus não chegava,
o Bhima começou a olhar à sua volta,
apreciando as Fisionomias Humanas
que se desenhavam diante dele.
Sentado em um rústico banco
da Rodoviária do Rio de Janeiro,
aquele da Plataforma 30,
ele se encantou com as
diversas expressões faciais
daqueles Terrestres
que estavam por ali.

Como já lhe disse,
o Bhima estava disfarçado
de Ser Humano,
e, assim, não chamou muito
a atenção das pessoas,
a não ser pelo motivo de estar
com um caderninho em sua mão esquerda,
à moda dos intelectuais citadinos,
enquanto que com a direita,
manuseando uma caneta brilhante
de primeiríssima qualidade,
fazia suas anotações.
Ao seu lado, um senhor
de uns cinqüenta e poucos annos,
ostentando um vistoso boné azul marinho,
calça caqui e camisa branca
de finas listinhas marrons e verdes,
lia o jornal do dia.
Mais adiante,
dois jovens animados
tocavam pandeiro e cavaquinho.
O ritmo era muito agradável,
e ele se deliciou com a melodia.
Na plataforma em frente,
algumas Senhoras,
mineiras naturalmente,
esperavam o mesmo ônibus
que o Solitariozinho esperava,
todas conversando amigavelmente.
Certamente, pensou, num rápido enleio!,
elas residiam no Rio de Janeiro
e estavam retornando à Terra Natal,
para um prazeroso
maravilhoso
glorioso passeio.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

12.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


E eis que, naquele dia,
o Bhima resolveu disfarçar-se
de passageiro-alvissareiro
de ônibus interestadual,
só para observar melhor
os acontecimentos
que regiam os humanos viajores,
naquele Finalzinho de Junho
do Anno 2003.
Assim, voou em sua Maravilhosa
Vimana Voadora
até ao Rio de Janeiro,
a Megalópole mais bella
de seu País de adoção,
estacionou-a nos arredores
da Floresta Encantada
dos Tijucanos Espectantes de Bom Coração,
e, ali, ficou por uns dias,
na expectativa de retornar de ônibus
para as Minas de Ouro Preto
e de Ouro Amarelo ou Branco
e muito mais Pedras Preciosas Gerais.

Assim pensando, assim ele fez.
Passou alguns dias observando
os Tijucanos Espectantes
do Rio de Janeiro,
e, naquele dia memorável,
às 10 horas e 30 minutos,
já se encontrava sentado,
na Plataforma 30
da Rodoviária do Rio,
apreciando a movimentação
de ir e vir dos passageiros,
com pesadas malas e sacolas,
todos ansiosos por iniciarem
suas viagens
para os vários territórios
do Brasil Varonil.

11.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: AMIZADES PASSAGEIRAS NA RODOVIÁRIA DIVINENSE

NEUZA MACHADO



11.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: AMIZADES PASSAGEIRAS NA RODOVIÁRIA DIVINENSE

NEUZA MACHADO


Diante deles, digo,
diante do Bhima Invisível
e também da Veneranda Diana,
as pessoas conversavam curiosas,
enquanto esperavam os diversos ônibus,
para as diversas localidades ao redor
(Santa Margarida, Leopoldina,
Muriaé, Carangola, Luísburgo,
São João do Manhuaçu, Orizânia, etc.),
e demonstravam uma certa agitação,
algo muito natural por aquelas bandas,
quando alguma coisa,
oposta aos costumes do lugar,
os incomodava.
Realmente, a Veneranda não possuía,
nem um pouquinho!,
o jeito de ser dos Habitantes da Região.
Notava-se, de longe!, que
ela já possuía outros costumes de vida,
por seu espírito animado,
sua forma liberal de se portar em público,
sua espontânea naturalidade,
por ser uma velha
muito dinâmica e prafrentex,
diferente das mulheres dali,
secularmente submetidas
aos dogmas patriarcais.
Sim!, a Veneranda era diferente,
mas, percebia-se que
estava integrada àquela Cidade,
pois parecia muito à vontade,
sentada naquele banco da Rodoviária Mineira,
como se fosse parte inerente daquele lugar.
E, realmente, era!,
o Bhima bem o sabia.
Assim, não foi com surpresa espantosa
que ele viu a Veneranda conversando
com uma jovem senhora da região,
sentada ao seu lado,
tendo ao colo um bonito bebê,
enquanto a filhinha de oito annos
(da jovem, bem entendido),
se entretinha com o seu caderno

e lápis de cor,
desenhando ininteligíveis figuras,
as quais nem mesmo a Veneranda
tinha o poder de decifrar.


