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sexta-feira, 30 de abril de 2010

15.10 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: PARADA DE QUINZE MINUTOS NA CIDADE DA PRINCESA LEOPOLDINA

NEUZA MACHADO



15.10 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: PARADA DE QUINZE MINUTOS NA CIDADE DA PRINCESA LEOPOLDINA

NEUZA MACHADO


A parada de quinze minutos,
na Cidade da Princesa Leopoldina,
foi outro Momento Incrível,
de Incríveis Acontecimentos.
A Discípula da Sábia Flamejante
correu para o Toalete
da Parada-Restaurante
do Ônibus Ambulante.
Aliviou-se.
Depois,
foi comprar um cafezinho
de sessenta centavos
(um preço absurdo!).

A Mãe Macérrima
da Menininha Magrinha
já estava tomando
o seu indispensável cafezinho.
Quomodo boa fumante,
a dita Senhora
gastou um dinheirinho,
para comprar
o seu próprio cafezinho.
Em seguida,
durante os quinze minutos
da parada do Ônibus,
fumou três cigarros cancerosos,
acendendo o segundo
na brasa do primeiro,
e o terceiro cigarro
na brasa do segundo.
A Menininha, coitadinha!,
pedia-lhe que comprasse
isto e aquilo,
para ela comer:
“Estou com fome, Mãe!”
E a Mãe respondia-lhe,
com a voz bem baixinha
e os dentes cerrados:
“Cale a boca!, enjoada!,
não tenho dinheiro,
já lhe disse!
E nós já vamos descer
na próxima Cidade!”
(Elas iam descer em Muriaé)

Antes do Ônibus retomar a Viagem,
a Mãe da Menininha foi até ao Bar
e comprou mais um maço
de cigarros cancerosos
e uma caixa de fósforos fogorosos.
Nem o Bhima
e nem a Veneranda
viram se ela comprou algo de comer
para a Menininha Falante
e Muito Magrinha.
Se comprou, eles não viram!
Eles só viram as zangas
e os dolorosos beliscões maternos
nos braços fininhos da Menininha.
“O vício é uma danação!”,
pensaram em conjunto
a Veneranda do Monte da Conceição
e o Bhima Extra-Terrestre Bonzão.

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