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quinta-feira, 1 de abril de 2010

10.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA

NEUZA MACHADO



10.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O EPISÓDIO DA MÃO CABELUDA

NEUZA MACHADO


O Bhima sabia, muito bem!,
a procedência daquela Mão Cabeluda
e a força poderosa que emanava
do preciosíssimo anel de jade.
Mas, não poderia, jamais!, avisar
aos Habitantes do Lugar
que a enorme mão cabeluda estava ali
para os proteger,
e que, em tempo algum!, lhes faria mal.
Não!, ele não poderia nunca
avisar-lhes de viva voz,
mas, quem sabe?, poderia soprar-lhes
alguma mensagem através do vento?
Afinal de contas, em seu passado remoto,
na Antiga Índia, ele, Bhima, se materializara
quomodo um semi-humano,
filho do deus do vento e da rainha Kunti
(esposa do rei Pandu).
Mas, isto já fora há tanto tempo!,
o Bhima já quase não se lembrava daquela época.
Para se lembrar, ele acionava o botão
de sua fabulosa Tela do Passado,
aquele presente inigualável
recebido do Supremo Senhor
milênios-luz atrás.
Às vezes, entretinha-se em rever,
no grande telão de sua Vimana,
as cenas daquela sua vida de semi-humano,
tão bem registradas em versos épicos,
posteriormente,
pelo Mago Vyasa.
Sim!, ele poderia enviar,
aos habitantes do lugar,
uma mensagem alada,
por intermédio do vento.
Mas, se assim o fizesse,
poderia ser castigado pelo Supremo Senhor,
já que este avisara-lhe, terminantemente, que,
jamais!, em tempo algum!,
ele poderia se imiscuir na dinâmica
de vida dos seres humanos.
De qualquer maneira, naquele momento,
já se encontrava diante da Mão Cabeluda,
trilenária, mas que se conservava intacta,
como se tivesse sido decepada recentemente.
Só que aquela mão, Bhima bem o sabia!,
não fora decepada, mas sim modelada
pela Suprema divindade
e colocada ali, naquela Gruta Mágica
de Minas Gerais Muito Amada,
e representava a própria Mão do Senhor
de Indizível Valor,
numa clara demonstração de que,
aquele povo serrano, sempre!,
milhões de vezes sempre!,
receberia a Suprema Proteção
de sua Suprema Amizade.
Aquele povo alcançara o favor
do Supremo Senhor,
e todos os Humanos que comungavam
com a mesma forma de falar
e se comunicar,
também, receberiam as bênçãos
da Suprema Supremacia.
Quanto ao anel de ouro e jade,
Bhima bem o sabia!,
representava a União
entre o Supremo da Paz Desejada
e os habitantes daquela terra abençoada.
O ouro representava a Proteção,
e o jade representava a Realização.
A pedra preciosa em forma de machado afiado
representava a perene atividade galática
em favor dos serranos altaneiros,
mas representava também um instrumento
de punição com ação
para com os ocultos ferozes
inimigos dos mesmos.

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