Então, a Veneranda comprou
um picolé de vinte e cinco centavos
para a menininha.
Então, as três continuaram
conversando animadamente,
já que a Velhíssima abandonara
temporariamente
o seu caderno de anotações
e a sua mágica caneta esferográfica
comprada no Deslumbrante
Bazar das Minas Gerais.
Então, o ônibus da jovem senhora
com seu filhinho e filhinha chegou.
Então, ela se despediu

da Veneranda Discípula
da Sábia do Sábio
e viajou para longe,
e nunca mais as duas iriam
se reencontrar no

Futuro Distante Sem-Muro.

Então, a Veneranda

retomou a sua Mágica Escrita,
e as pessoas do lugar
continuaram a observá-la de longe.
E, quanto ao Bhima,
ele esperou o ônibus

do Rio de Janeiro chegar,
apreciou a Veneranda
Discípula da Sábia se acomodar,
deu-lhe um discreto adeusinho,
o qual ela nem percebeu, coitadinha!,
viu o ônibus se movimentar
em direção à BR-116
do esburacado

trajeto rodoviário de 2003,
não muito exemplar,
pediu ao Senhor Supremo
que levasse a amiga sã e salva
até ao Rio de Janeiro

das Batalhas Diárias,
e, por último,

retornou à sua cômoda
e aconchegante caminha

limpinha e flutuante,
bem quentinha,
no interior de sua Maravilhosa Vimana
Voadora e Esplendorosa Muito Bonitinha.
E foi descansar,
porque fazia um frrrrrriiiiiio tremendo!,
de tiritar sem parar,
sem sair do lugar.
No dia seguinte, já descansado,
ele iria se preparar para viver,
à moda dos Terráqueos,
Novas Aventuras de Arrepiar
na Terra dos Homens Massificados
do Início do Terceiro Milênio

Praláde Agitado.


domingo, 4 de abril de 2010

11.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BANCO DE PEDRA DA RODOVIÁRIA DIVINENSE

NEUZA MACHADO



11.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O BANCO DE PEDRA DA RODOVIÁRIA DIVINENSE

NEUZA MACHADO


Naquele dia, o Bhima reparou bem!,
a discípula da Sábia Väjira Diamante
dos Curtos Cabelos Enrolados Revoltos
Abundantes Vermelhos e Brilhantes
estava ali, também,
na pracinha da Cidade do Interior Mineiro,
esperando o ônibus Mileum
que a levaria de volta ao Rio de Janeiro.
A Veneranda estava sentada
no banco da Rodoviária local,
também apreciando a tal Movimentação
do Lugar, talequal
o Extra-Terrestre Bonzinho;
mas, diferente dele,
a Venerável escrevia sem parar.
Dado ao seu natural curioso,
O Bhima pensou:
O que a Dianna tanto escreve?
Será que ela é meio parente distante
do Sábio Vyasa da Índia Brilhante?,
aquele Homem que conheci, há milênios,
e que gostava tanto de escrever
?”
Só que não sabia que,
talequal ele próprio,
as Pessoas do Lugar
também observavam a Veneranda,
e, dentro de si, faziam as mesmas perguntas:
O que será que esta dona tanto escreve?”

sábado, 3 de abril de 2010

11.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: EXPOSIÇÃO AGRO-PECUÁRIA EM DIVINO

NEUZA MACHADO



11.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: EXPOSIÇÃO AGRO-PECUÁRIA EM DIVINO

NEUZA MACHADO


Naquele dia, o Bhima estacionou
a sua Vimana Maravilhosa Voadora
na Antiga Pracinha da Cidade
do Divino Espírito Santo
de Minas Gerais,
e, ali, ficou horas e horas entretido,
apreciando incognitamente
a movimentação do lugar.
Diante dele estava parada
uma Charrete Dourada,
com um Magnífico
Cavalo Branco-Azulado,
inquieto,
esperando o dono,
que fora até ao Bar
para relaxadamente tomar
uma cachacinha mineira branquinha.

