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sábado, 6 de março de 2010

3.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO



3.2 - AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: FESTA BRASILEIRA

NEUZA MACHADO


Quando a Suprema Divindade o enviara à Terra,
há Milhões e Milhões de Annos-Luz atrás,
Bhima recebera também a Tela Mágica
do Passado, Presente e Futuro,
na qual lhe fora permitido ver,
de antemão,
as várias transformações históricas
pelas quais o Planeta Terra passaria.
Em um átimo de tempo do pretérito,
em um momento inesquecível,
ele pode apreciar,
na tal Tela Polidimensional,
todos os acontecimentos que marcaram,
marcavam e marcariam a humanidade,
desde que ela saíra da Idade Paleolítica
para a Idade Neolítica,
alcançando, posteriormente,
O Direito de Lutar Pelo Direito De Viver.
Inclusive, o Extra-Terrestre já visualizara
no passado,
naquela mesmíssima Tela Mágica,
aquele acontecimento inusitado
que se desenrolara,
naquele preciso momento,
diante de seus grandes e amendoados
e brilhantes olhos.
Só que, naquele Dia de Festa,
ele pode sentir,
no mais profundo de seu peito,
a emoção sem-igual
que tomava conta
dos corações de todos os presentes.
E esse sentimento quase humano,
o Bhima só alcançava quando
se valia da Maravilhosa Luneta Mágica,
preciosíssima,
que lhe ofertara o Supremo Senhor.
“Ah! Como o Supremo era justo!”,
pensou, repleto de satisfação.
Fizera o homem à sua imagem e semelhança,
mas lhe ofertara as labutas diárias,
a necessidade constante
de sobviver, viver, ou sobreviver,
para que, com isto,
ocupasse o tempo
e esquecesse a morte certeira.
Sim!, o Magnificente era muito justo!
O ser humano, assim pensava o Bhima,
não fora criado pelo Senhor Supremo
para viver eternamente em sua individualidade.
O ser humano recebera Dele
o direito de ser eterno em sua Totalidade,
enquanto a Terra Azulinda existisse
e fosse compreendida pelos mesmos.
Por esta razão, naqueles milhões
e milhões de anos-luz,
em que estivera observando a Terra
do alto de sua Nave Estelar Poderosíssima,
pode se encantar com Aquele Altíssimo Poder
em seus atos de construção,
destruição e reconstrução de Eras;
construção e destruição de Civilizações;
construção e destruição de Cidades Jactanciosas;
construção e destruição de Governos,
de Ditadores,
de Povos replenos de empáfia,
de subjugadores dos menos favorecidos socialmente.
Do Alto de Sua Poderosíssima Nave Estelar,
observara tudo,
no Perpassar Daqueles Milhões de Annos-Luz,
mas, infelizmente,
não recebera do Supremo o direito
de intervir nas questões humanas.
É bem verdade que,
muitas vezes,
chorara copiosamente,
à moda dos humanos sensíveis,
ao ver Povos Indefesos sendo pisoteados
por outros mais bem equipados.
Quantas Guerras Horrorosas Tenebrosas assistira,
nesses Milhões e Milhões de Annos-Luz,
por intermédio de seu Observatório Sem-Igual.
Quantas lágrimas de Extra-Terrestre foram derramadas,
em homenagem
aos muuuiiitos desafortunados humanos
que lhe eram caros.
E esses humanos nunca ouviram falar de Bhima,
jamais souberam o quanto eram amados
(o quanto o Solitário se ocupava com suas vidinhas).

Naquele dia, o Bhima chorou muito!,
mas era um choro de pura alegria.
Aprendera a amar aquele Povo Sofredor
e ao mesmo tempo feliz,
o qual, naquele Momento Histórico,
aclamava o Novo Governante,
O Abençoado e Ungido,
com lenços vermelhos e bandeiras coloridas,
depositando em seu ombro esquerdo
o Luminoso Saco do Papai Noel
repleto de verdes esperanças em um futuro radioso
somadas a brancos estímulos de paz
e vermelhas motivações de vida saudável.
Sim!, para aquele Povo Sofredor e,
ao mesmo tempo, alegre e barulhento,
o vermelho não era sinônimo de guerra e sangue,
de jeito nenhum!
Para aquele Povo,
Secularmente Subjugado
e desmerecido por outros povos
aparentemente superiores,
naquele momento,
o vermelho significava
o Precioso e Valeroso Sangue
que Pulsava Em Suas Veias,
o qual deveria ser naturalmente saudável,
por meio de uma saudável alimentação,
uma saudável forma de existir no mundo,
e que, infelizmente,
até aquele momento,
lhe fora negado por outros anteriores
acomodados governantes.
Em verdade,
naquele País Terceiromundista,
até àquele momento,
só uns pouquíssimos privilegiados
possuíam suas despensas fartas,
suas mesas com saborosas iguarias,
boas roupas
e calçados de primeiríssima qualidade,
e muito dinheiro nos inúmeros bolsos e Bancos.
A educação, até àquela data,
infelizmente, era precária,
tanto para os muito ricos
quanto para os muito pobres.
Quanto aos Sessenta Milhões de Miseráveis,
Sessenta Milhões de Brasileiros Passando Fome,
Até Àquela Data,
(Pesquisem!)
esses, Coitados!,
Até Àquela Ocasião,
não possuíam o direito de receber
nem mesmo a tal precária educação!
Emocionou-se mais ainda
quando viu o Longamente Esperado
(Há Treze Annos o Povo o Esperava)
levar a Mão Esquerda até ao Ombro Direito,
numa clara expressão de dor.
Somente ele pode ver,
com seus grandes e amendoados
e luminosos olhos de Extra-Terrestre,
O Volumoso Fardo que,
A Partir Daquele Momento,
Amoldara-se Pesadamente Ao Ombro Direito
do Novo Governante,
Aquele que fora há Vários Séculos Atrás
Anunciado Pelo Mago Nostradamus,
obrigando-o a externar
a dor física que estava sentindo.
O Bhima chorou lágrimas ardentes,
muito mais e dolorosamente,
porque tinha consciência de que
levaria ainda Algumas Luas-Luz,
com certeza!,
antes que o Realmente Aclamado
pudesse Realizar as Esperanças
de Seu Povo Amigo e Cordial.
Chorou lágrimas sentidas
porque não lhe era dado, pelo Supremo,
o direito de revelar ao Povo
que ele tanto amava
se Aquele Novo Chefe da Nação,
Predito por Nostradamus do Século XVI
em suas Centúrias no início do Cinquecento,
iria sair-se Vitorioso em sua Empreitada
de Combate Contra a Fome
que, há muuuiiito!!!, Grassava no País.

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