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segunda-feira, 12 de abril de 2010

12.7 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO



12.7 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO

NEUZA MACHADO


Assim, nesses entretantos,
a Viagem continuou
até a parada de quinze minutos
em uma Cidade situada
entre Montes e Colinas,
a linda Cidade da Princesa Leopoldina.
Ali, na Estação Rodoviária da Cidade,
as duas retomaram a conversa
sobre suas origens mineiras,
trocaram endereços e telefones,
e se convenceram de que, realmente,
em seus respectivos sangues
corria uma dose do mesmíssimo
valeroso e honrado sangue português
do Imemorável Juca Martins,
pai daquele Velhíssimo Emilianno de Brises,
aquele da Velhíssima Árvore da Mortalha.


Quando o Ônibus chegou em Muriaé,
a Cidade do destino da Senhora
Brasileira-Americana,
as duas Martins se despediram
(uma vez que a Discípula
iria continuar viagem até ao Monte
do Divino Espírito Santo
dos Valerosos Mineirins).
O Bhima, por sua vez, constatou,
repleto de Imensurável Felicidade,
que as duas haviam selado,
ali, entre aquelas Altas Montanhas
das Minas Gerais,
um pacto de amizade indestrutível.
Ele bem sabia que as Leis de Sangue,
entre os Humanos Mineiros,
eram Leis Praláde Sagradas.
Acomodado em sua poltrona viajante,
louvou ao Senhor Supremo,
admirando as suas justas atitudes.
Sim!, o Senhor Supremo
era sempre muito justo.
Até mesmo laços sanguíneos
desatados há muitos e muitos annos,
ele se encarregava de reaproximar,
annos depois,
indiferente às exigências do tempo.

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