O cavalo, bellíssimo, por sinal!,
estava de pé,
digo, estava sobre as quatro patas,
também, assim quomodo estava a charrete,
esperando a volta do dono.
Enquanto não,
o pobre espantava
as moscas incômodas
com o seu grande e volumoso rabo.
O cansaço do pobrezinho era visível,
porque, de vez em quando,
ele levantava a pata direita de trás,
incomodado com a longa espera.
Quando se cansava
de se ficar equilibrando
apenas com as três patas,
o coitadinho suspendia,
por uns centímetros e minutinhos,
a pata esquerda de trás.
Enquanto observava
os movimentos do animal,
o Solitariozinho olhava
as várias pessoas divinenses
que estavam ao redor da pracinha,
enquanto outras passeavam
nos caminhos dourados
por entre os canteiros de flores.
Alguns habitantes do local
conversavam animadamente.
Tinha um, então, que alugava os ouvidos
do senhor sentado no banco
da Rodoviária Olavo de Souza Moreira,
e que falava sem parar.
O assunto girava sobre
os diversos acontecimentos da região,
e o dito homem comentava sobre sua vida
e sobre os acontecimentos
vizinhos de sua localidade natal,
além de tecer comentários
sobre a Grandíssima
e Grandiosíssima Exposição,
a qual seria realizada dali a um mês.

A Exposição era o motivo
de orgulho sincero
do Povo Divinense Mineiro.
No dia esperado,
o qual já estava bem próximo,
os melhores e vigorosos
animais domésticos
seriam apresentados ao público;
a população já estava a espera
dos rodeios e touradas de entretenimento,
uma vez que o Povo, muito religioso!,
não admitia touradas
que maltratassem os animais.
Além dos rodeios e touradas,
os mais estupendos legumes,
cultivados por mãos amorosas,
seriam apresentados ao público.
Cantores viriam de São Paulo,
para a Animação da Grande Festa,
uma espécie de alegre comemoração
oriunda das Grandes Festas Dionisíacas,
quando o Povo da Antiga Grécia
confraternizava-se, para a celebração
de mais um Anno de Muita Fartura,
com aqueles antigos celeiros
repletos de saudáveis alimentos.

Parques de Diversão seriam armados,
para o entretenimento de adultos e crianças,
e barracas e barracas de comidas gostosas,
as comidas saborosas
da famosa Culinária das Minas Gerais,
se espalhariam ao redor
do Grande Campo
destinado às Exposições Anuais.
A Incomparável Exposição Agropecuária
daquela Incomparável Cidade
era, realmente, um grande acontecimento,
e o Bhima, com toda a certeza,
estaria presente no dia da festa.
Enquanto não,
continuava a apreciar
o movimento da Praça Central,
aquela Praça Majestosa!,
orgulhosa de suas estupendas árvores
frondosas esplendorosas.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

10.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA

NEUZA MACHADO



10.3 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA

NEUZA MACHADO


Enquanto Olhava Fixamente
Aquela Incrível Mão Cabeluda,
Com Seus Grandes e Amendoados
e Brilhantes Olhos
de Extra-Terrestre Bonzinho,
o Solitariozinho pode avaliar
a grandeza sem-igual do Supremo Senhor.
De vez em quando, naqueles milhares
e Milhares e Milhares de Annos-Luz,
a Incrível divindade se preocupara
em proteger alguns grupos Humanos.
Aquela Mão e o Anel de Jade
simbolizavam o seu Supremo Amor
para com os menos favorecidos socialmente,
portanto, representavam
a Suprema Aliança
de Suprema Proteção
do Supremo Senhor
para com os Deserdados da Terra.
Por esta razão, os Serranos,
mesmo sem compreender bem
os desígnios do Altíssimo,
mesmo sem compreender bem
o valor daquela Mão encontrada
na Gruta de Verdes Ramagens
Brilhantes, Encantada,
jamais!, repito, jamais!!!,
ousaram se desvencilhar dela.
Ali, ficara aparentemente esquecida;
ali, ficaria até o Fim dos Tempos Terrenos,
mas, enquanto não!,
seria sempre relembrada
nas Noites de Lua Cheia,
digo, nas noites de sábado,
quando os mais Velhos,
repletos de respeitoso temor,
narrariam, para os mais Jovens,
a existência da Mão Cabeluda,
Achada Intacta e Misteriosa
naquela Estranha Gruta
que exalava um ar de pura maravilha,
quando os mais Velhos
falariam aos mais Jovens
sobre uma Imensa Mão Cabeluda,
Insolitíssima,
na qual se constatava a existência
de um Precioso Anel de Ouro e Jade.
Entretanto, o Bhima bem o sabia!,
eles só não explicariam aos mais jovens
o porquê de não terem eles avistado
a tal Mão Cabeluda.
Mas, que ela existia, existia!

