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sexta-feira, 5 de março de 2010

3.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO



3.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO


Sobre As Aventuras de Bhima,
o Extra-Terrestre Bonzinho,
dissipando e destruindo a minha ignorância
sobre o assunto,
assim contou-me a Sábia Väjira Diamante
de Múltipla Personalidade
e dos Curtos e Anelados e Revoltos
e Brancos Cabelos Abundantes Brilhantes
(também conhecida
pelo nome de Väjra Adamantina
Forte e Resistente),
Habitante Lendária do Maravilhoso
e Suntuoso
e Incomparável Olimpo Verde Fermoso
do Divino Espírito Santo Majestoso,
local de belezas mil,
vizinho do Olimpo Espectaculoso
de Santa Luzia de Carangola,
Situado Em Um Alto De Serra Of Hinterland
De Minas Gerais,
próximo à Floresta Para Sempre Encantada
da Zona da Mata Mineira
do Brasil Varonil,
uma localidade altaneira:

Naquele dia, o coro da Guarda Celestial

Sem-Igual
Cantou Glórias ao Senhor Supremo,
aquele que tudo vê
e sabe das coisas e acontecimentos
que estão ainda por vir.
Naquele dia,
a Comunidade Inferior Brasileira Estremeceu
de Pura Felicidade
com o Clamor dos Desamparados,
os quais estavam, finalmente,
recebendo a Recompensa Vital
por Tantos Annos de Espera Pela Terra Prometida.
Naquele dia, o Secularmente Anunciado
foi reconhecido por todos
e a Festa de Boas-Vindas
estendeu-se por quase uma semana.
Toneladas e toneladas de fogos-de-artifício
espocaram em milhões e

milhões de luzinhas coloridas
avisando a todos,
aqueles que ali estavam de corpos presentes
agitados e felizes,
que o Salvador do País,
preanunciado há Quinhentos Annos

pelo Mago Nostradamus,
agora, finalmente, estava à frente da Nação,
para elevá-la ao Panteón da Glória Universal,
e, ao mesmo tempo,
o Salvador do País,
estava ali também
para retirar da miséria extrema
os Sessenta Milhões de Miseráveis
(os Deserdados da Boa Sorte)
que, Desde Tempos Imemoriais,
Abarrotavam o País.

Invisível à multidão
que rodeava o Palácio Governamental,
um pensativo e feliz Extra-Terrestre
a tudo presenciava,
por meio de sua poderosa e estupenda
e incrível Luneta Mágica das Grandes Ocasiões.
O nome do Extra-Terrestre era Bhima,
e ele era o Guardião da Terra Azulinda,
pois fora retirado
(com honras e glórias)
da Grande Milícia Intergalática

de seu Supremo Senhor,
pelo próprio Senhor Supremo,
para solitariamente observar e anotar
todos os acontecimentos que envolviam,
naquela época,
os terráqueos,
e mesmo os acontecimentos futuros,
agradáveis ou não,
grandiosíssimos ou não.

Do alto de sua Vimana Voadora,
um Maravilhoso Veículo Estelar,
gentilmente ofertado
pelo Supremo Senhor do Universo Sem-Fim,
Bhima deu graças ao Mesmo
por ter tido o privilégio de assistir
a mais uma mudança nas Eras do Mundo.
Sim!, com certeza, aquele instante sublime,
que estava a ocorrer diante dos seus grandes
e luminosos e amendoados olhos,
era um Momento que assinalava
uma mudança de Era,
melhor dizendo,
da Era Moderna para a Era Pós-Moderna
(se posso, desde já,
nomear a tal Era quomodo Pós-Moderna).
Aquele País em festa
(acrescentando também
o seu Povo Sofredor e Generoso)
já estava ligado ao coração de Bhima
há muito annos,
antes mesmo de sua descoberta,
por um elo inquebrantável
que os levaria juntos
até ao finalzinho dos tempos
(mesmo que, no porvir,
o tal País fosse destituído de seus valores nacionais
por outro mais forte belicosamente).

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