
8.6 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A ÁRVORE DA MORTALHA
NEUZA MACHADO
Enquanto aquilo,
no quarto do Casal Pioneiro,
a Velha Justiniaña de Ogiges,
praláde centenária
(era bem mais velha do que o marido!),
costurava Duas Artísticas Mortalhas.
Naquele Tempo, se usava costurar
as Próprias Mortalhas
antes da Morte Certeira, Eternal.
Aí, o Bhima compreendeu tudo!
O velho Emilianno estava a cortar
a sua Estimada Árvore Poderosa Altaneira,
para preparar dois caixões,
de indestrutível madeira;
um caixão para ele próprio,
e, o outro, para sua Velha Companheira
de Annos e Annos de Convívio Conjugal,
e Muita Trabalheira.
O Emilianno, Sábio!,
na Mocidade,
plantara a sua Árvore da Vida e da Morte,
inigualável, de qualidade incomum.
Naquele Momento (Século XX),
estava a derrubá-la!
Com a resistente madeira da Árvore Yekiti’bá,
iria fabricar os caixões,
os quais levariam a ele
e Sá Justiniaña de Ogiges,
sua Velhíssima Companheira,
para debaixo da Terra de Akitsushimá.
Naquele Momento
o Solitariozinho compreendeu
o Velho Inventor
de Histórias Praláde Mirabolantes!
Ainda meio entristecido
com a atitude do Velhíssimo,
o Bhima retornou ao seu Recanto de Luz,
para mais uma Noite de Sono na Terra dos Homens.
Ele sabia que os caixões iriam ficar
guardados ainda por um bom Tempo.
O Velhíssimo Emilianno de Brises
e sua Velhíssima Consorte
Justiniaña de Ogiges,
Remanescente Daquela Mágica Ilha
Famosa e Fermosa,
ainda iriam viver bastante,
até aos Cento e Cinquenta Annos cada um.
Mas, não teriam mais a Frondosa
Árvore de Estimação
para os acompanhar até lá.
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