Depois da visita,
o Solitariozinho Intergalático
se recolheu à sua Vimana,
esquentou seus pezinhos
com grossas meias de algodão
compradas na Cidade
do Divino Espírito Santo de Minas Gerais,
em virtude do frio
que ali fazia naquele mês de junho,
e aconchegou-se em sua sonhadora
Caminha Flutuante Azulada,
cobrindo-se com volumosos
cobertores de lã de carneiro,
para, enfim, desfrutar
de mais um dia na Terra dos Homens.
No dia seguinte, o Bhima bem o sabia!,
Novas Aventuras estariam à sua espera,
quando, dentro de sua Poderosa
Vimana Voadora,
quebraria mais uma Esquina Aérea
das Narrativas Prosopopaicas do Século XXI,
entre as Inúmeras Nuvens
Escurecidas e Perigosas,
as quais, naqueles dias de guerra,
em Outra Parte do Mundo,
estavam a rodear, sinistras,
aquele Terceiro Anno do Terceiro Milênio.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

10.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA

NEUZA MACHADO



10.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA

NEUZA MACHADO


O Bhima sabia, muito bem!,
a procedência daquela Mão Cabeluda
e a força poderosa que emanava
do preciosíssimo anel de jade.
Mas, não poderia, jamais!, avisar
aos Habitantes do Lugar
que a enorme mão cabeluda estava ali
para os proteger,
e que, em tempo algum!, lhes faria mal.
Não!, ele não poderia nunca
avisar-lhes de viva voz,
mas, quem sabe?, poderia soprar-lhes
alguma mensagem através do vento?
Afinal de contas, em seu passado remoto,
na Antiga Índia, ele, Bhima, se materializara
quomodo um semi-humano,
filho do deus do vento e da rainha Kunti
(esposa do rei Pandu).
Mas, isto já fora há tanto tempo!,
o Bhima já quase não se lembrava daquela época.
Para se lembrar, ele acionava o botão
de sua fabulosa Tela do Passado,
aquele presente inigualável
recebido do Supremo Senhor
milênios-luz atrás.
Às vezes, entretinha-se em rever,
no grande telão de sua Vimana,
as cenas daquela sua vida de semi-humano,
tão bem registradas em versos épicos,
posteriormente,
pelo Mago Vyasa.
Sim!, ele poderia enviar,
aos habitantes do lugar,
uma mensagem alada,
por intermédio do vento.
Mas, se assim o fizesse,
poderia ser castigado pelo Supremo Senhor,
já que este avisara-lhe, terminantemente, que,
jamais!, em tempo algum!,
ele poderia se imiscuir na dinâmica
de vida dos seres humanos.
De qualquer maneira, naquele momento,
já se encontrava diante da Mão Cabeluda,
trilenária, mas que se conservava intacta,
como se tivesse sido decepada recentemente.
Só que aquela mão, Bhima bem o sabia!,
não fora decepada, mas sim modelada
pela Suprema divindade
e colocada ali, naquela Gruta Mágica
de Minas Gerais Muito Amada,
e representava a própria Mão do Senhor
de Indizível Valor,
numa clara demonstração de que,
aquele povo serrano, sempre!,
milhões de vezes sempre!,
receberia a Suprema Proteção
de sua Suprema Amizade.
Aquele povo alcançara o favor
do Supremo Senhor,
e todos os Humanos que comungavam
com a mesma forma de falar
e se comunicar,
também, receberiam as bênçãos
da Suprema Supremacia.
Quanto ao anel de ouro e jade,
Bhima bem o sabia!,
representava a União
entre o Supremo da Paz Desejada
e os habitantes daquela terra abençoada.
O ouro representava a Proteção,
e o jade representava a Realização.
A pedra preciosa em forma de machado afiado
representava a perene atividade galática
em favor dos serranos altaneiros,
mas representava também um instrumento
de punição com ação
para com os ocultos ferozes
inimigos dos mesmos.