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segunda-feira, 8 de março de 2010

4.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CHAMAS CONSUMINDO O MUNDO

NEUZA MACHADO



4.1 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: CHAMAS CONSUMINDO O MUNDO

NEUZA MACHADO


Algumas Semanas e Semanas Depois,
de acordo com os diferenciados
incomuns recontos fabulosos
da Sábia Väjira Diamante
Três Vezes Redundantemente
Adamantina Diamantina,
naquele tenebroso tenebricoso dia memorável,
o Bhima acionou o botão da Tela Mágica do Presente
e angustiou-se quando viu uma parte não muito longínqua
da Terra dos Homens Sem-Rumo em chamas
(labaredas terríveis).
Há muuuito tempo, o Extra-Terrestre
estacionara a sua Vimana Voadora
naquele País Tropical do Terceiro Mundo Global,
o qual até àquela data inesquecível fora mui pobretão,
e se preocupara unicamente em interceder,
diariamente, ao Supremo,
pedindo-lhe, repleto de dor no coração,
muita proteção para aquele povo de sua predileção.

Em verdade, três vezes!!! verdadeira!, as chamas,
que estavam consumindo o Mundo ao redor,
assustaram por demais da conta o Bondoso Extra-Terrestre.
Assim, preocupado com o extermínio
da Humanidade Sem-Rumo
e, principalmente, preocupado com o extermínio
de seu povo atual muito amado,
pediu ao Senhor Supremo mais algumas explicações
sobre aquele terrível fogaréu
que acontecia na terra e no céu.
Há séculos e séculos ambos não se comunicavam,
devido ao avanço científico e tecnológico da humanidade,
mas, naquele momento,
chegara a hora de um sério diálogo entre os dois.
Destramente acionou o outro botão da Tela Mágica,
aquele que lhe propiciava
a comunicação com o Senhor Supremo,
e ouviu dele a seguinte explicação:

“– Oh! Bhima! Oh! Poderoso Guerreiro
da Antiga Contenda!,
desde aquele imemorável dia em que criei a Terra,
e tudo o que nela contém,
ofereci-lhe o direito de acompanhar a evolução do Homem,
uma vez que você já era um destacado
e leal servidor de minha Grande Milícia Intergalática.
Antes da criação do Homem,
você e seus congêneres
foram também criados por mim,
e eu os espalhei pela imensidão estelar,
e ofereci-lhes prêmios e prêmios sem-conta.
A você, Bhima!, depois de sua única materialização
quomodo semi-humano,
concedi o privilégio de presenciar
as várias etapas físico-sociais do Globo Terrestre,
além de conceder-lhe o direito
de estacionar a sua Vimana Voadora Maravilhosa
onde bem lhe aprouvesse.
Mas, atenção!, Bhima!,
depois daquela Grande Guerra
do longínquo passado,
não concedi-lhe o direito
de se preocupar com os humanos,
e grande é a minha vontade de castigar-lhe
por sua desobediência.
Nesses milhares e milhares de annos
habitando entre os terráqueos,
você acatou as minhas ordens,
mas, desde que esta Terra Brasil Varonil
de Maravilhas Mil
do Trópico de Capricórnio
começou a ser povoada pelos europeus,
você afeiçoou-se por demais a ela,
mais do que lhe fora permitido por mim.
Fingi não ver o seu interesse,
e posso dizer-lhe que o compreendo.
Tenho cá os meus motivos supremos
para entender o seu amor
por esse povo tropical que,
apesar dos pesares,
apesar dos inúmeros sofrimento
e muitos tropeções,
está sempre de bom humor
e de bem com a vida.
E, por esta razão, vou explicar-lhe,
Óh! Sentimental Sentinela!,
o que está a acontecer, agora,
nas outras partes do Mundo.

Quando criei a Terra, Bhima!,
coloquei-a girando em torno do Sol,
girando girando girando no Espaço Sideral.
O giro da Terra marcaria o decorrer do tempo,
de acordo com o entendimento dos humanos.
Por isto, de acordo também com a evolução temporal
entendida pelos humanos,
muitas civilizações alcançaram poder e fama,
mas foram obrigadas a passar o cetro adiante.
Você mesmo presenciou todos os acontecimentos
e mudanças do Mundo dito humano,
através da Tela Mágica que ofertei-lhe.
Então, é isto, meu caro Bhima!,
este fogaréu belicoso que tanto o assusta,
tão diferente de outros fogaréus do passado,
assinala mais uma mudança nas Idades da Terra.
As poderosas civilizações,
quando chegam ao seu auge de domínio,
acrescido de terror, de desmando,
de falta de caridade para com os povos menos afortunados,
terão de ser forçosamente rebaixadas.
Para que isto ocorresse de tempos em tempos,
com justiça de minha parte,
criei a Guerra.
Só por meio de uma Guerra,
na qual os poderosos se colocam como os maiorais,
poderei retirar-lhes o poder senhorial,
humilhando-os terrivelmente diante de outros povos.
Como você já notou,
tenho cá também as minhas Supremas Limitações.

Assim, Bhima!, esta civilização nortenha,
que por ora se acha no direito
de dominar o Mundo dos Humanos,
vai ter de amargar a humilhação da derrota
em um dia qualquer do Futuro.
Talvez, não seja ainda desta vez,
mas a queda ocorrerá, certamente!
Enquanto a queda não acontece,
muitos inocentes encontrarão a morte!
Mas o que você quer, meu caro Bhima?,
a morte sempre existirá.
Eu sei que você está olhando
em sua Tela Mágica Maravilhosa do Futuro,
e, de certa forma,
duvidando de minhas supremas palavras.
Até mesmo você, Bhima!
Eu sei que você pensa que o povo agredido
não vencerá a Contenda,
não é mesmo?
Talvez, não!
Mas, muitos são os meios de se vencer um oponente.
Por ora, reveja em sua Tela Mágica do Passado
o que aconteceu,
há muitos e muitos annos atrás,
com um frágil governante de um povo,
chamado David,
ao defrontar-se com aquele temido Gigante Golias.
Você estava lá, recorda-se?,
apreciando a luta do alto de sua Vimana Voadora.
E, se bem me lembro,
estava torcendo fanaticamente,
quomodo sempre,
pela vitória do mais fraco.
Por último, peço-lhe que não fique aí tranqüilo,
estacionado comodamente
neste Aprazível País Tropical de sua predileção.
Vá, de vez em quando, apreciar a Grande Guerra
que se desenrola do outro lado do Mundo.
Os Terríveis Fogos de lá não alcançarão
a sua Nave Estelar Diferente,
prometo-lhe!,
e não alcançarão a sua Sofrida Gente.”

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